Duas semanas após o resultado das eleições presidenciais, a bancada evangélica da Câmara procurou o comandante da Casa e vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP).
A intenção do grupo era apresentar a fatura do armistício cristão que estancou a crise que atingia a candidatura da presidente eleita, Dilma Rousseff, em pleno segundo turno, quando seu adversário, José Serra (PSDB), focou o discurso na polêmica da legalização do aborto.
Vinte parlamentares de diferentes cores partidárias, mas com afinidade religiosa, levaram a Temer uma pauta que a bancada pretende ver vingar nessa legislatura. Os evangélicos pediram ao presidente que “sensibilizasse” os líderes de partidos governistas a indicar nomes para a instalação da CPI do Aborto.
“Queremos começar a legislatura com ela (a CPI) instalada. Não cobramos no período eleitoral porque alguns setores diriam que seria para reforçar aquele debate. Deixamos passar e foi a nossa reivindicação”, afirma o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO).
O deputado explica que o foco da CPI é investigar as clínicas que fazem aborto de forma ilegal e o mercado de medicamentos abortivos.
A “pré-pauta” apresentada a Temer também incluía pedido de prioridade na apreciação do Estatuto do Nascituro — que trata dos diretos da “pessoa humana” no período da gestação e lista “deveres” da família em proteção do feto, acabando com a possibilidade de qualquer aborto legal no país — e o projeto da chamada Lei Muwaji, que atribui à Fundação Nacional do Índio a responsabilidade de atuar contra casos de infanticídios em aldeias.

Fonte: Blog do Noblat
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Eginoaldo

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