Familiares relataram que quatro homens invadiram célula de igreja e mataram Jefferson com oito tiros nas costas

Manaus - O carpinteiro Jefferson Pytter Costa da Silva, 22, foi executado com oito tiros nas costas, quando participava de um culto evangélico´, em uma casa no bairro Monte das Oliveiras, zona norte de Manaus. A informação é da irmã da vítima, Isabela Karoline, 23. Segundo ela, os assassinos se identificaram como policiais militares.

O crime ocorreu por volta das 19h40, da última quarta-feira, no Beco Euripedes. Isabela contou que Jefferson havia sido convidado a participar de um culto, em uma casa, que funciona como célula de uma igreja evangélica. O rapaz tentava largar o vício em drogas e pediu ajuda de amigos da comunidade, que tentavam convertê-lo na religião evangélica.

“Havia 20 pessoas dentro da casa, entre adultos e crianças, quando quatro homens entraram, se identificando como policiais, mandaram meu irmão deitar no chão e atiraram nas costas dele”, contou Karoline, à polícia.
Segundo ela, no local do crime, foram feitos 30 disparos, mas somente oito tiros atingiram o carpinteiro.

“De vez em quando, ele estava indo para igreja. Meu irmão já tinha sido preso, mas queria sair desas vida. Acreditamos que ele não foi assassinado por causa da droga. Fizeram tudo isso com ele por outro motivo, mas não sabemos ao certo”, afirmou.

O delegado adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) Gerson Oliveira, explicou que a polícia investiga as hipóteses de vingança e acerto de contas, por causa do suposto envolvimento dele com o tráfico de drogas. No site do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), consta que Jefferson foi preso em agosto de 2012, por tráfico.

“Jefferson é citado em quatro inquéritos policiais, que investigam crimes de homicídio, ocorridos no bairro Monte das Oliveiras. A suspeita é que ele tenha sido morto por vingança. Pedi que os investigadores levantassem essa situação. Esta é, até o momento, a hipótese mais forte”, afirmou o delegado.

Sem provas

Ele destacou que, no local do crime, a polícia não encontrou provas que levam à suspeita do envolvimento de policiais no crime. “As capsulas das balas recolhidas na casa não são de armas da polícia. Além disso, os familiares nos deram alguns nomes de suspeitos do crime. Mesmo assim, vamos investigar esta suspeita”, ressaltou.

O corpo de Jefferson foi velado em uma igreja no Monte das Oliveiras. Até o fechamento desta edição, os quatro suspeitos não tinham sido identificados pela polícia. “Tudo que eu quero é justiça. Meu filho não merecia morrer dessa forma”, lamentou a mãe da vítima, a vendedora Izanira Galdino, 44.

Fonte: D24AM
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Eginoaldo

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