A ex-senadora Marina Silva e seus apoiadores querem coletar até a próxima semana as 500 mil assinaturas necessárias para criar o partido Rede Sustentabilidade. O grupo disse já ter o apoio de 433 mil pessoas, 87% das assinaturas necessárias para registrar a nova legenda na Justiça Eleitoral.
Na próxima semana, os articuladores do Rede farão mutirões nas capitais para tentar ampliar o número de apoiadores. As assinaturas, no entanto, ainda precisam ser validadas nos cartórios eleitorais. São necessárias cerca de 500 mil assinaturas, distribuídas em pelo menos nove Estados.
Hoje, Marina deverá reforçar a busca de apoiadores em São Paulo, no dia mundial do meio ambiente. A ex-senadora fará palestras na capital paulista.
Depois de as assinaturas serem validadas nos cartórios eleitorais, os dados têm de ser enviados aos Tribunais Regionais Eleitorais. O grupo que articula a criação do partido espera que essa fase termine em julho. Em seguida, os documentos serão enviados para o Tribunal Superior Eleitoral para análise. Para que Marina possa concorrer à Presidência em 2014, o partido tem de ser criado até outubro.
Ontem Marina cancelou atividade que teria na capital paulista para participar do velório de seu guru religioso, o pastor Sóstenes Apolos da Silva. O religioso morreu na noite de segunda-feira, aos 64 anos, vítima de um câncer.
Presidente da Assembleia de Deus do Plano Piloto, Sóstenes foi um dos principais articuladores da campanha de Marina em 2010 junto aos evangélicos. Em 2012, ordenou a ex-senadora como pastora.
A igreja presidida por Sostenes é frequentada pela ex-senadora. Amigo de Marina, o pastor ajudou na disputa presidencial passada a conquistar apoio entre lideranças evangélicas, aconselhou os fieis a votar na candidata evangélica e elaborou uma cartilha de orientação política aos seguidores da igreja. A Assembleia de Deus é a maior denominação evangélica do país, com mais de 12 milhões de seguidores.
O pastor foi um dos principais responsáveis pelo engajamento de Marina na religião evangélica. Antes de seguir a Assembleia de Deus, a ex-senadora era católica e pretendia tornar-se freira. O líder evangélico era contra o casamento gay, a legalização do aborto, o uso de células-tronco embrionárias em pesquisas e a descriminalização das drogas - temas defendidos pelo PV, partido pelo qual Marina disputou a Presidência.
Fonte: Em Tempo Real
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