Valdira Guimarães Augusto
Faleceu na madrugada do último dia 5 de junho, aos 84 anos de idade, o pastor missionário José Avelino, conhecido como Pastor J. Mello, da dupla sertaneja evangélica José e Dulce. Filho de Avelino Melo e Ambrozina Cândida, falecidos, José era viúvo de Dulce Rufino Avelino, deixa os filhos Carlos c/c Benedita e Rute; e os netos Jimmy, Johnny, Billy e Kelvin.
De acordo com Antônio Carlos Avelino, conhecido como bispo Tony Carlos, filho de José Avelino, a dupla José e Dulce existia desde 1961, tendo sido a primeira dupla sertaneja evangélica existente no Brasil, contratada pela gravadora Califórnia. Conforme o bispo, a dupla se apresentou em 22 estados do país, e até no exterior, cantando músicas missionárias. Dulce, esposa de José, faleceu há cerca de seis anos.
O filho de José Avelino destaca ainda que o pai foi um dos responsáveis pela construção da Igreja do Evangelho Quadrangular de Rio Claro na década de 60. Nos últimos tempos José Avelino atuava como presidente da Igreja Missionária Brasileira dos Novos Horizontes. “Fomos muito felizes com o tempo de vida que ele nos proporcionou ao seu lado. Era uma pessoa muito especial”, afirma.
O bispo Tony Carlos afirma que o falecimento do pai ocorreu devido a uma pneumonia causada pela demora no implante de um marcapasso.
“Ele estava internado no PA do Cervezão, depois foi para o Pronto Socorro Municipal Integrado e, com muito custo, conseguimos transferi-lo para a UTI do PSMI. Mas, no mesmo local, para sair do pronto socorro para a UTI, todo o processo é anulado e é feito um novo pedido de marcapasso. Depois, ele recebeu alta e foi para a Clínica São Lucas, novamente o processo de pedido do marcapasso foi anulado. Conseguimos levá-lo para Piracicaba, no Hospital dos Fornecedores de Cana, e lá implantaram o marcapasso. Mas, devido à demora, ele desenvolveu uma pneumonia e a situação já estava aguda. Ele voltou à Clínica São Lucas e, por conta das complicações, veio a falecer. Ao todo, foram 40 dias internado”, recorda.
O filho de José Avelino se diz indignado com a situação da Saúde, não apenas na cidade de Rio Claro, como em todo o Brasil. “Meu pai foi vítima da situação burocrática, administrativa e política da Saúde. Será que é realmente preciso anular um processo no mesmo hospital para começar tudo do zero de novo, sendo que o paciente já se encontrava em situação emergencial? A demora para o implante do marcapasso foi o que matou meu pai. A Saúde está um caos, matando pessoas não apenas em Rio Claro, como em todo o país. Agora, quem é o responsável pela vida dele e de muitos outros? A situação é muito complicada e quem paga o preço com a vida somos nós”, desabafa o bispo Tony Carlos.
Fonte: Jornal Cidade
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