Aumento da perseguição causa sofrimento aos cristãos na Nigéria
Morre "apóstolo" Wesley Santos após ser baleado na cabeça
Grandes nomes da música gospel levam mensagem de fé ao público do #SouManaus
‘A esquerda é incompatível com o cristianismo’, diz Luciano Subirá sobre as eleições
Antônio Carlos Costa Declara seu Posicionamento nas Eleições de 2022.
Expulso da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) após mais de dez anos de trabalho, o ex-pastor X., de 42 anos, entrou na Justiça com uma ação de indenização por danos morais - no valor de R$ 1,2 milhão - contra a instituição.
Ele alega ter sido obrigado a se submeter a uma cirurgia de vasectomia. Segundo X., para ser promovido a auxiliar de pastor, todo "obreiro" (voluntário da igreja) é obrigado a fazer a operação. A ação, movida em 1999, ainda tramita.
- Quando veio a ordem da igreja para eu fazer a vasectomia, de início não aceitei. Então, me disseram que ou eu fazia a cirurgia ou estaria "fora da obra". Acabei fazendo por causa da minha fé - conta X., que atualmente trabalha como motorista.
O ex-pastor diz ainda que foi expulso da Iurd após um bispo ter descoberto que ele havia comprado um veículo. Segundo X., a igreja proíbe que seus membros possuam bens, como imóveis e carros:
- Eu pregava numa igreja em Curitiba, no Paraná, e decidi vir ao Rio com minha mulher para visitar nossa família. A igreja mantinha um apartamento em Nova Iguaçu, alugado para a gente. Quando chegamos, comprei um carro de um obreiro, com as economias da minha ajuda de custo, e um bispo da igreja descobriu. Ele me disse para devolvê-lo, mas não aceitei.
Na ação, X. alega que sua expulsão contraria o princípio da vitaliciedade no ministério, que constaria no regimento interno da Iurd.
Família teria sido expulsa por bispo
Segundo o ex-pastor, na madrugada seguinte ao dia da discussão com o bispo, quatro seguranças da igreja estiveram em sua casa, em Nova Iguaçu, por volta das 2h. Eles o teriam colocado na mala de um carro e rodado pelas ruas até às 6h, quando X. foi levado ao encontro do bispo novamente.
" O bispo me disse que eu estava fora da obra, e me mandou sair do apartamento "
- O bispo me disse que eu estava fora da obra, e me mandou sair do apartamento. Avisei que não tinha para onde ir com a minha família, e que ia permanecer.
Um dia depois, o bispo teria ido pessoalmente ao apartamento, acompanhado de seguranças, trocado a fechadura da porta e expulsado sua família.
- Fui à delegacia e um oficial de Justiça deu ordem para eu permanecer no apartamento. Isso foi numa sexta-feira. Passei o fim de semana na casa de parentes, em Caxias e, na segunda, quando retornei, todos os móveis da casa haviam sido retirados. Foi quando decidi procurar meus direitos na Justiça - afirma X., que ficou seis anos desempregado após deixar a Iurd.
Iurd nega as acusações de ex-membro
X. afirma que não possui filhos devido à vasectomia. No entanto, na ação de indenização que move, consta que ele tem uma filha, nascida em 1993 - cinco anos após ele ter entrado para a igreja. No documento, além da indenização de R$ 1 milhão por danos morais, o ex-pastor pede mais R$ 80 mil por danos materiais - por ter sido expulso de onde morava, sem ter para onde ir - e outros R$ 50 mil por "ter sido usado como locutor de rádio (da Iurd) pregando o evangelho".
A assessoria da Iurd negou todas as acusações do ex-pastor. Em nota, a igreja informou que "respeita o direito de escolha de todos os seus pastores e não interfere em seus desejos, tanto que, à época dessas acusações, muitos pastores tiveram filhos e outros planejam ter".
Sobre o impedimento de membros como pastores e auxiliares possuírem bens em seu nome, a instituição informou que "não existe essa proibição (...), pelo contrário, a Iurd tem reuniões específicas para aqueles que desejam a prosperidade".
Fonte:Extra
Ele alega ter sido obrigado a se submeter a uma cirurgia de vasectomia. Segundo X., para ser promovido a auxiliar de pastor, todo "obreiro" (voluntário da igreja) é obrigado a fazer a operação. A ação, movida em 1999, ainda tramita.
- Quando veio a ordem da igreja para eu fazer a vasectomia, de início não aceitei. Então, me disseram que ou eu fazia a cirurgia ou estaria "fora da obra". Acabei fazendo por causa da minha fé - conta X., que atualmente trabalha como motorista.
O ex-pastor diz ainda que foi expulso da Iurd após um bispo ter descoberto que ele havia comprado um veículo. Segundo X., a igreja proíbe que seus membros possuam bens, como imóveis e carros:
- Eu pregava numa igreja em Curitiba, no Paraná, e decidi vir ao Rio com minha mulher para visitar nossa família. A igreja mantinha um apartamento em Nova Iguaçu, alugado para a gente. Quando chegamos, comprei um carro de um obreiro, com as economias da minha ajuda de custo, e um bispo da igreja descobriu. Ele me disse para devolvê-lo, mas não aceitei.
Na ação, X. alega que sua expulsão contraria o princípio da vitaliciedade no ministério, que constaria no regimento interno da Iurd.
Família teria sido expulsa por bispo
Segundo o ex-pastor, na madrugada seguinte ao dia da discussão com o bispo, quatro seguranças da igreja estiveram em sua casa, em Nova Iguaçu, por volta das 2h. Eles o teriam colocado na mala de um carro e rodado pelas ruas até às 6h, quando X. foi levado ao encontro do bispo novamente.
" O bispo me disse que eu estava fora da obra, e me mandou sair do apartamento "
- O bispo me disse que eu estava fora da obra, e me mandou sair do apartamento. Avisei que não tinha para onde ir com a minha família, e que ia permanecer.
Um dia depois, o bispo teria ido pessoalmente ao apartamento, acompanhado de seguranças, trocado a fechadura da porta e expulsado sua família.
- Fui à delegacia e um oficial de Justiça deu ordem para eu permanecer no apartamento. Isso foi numa sexta-feira. Passei o fim de semana na casa de parentes, em Caxias e, na segunda, quando retornei, todos os móveis da casa haviam sido retirados. Foi quando decidi procurar meus direitos na Justiça - afirma X., que ficou seis anos desempregado após deixar a Iurd.
Iurd nega as acusações de ex-membro
X. afirma que não possui filhos devido à vasectomia. No entanto, na ação de indenização que move, consta que ele tem uma filha, nascida em 1993 - cinco anos após ele ter entrado para a igreja. No documento, além da indenização de R$ 1 milhão por danos morais, o ex-pastor pede mais R$ 80 mil por danos materiais - por ter sido expulso de onde morava, sem ter para onde ir - e outros R$ 50 mil por "ter sido usado como locutor de rádio (da Iurd) pregando o evangelho".
A assessoria da Iurd negou todas as acusações do ex-pastor. Em nota, a igreja informou que "respeita o direito de escolha de todos os seus pastores e não interfere em seus desejos, tanto que, à época dessas acusações, muitos pastores tiveram filhos e outros planejam ter".
Sobre o impedimento de membros como pastores e auxiliares possuírem bens em seu nome, a instituição informou que "não existe essa proibição (...), pelo contrário, a Iurd tem reuniões específicas para aqueles que desejam a prosperidade".
Fonte:Extra
Post A Comment: