O Domingo Espetacular apresentou neste domingo (10), reportagem sobre prática religiosa que matou o pastor evangélico Mack Wolford, da Vírginia Ocidental, nos EUA, há duas semanas. Ele fazia sua pregação utilizando uma cascavel e morreu após ser picado pela cobra. Esse tipo de ritual já vitimou cerca de cem pessoas e, por conta desses acidentes, o uso de cobras em rituais religiosos passou a ser proibido em todos os estados americanos, menos na Virginia Ocidental, onde o pastor Wolford morava.
Mesmo com a proibição na maior parte do país, autoridades americanas acreditam que 2 mil pessoas ainda participam de cultos assim nos EUA. Apesar do risco, as cascavéis são usadas em cerimônias evangélicas desde 1700, uma prática que se mantém no interior do país americano. A polêmica tradição religiosa nasceu em montanhas cheias de cobras venenosas há cerca de 300 anos.
Para os adeptos da prática, a existência dessas serpentes é um sinal de deus. O pastor George Hensley popularizou a dança com serpentes em 1910, quando segurou uma cascavel com as mãos enquanto pensava no texto da bíblia. A onda pegou. Nos anos 1940, as serpentes nos cultos atraiam milhares de pessoas e houve um surto de mortes por envenenamento com cobras no estado americano do Tennessee. Foi quando, para proteger a população, a dança com as serpentes foi proibida. Em 1955, num culto improvisado em um celeiro, o pastor George acabou picado por uma grande cascavel e morreu no dia seguinte.
Hoje, o número de quem mexe e dança com cobras diminuiu, mas era o caso do pastor Mack Wolford. Há 15 dias, em um domingo, após completar 44 anos, ele foi até um parque com a família, amigos e fiéis pra celebrar um culto especial. Ele levou Sheba, a cascavel que tinha já há alguns anos. E como de costume, pregou com a serpente, até que resolveu colocar o animal no chão e se sentou próximo a ele. Foi quando a cobra deu o bote e picou o pastor na altura da coxa.
Ele se recusou a ir ao hospital. Ao invés de ser socorrido, foi levado para a casa da sogra, onde fiéis e a mãe dele ficaram rezando pela sua recuperação. Wolford morreu nove horas depois de picado. Apenas no fim da agonia pediu para ser levado a um hospital. O pai do pastor morreu da mesma forma, há 30 anos, após ser picado por uma cobra durante ritual religioso. O próprio pastor já havia sido picado por cobras outras três vezes e sempre recusou atendimento médico. Por isso, ele não pediu socorro e preferiu orar para se salvar. Ele morreu no hospital.
Fonte: R7
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