Em entrevista ao jornal The Guardian o militante ateu Richard Dawkins afirmou que apoia a ação do secretário da Educação da Grã-Bretanha, Michael Gove, de distribuir exemplares da Bíblia Sagrada para estudantes das escolas públicas.
Mas o apoio não significa que ele possui a mesma opinião do secretário que tem como objetivo guiar os estudantes moralmente. Muito pelo contrário, Dawkins argumenta dizendo que o Livro Sagrado não faz restrição ao roubo, assassinato e mutilação, nem contra outros atos moralmente condenáveis.
Mas para ele seria interessante distribuir exemplares, pois “o caminho certo para desiludir dessas falsidades é ler a própria Bíblia”, disse ele.
Mas mesmo sendo opositor aos relatos bíblicos, o militante ateu admite que o livro tem qualidades literárias e que por esse motivo deve fazer parte da formação geral dos estudantes da Grã-Bretanha. Dawkins lembrou que muitas expressões usadas no dia a dia saíram do Livro Sagrado e lembrou uma bem famosa: “não há paz para os ímpios”.
No projeto do secretário da Educação os exemplares que serão distribuídos serão da Bíblia King James, uma tradução da Igreja Anglicana que completou 400 anos em 2011. Por ter uma enorme importância para o Reino Unido e para a própria tradução bíblica essa versão é a de maior tiragem no país.
Mas ao contrário de Gove e Dawkins, a Nacional Sociedade Secular não concorda com a distribuição de Bíblias nas escolas e diz que o ato seria um desperdício de dinheiro público. Fora isso a associação acredita que essa ação da secretaria de Educação vai favorecer o cristianismo, sendo que nenhum credo deve merecer atenção especial do governo.
Fonte: Gospel Prime
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