Após Hollywood focar em adaptações de HQs, contos de fadas e histórias paranormais, a nova onda é adaptar épicos bíblicos. Após “Noah”, de Darren Aronofsky; um filme sobre Caim e Abel com direção de Will Smith; e o controverso “Jesus of Nazareth” de Paul Verhoeven, um novidade aparece. O novo projeto que se enquadra nessa categoria é “Pôncio Pilatos“, o relato de um dos vilões mais famosos de todos os tempos. Na Bíblia, Pilatos preside o julgamento de Jesus Cristo. Embora relute, Pilatos condena Jesus à morte na cruz sob pressão de líderes judeus e uma multidão incontrolável. A Warner acaba de adquirir o script escrito pela roteirista brasileira Vera Blasi (“Sabor da Paixão“).
Este roteiro segue a evolução de Lúcio Pôncio Pilatos, do filho sensível de um cavaleiro romano a um soldado guerreiro cujas façanhas fazem dele um general e coloca-o na trilha política do imperador Tibério Cláudio Nero César. Prometido como governador militar no Egito, em vez disso Pilatos é atribuído por Tibério para se tornar o prefeito da Judéia, em uma época em que Jerusalém era um caldeirão de tensões religiosas entre várias facções da fé judaica.
De acordo com o Deadline, o roteiro Blasi é uma mescla de “Coração Valente” e “Gladiador“. A escritora brasileira passou cerca de uma década pesquisando sobre Pilatos e os acontecimentos históricos que o cercam e estima que seu roteiro final é de cerca de 80% fato e 20% “licença dramática“.
Em vez de um filme para a frente bíblica, roteiro Blasi parece um episódio de Twilight Zone nos tempos da bíblicos. Nele é mostrada a arrogância e incapacidade do personagem em compreender a devoção dos cidadãos. O seu ódio pelo povo comum e seus deuses pagãos o levam a tomar decisões catastróficas. Tudo isso o coloca em uma situação desesperada e na necessidade de aprovação iminente do público quando ele é convidado a decidir o destino de um rabino de 33 anos acusado pelos anciãos religiosos de reivindicar o trono dos judeus. Ao longo do caminho, tais imperadores romanos, incluindo Calígula e Tibério e novas figuras do Antigo Testamento como João Batista, Salomé e Maria Madalena são vistos em um conto que culmina com a decisão fatídica de Pilatos ao permitir que Jesus Cristo seja crucificado.
A Warner Bros está ansiosa para acelerar o projeto. Mark Johnson (produtor executivo de “Breaking Bad“) e Lynn Harris (“Fúria De Titãs“) estão definidos para produzir, e já estão procurando um diretor para esse filme de grande orçamento. Este não é o único projeto da Warner baseado na Bíblia. O estúdio também vai adaptar a história de Moisés (Gods and Kings) e o livro Seth Grahame-Smith, “Unholy Night”. Nele, o nascimento de Jesus é recontado como uma trama de fuga. Os três reis magos são, na verdade, três ladrões fugitivos que, no caminho, acabam ajudando Maria e o bebê Jesus a escapar para o Egito. No caminho eles encaram monstros de proporções bíblicas e figuras como Pôncio Pilatos.
Fonte: Cinema com Rapadura
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