dezembro 2007
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O Supremo Tribunal Federal (STF) não tem mais competência penal para processar e julgar supostas irregularidades cometidas por Geraldo Tenuta Filho, o Bispo Gê, suplente de deputado federal, investigado por empregar "funcionários fantasmas".


Bispo Gê, está sendo investigado por supostamente empregar "funcionários fantasmas" em seu gabinete, quando exercia o cargo de deputado estadual, em São Paulo, de 2003 a 2006.

A decisão é do ministro Celso de Mello, relator do inquérito.

Entre os "fantasmas" estariam alguns parentes dos fundadores da Igreja Renascer, o casal Sônia e Estevam Hernandes. O caso teve a investigação iniciada pelo então corregedor da Assembléia Legislativa de São Paulo, o ex-deputado estadual Romeu Tuma Júnior.

O Ministério Público passou a investigar estes fatos quando recebeu a informação de uma testemunha de que cinco parentes do casal Hernandes, da Igreja Renascer, foram contratados pela Assembléia Legislativa de São Paulo, lotados no gabinete do parlamentar Bispo Gê Tenuta.

"O indiciado já não mais ostenta - porque mero suplente - a condição de deputado federal", justificou o ministro. A condição de suplente não confere a Gê Tenuta prerrogativa de foro nas infrações penais comuns.

Fonte: O Globo

URUGUAI - O país com o maior grau de laicicismo em toda a América do Sul, já que a separação entre a Igreja e o Estado é total, tornou-se, nesta quinta-feira, 27, no primeiro país da América Latina em legalizar a união civil entre homossexuais.


O Uruguai transformou-se na quinta-feira, 27, no primeiro país da América Latina em legalizar a união civil entre homossexuais. A lei que a autoriza foi promulgada pelo presidente Tabaré Vázquez, um socialista moderado que chegou ao poder em março de 2005. Vázquez rubricou a lei que consagra as uniões concubinárias de pessoas de diferente ou do mesmo sexo.

A norma, que semanas atrás foi aprovada pelo Senado e a Câmara de Deputados, garante direitos e obrigações a casais que demonstrem uma convivência superior a cinco anos sem interrupções.

Com esta lei, um cônjuge homossexual poderá contar com direitos de herança, pensões por falecimento, assistência recíproca e criação de sociedade de bens, além de diversas disposições vinculadas à segurança social.

O Uruguai, ao longo de sua História, foi um país de vanguarda em leis sociais. As uruguaias foram as primeiras mulheres na História da América Latina que puderam exercer o direito ao voto, em 1932.

Além disso, o Uruguai foi o primeiro a conceder o divórcio, em 1907, sete décadas antes do Brasil e oito antes da Argentina. O país também aplica o maior grau de laicicismo em toda a América do Sul, já que a separação entre a Igreja e o Estado é total. Nos hospitais públicos e escolas está proibida a colocação de crucifixos. Os uruguaios também estão debatendo há meses o fim da penalização do aborto. Diversas pesquisas indicam que 60% dos uruguaios concorda com a realização de abortos.

Até esta semana, a união civil entre homossexuais somente era permitida em algumas cidades da região, tal como Buenos Aires. Mas, nenhum país da América Latina havia oficializado o casamento homossexual em toda a extensão de seu território. Em alguns países da região, como a Venezuela governada por Hugo Chávez, a discussão sobre leis de despenalização do aborto ou a legalização do casamento homossexual estão totalmente descartadas pelas autoridades.

fonte: adiberj
Ilário Pereira, de bermuda, é levado pelas equipes após se entregar

Um homem procurado pela polícia escolheu a Igreja Matriz de Venâncio Aires para promover cenas de tensão durante a manhã desta sexta-feira. Após invadir o templo armado, afirmou aos fiéis que iria se suicidar. A princípio, o objetivo dele seria relatar à imprensa sua versão sobre um crime do qual é acusado.

Eram cerca de 8h30 quando Ilário Roberto Pereira, 45 anos, ingressou na igreja, se voltou para as pessoas que rezavam no local e afirmou que pretendia se matar. Os fiéis correram para fora e acionaram a Brigada Militar. Ao chegarem, os PMs encontraram Ilário os esperando no fundo do templo, junto ao Sacrário.

