Pastor da República Centro-Africano relata as atrocidades sofridas pelos cristãos do país, após golpe dos rebeldes islamita Seleka, que tomaram o poder e estão implantando um “reinado de terror” aos cristãos e pressionam padres, pastores e missionários para deixarem o país.

Relatórios de organizações internacionais estão denunciando a violência implantado na República Centro-Africano, desde que o grupo rebelde Seleka tomou o poder e depôs o presidente, em 24 de março/13.

De acordo com um relatório da agência de notícias Fides, os cristãos estão sendo “amarrados, espancados e forçados a entregar o dinheiro para salvar suas vidas.” A denúncia veio de um pastor que por motivo de segurança não pode ter o seu nome revelado, que afirma que nestes dois últimos meses estão vivendo em um “reinado de terror” provocado pelos rebeldes que tomaram o poder.

De acordo com este relatório os rebeldes Seleka fizeram listas que incluem pastores, padres e outros missionários cristãos, para coagir e, depois expulsa-los do país. Além destas ameaças sofridas pelos cristãos, há relatos de ataques e saques nos locais de culto.

Milhares fogem de suas casas
A Agência Internacional da ONU para os refugiados (ACNUR) estima que cerca de 173 mil pessoas abandonaram as suas casas. Os cristãos, segundo a agência Barnabas Aid(Ajuda Barnabé), fugiram do país para salvar suas vidas. Cerca de 50.000 pessoas já podem ter cruzado fronteiras.


A Human Rights Watch(Observatório de Direitos Humanos) também denunciou “graves violações” dos direitos humanos, incluindo os saques, execuções sumárias, estupros e tortura. Em um incidente divulgado recente, os rebeldes atacaram um cortejo fúnebre na capital, Bangui, atirando e matando os enlutados e um pastor.

A crise no país continua:
Organizações internacionais parece ter pouco interesse na crise na República Centro-Africano, um país com um grave instabilidade política nos últimos anos. Apesar que neste ato cometido por rebeldes a ONU – Organização das Nações Unidas emitiu um relatório de repudio.

Na verdade, a crise atual surgiu quando vários grupos rebeldes, insatisfeitos com o governo do presidente François Bozizé (foto),unidos sob a bandeira Seleka para criar uma oposição unida, em dezembro de 2012. Em questão de semanas o grupo assumiu o controle de grande parte da zona norte, noroeste e as regiões centrais e assim assumindo o poder, sob alegação que os acordos propostos ao presidente François Bozizé não foram cumpridos por ele.

Desde a independência, a ex-colônia francesa tem sido abalada por inúmeros golpes e rebeliões militares. Bozizé chegou ao poder em 2003, após uma rebelião que derrubou o Ange-Félix Patassé.

Apesar de seus recursos naturais consideráveis – urânio, diamantes, ouro, madeira, algodão e café – a República Centro-Africano é um dos países mais pobres do Continente Africano.

SEM RESPOSTA INTERNACIONAL
Na semana passada, a enviada da ONU Margaret Vogt pediu ao Conselho de Segurança para discutir a possível implantação de umaforça de segurança para conter a situação de anarquia na República Centro-Africano. Vogt disse que havia um “total desrespeito pelo direito internacional, pelos indícios que estão evidentes e mostra que o rebeldes do Seleka querem descarregar a sua revolta contra a população “.

Conforme relatado da UNICEF, 41 crianças que serviam como soldados da força rebelde foram liberados após negociação com o auto-proclamado presidente Michel Djotodia.

Fonte: Infor Gospel
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Eginoaldo

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