Uma briga familiar, motivada por amor e dinheiro, terminou em tragédia no final da noite de terça-feira na zona sul da cidade. Um marido inconformado com o fim do casamento e insatisfeito com a partilha de uma herança matou um dos cunhados, atirou em outro, disparou contra um pastor e depois se matou com um tiro na cabeça. A esposa escapou ilesa do ataque.
Por volta das 23h, o casal Jeferson Aparecido Alves, 32, e Ariane de Oliveira Lopes, 22, discutiu em sua residência, na rua Romeu Ferraz, no Nova Marília. Com medo do marido, a jovem ligou para o irmão, o vendedor Adriel de Oliveira Lopes, 23, pedindo para que ele a buscasse.
Minutos depois, Adriel pegou a irmã e a levou para casa dele, na rua Sylvia Ribeiro de Carvalho. Quando se aproximavam do imóvel, notaram que Jeferson, de moto, os seguia. Adriel parou o veículo na frente da residência. O mesmo fez Jeferson, porém já sacando um revólver e atirando no cunhado.
Ariane e vizinhos acionaram Polícia Militar e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Adriel ainda foi socorrido com vida e levado ao Hospital das Clínicas (HC), onde morreu pouco após dar entrada.
Enquanto policiais militares eram informados do ocorrido, uma nova solicitação comunicava disparos na rua Sérgio Baio. Os policiais encontraram Edson Alves de Oliveira, 35, outro cunhado do homicida, baleado no rosto. Ele foi socorrido pelo Resgate do Corpo de Bombeiros e também levado ao HC, onde está internado em estado regular.
Alguns minutos se passaram e um novo chamado, desta vez na rua Severino Zambon, relatou novos disparos. Desta vez, a vítima foi o pastor evangélico Luis Carlos Madureira, também socorrido e hospitalizado em estado grave.
Pastor estaria intermediando divórcio; Jeferson era contra
Depoimentos colhidos pelos policiais militares informaram que Adriel e Jeferson se desentenderam recentemente por causa dos valores de uma herança e que o casamento estaria em crise, com Ariane querendo o divórcio. O pastor estaria intermediando a situação, por isso foi alvo da fúria do assassino.
Edson e Luis Carlos permanecem internados no HC, este último em estado grave, ainda correndo risco de morte. Por outro lado, ambos estão conscientes.
O corpo de Adriel é velado na sala 1 e será sepultado às 8h30 no Parque das Orquídeas. Ele era casado e deixa dois filhos. Jeferson é velado na sala 4 e será sepultado às 10h no Cemitério da Saudade. Ele deixa um filho de 14 anos, fruto de outro relacionamento. O caso foi encaminhado ao 2º DP, que investiga. A reportagem do Jornal Diário tentou contato com as famílias, porém ninguém quis dar entrevista.
Bolso estava cheio de munição
Enquanto a PM fazia diligências em vários pontos da zona sul, nova solicitação dizia ter ouvido tiros na rua José Froio. Ao atenderem o chamado, os patrulheiros encontram a moto de Jeferson estacionada.
Na calçada, ele estava caído, já sem vida, com um buraco de bala próximo ao ouvido. Ao lado dele, revólver calibre 32. Ariane foi chamada ao local e reconheceu o corpo do marido.
A perícia da Polícia Civil foi ao local e encontrou quatro cartuchos deflagrados no chão e outros dois intactos. No bolso de Jeferson, haviam mais nove balas. Sabe-se que ele recarregou a arma em algum momento, já que pelo menos oito disparos foram feitos.
Fonte: Jornal Diário
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Eginoaldo

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