A primeira exigência de Ilário foi o comparecimento da imprensa. Ele pediu que fosse chamado o repórter Alvaro Pegoraro, da Folha do Mate, a quem conhecia. Alegou que pretendia dar ao jornalista sua versão sobre um caso de estupro.

O crime em questão é atribuído ao próprio Ilário. Conforme informou o comissário Paulo Borba, da DP de Venâncio Aires, o suspeito teria violentado uma garota de 10 anos com suposta conivência da mãe dela no abuso. Por isso, o acusado já estava com prisão preventiva decretada.

Alvaro Pegoraro foi autorizado a entrar às 9h05. Ele teve que usar um colete à prova de balas e, por ordem dos policiais, ficou a sete metros do suspeito. Segundo o jornalista, Ilário queria apenas dizer que a mãe da vítima o incentivava a violentar a menina. “Ele desejava que sua versão fosse publicada e insinuou que se mataria logo após dar a entrevista. Disse que gostaria de desabafar”, informou o repórter.

Por fim, Ilário concordou em se entregar aos PMs. Por volta do meio-dia, ele saiu da igreja escoltado pelo comandante da BM de Venâncio, capitão Cristiano Marconatto, por outros PMs e bombeiros. Ele foi medicado no hospital e, como estava com a prisão decretada, foi conduzido ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.

fonte: gazeta do sul
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O pastor evangélico Sinval Barbosa Alves, 46 anos, morreu baleado e Daniele Fernanda Fernandes, 23 anos, ficou ferida durante uma operação do 16º BPM (Olaria), ontem à noite, na Favela Furquim Mendes, no Jardim América. Em protesto, moradores queimaram dois ônibus. O confronto aconteceu às 18h30.

Sinval ia para templo da Igreja Deus É Amor com a mulher dele, Rosilene Gomes Farias, 33 anos, quando foi atingido. "Mataram um homem de Deus", desabafou ela, em estado de choque.

Pelo menos 150 pessoas, com faixas e cartazes, protestaram em frente ao Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) de Jardim América. Moradores acusam policiais de executar o religioso, que teria levado três tiros. Daniele foi baleada no joelho. O PMs contaram que estavam em operação de rotina contra o tráfico e foram recebidos a tiros por criminosos do local.

O primeiro ônibus a ser incendiado foi o 639 (Jardim América-Saens Peña), da Viação Caprichosa, na Rua Franz Liszt. O motorista, Édson Nunes, contou que 30 homens, armados em motos, cercaram o veículo e ordenaram que ele entrasse na Rua 16, na favela. "Mandaram os passageiros descerem, roubaram o dinheiro e atearam fogo. Fiquei desesperado", disse ele. O ataque foi às 20h40. A 100 metros dali, o mesmo bando incendiou veículo da empresa Master (Caxias-Nilópolis) na Rua Marechal José Pessoa. Ninguém ficou ferido.

fonte: terra

Desde que se espalhou a notícia extraída do censo demográfico do IBGE de 2000, Nova Ibiá, vilarejo de 7 000 habitantes no interior da Bahia, ganhou um estigma e uma obsessão. Como os números do censo mostravam que 59,85% dos seus habitantes diziam não ter religião alguma, Nova Ibiá passou a conviver com o estigma de ser a cidade mais atéia do Brasil. Em nenhuma outra, em ponto algum do país, tanta gente dizia não ter filiação religiosa. A segunda cidade com a maior tropa de sem-religião era Pitimbu, no interior da Paraíba, mas com números mais modestos – 42,44%. Desde então, a obsessão de Nova Ibiá é livrar-se do estigma do ateísmo. "Conheço dois ou três ateus, e só. Isso não é verdade", diz Raimundo Santana, bispo da Igreja Batista, atualmente ocupado em preparar os festejos do ano que vem, quando sua igreja completará 100 anos na região. "Não acredito nisso, nunca ninguém aqui me disse que não tem religião", reforça Albervan da Silva Cruz, o primeiro padre a residir em Nova Ibiá. "A cidade mais atéia? Não é verdade", sentencia o prefeito José Murilo Nunes de Souza, de 41 anos, com a autoridade de quem confessa, meio a contragosto, que se criou católico, mas não tem religião.

