Marco Feliciano não deveria ter assumido a presidência da Comissão dos Diretos Humanos da Câmara dos Deputados. A avaliação é do padre Marcelo Rossi, um dos líderes mais carismáticos da Igreja Católica, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
“Ele nem deveria estar lá, na minha opinião. A partir do momento em que se diz um pastor, não dá para ser ao mesmo tempo um líder político. Acho importante ter uma bancada católica, como existe a evangélica. Mas não acho correto padre, bispo, pastor se candidatarem, porque aí estou transformando um púlpito num palanque”, disse o religioso.
Rossi tentou fugir de maiores polêmicas com o pastor. “Ele tentou até me provocar [disse, em uma entrevista, que 'padre Marcelo pede dinheiro e nunca se falou nada']. Eu nunca pedi dinheiro. Pelo contrário. O jogo deles é criar guerrilha. A melhor coisa é ficar quieto. A Justiça do mundo pode tardar, mas chega. E credibilidade não se compra. Em 2010, a Folha fez uma pesquisa sobre em quem o brasileiro mais confiava, com 27 personalidades. Estava o Edir Macedo, que ficou lá em 20º [foi o 26º]. Fiquei em terceiro lugar. Eram Lula, William Bonner e eu”, concluiu.
Na entrevista, o padre Marcelo falou também em relação aos homossexuais que a igreja não pode legitimar o casamento gay, mas acolhe com carinho. “A palavra de Deus é clara: Deus criou o homem e a mulher. A igreja acolhe o pecador, mas não o pecado”.
Em relação ao crescimento no número de evangélicos, o padre Marcelo Rossi afirmou que a TV e a maior facilidade de se formar pastores em comparação com o tempo para se formar um padre são os principais motivos.
“O número de católicos é enorme e o de padres, em relação aos fiéis, mínimo. Para formar um sacerdote são no mínimo sete anos. Um pastor se faz em três meses. A formação é mínima. E precisa ter acolhida. A pessoa vai à igreja, ela está fechada. Os evangélicos estão sempre abertos. E o uso da mídia. Você liga a TV, sempre tem coisa evangélica, pessoas que invadem horários e horários. É até exagerado”.
Fonte: Christian Post
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