Os porta-vozes de Nova Ibiá, um povoado que fica nos confins da falida zona cacaueira da Bahia, estão em harmoniosa sintonia com a maioria dos brasileiros. No maior país católico do planeta, no país do sincretismo religioso, no país onde católicos têm benzedeira e evangélicos vão a sessões espíritas, no país que alega, num misto de gracejo e esperança, ser a terra natal de Deus, o Todo-Poderoso, quase nada é pior do que ser ateu. Uma pesquisa encomendada por VEJA, realizada pela CNT/Sensus, mostra que 84% dos brasileiros votariam em um negro para presidente da República, 57% dariam o voto a uma mulher, 32% aceitariam votar em um homossexual, mas – perdendo de capote – apenas 13% votariam em um candidato ateu (veja quadro). Pior que isso só o capeta. O levantamento mostra que, entre os grupos populacionais que se convencionou chamar de minorias – racial, sexual ou de gênero –, a minoria mais rejeitada é a religiosa, ou a anti-religiosa. No Brasil de São Frei Galvão, portanto, ser temente a Deus é mais do que uma marca nacional – chega a ser, informa a pesquisa, um imperativo social.

Às vésperas do Natal, quando 2,1 bilhões de cristãos vão comemorar os 2 007 anos do nascimento de Jesus Cristo, os católicos brasileiros seguem diminuindo ano após ano, como vem acontecendo desde 1940, mas ainda formam uma estupenda multidão: são quase 74% da população brasileira – o que equivale a mais de 130 milhões de fiéis. Com alguns disciplinados e praticantes e muitos displicentes e relapsos, os católicos do Brasil, com seu número espetacular, mostram o vigor da crença divina, a pujança da fé, a robustez de Deus – uma potência curiosamente dotada de todas as qualidades inversas às da humanidade, que é criada (e Deus é incriado), que é limitada (e Deus é ilimitado) e que é mortal (e Deus é imortal). Os números da fé no Brasil talvez sirvam como explicação para dois fenômenos. Explicam a resistência da religiosidade em um mundo marcado pela descrença e, ao mesmo tempo, o notável preconceito da maioria dos brasileiros em relação aos ateus. Faz sentido rejeitar alguém apenas porque não acredita em Deus?

"Faz todo o sentido", afirma a historiadora Eliane Moura Silva, professora da Universidade Estadual de Campinas e especialista em religião, ela própria uma atéia. "O brasileiro ainda entende o ateu como alguém sem caráter, sem ética, sem moral." É um entendimento que parece espalhar-se de modo mais ou menos homogêneo por todas as classes sociais. Recentemente, a historiadora deu duas aulas sobre ateísmo na Casa do Saber, instituição criada para eliminar lacunas intelectuais dos endinheirados de São Paulo, e a platéia teve uma reação adversa, quase hostil, às idéias ateístas. Antes, a neurocientista Silvia Helena Cardoso, doutora em psicobiologia pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, publicou um artigo num jornal de Campinas discutindo se os santos seriam esquizofrênicos, dada a freqüência com que tinham visões – ou alucinações. Recebeu tantas ameaças que resolveu abandonar o assunto. O professor Antônio Flávio Pierucci, da Universidade de São Paulo, especialista em sociologia da religião, explica o fenômeno: "Os brasileiros não estão habituados a se confrontar com a realidade do ateu". É o que leva os políticos – antes, durante e depois da eleição – a sempre dizer que ninguém é mais temente a Deus do que eles.

Fotos Gregorio Borgia, Ali Jarekji / Reuters, Steve Cole / Getty Images / Royalty Free

DO SANGUE E DA FÉ
Católicos se reúnem na Praça de São Pedro, em Roma (acima), e muçulmanos se encontram em Meca, na Arábia Saudita: os ateus nasceram junto com a primeira religião e, hoje, denunciam que, por trás da crença em Deus, há um rastro de violência e barbárie

Reuters

Em maio passado, o instituto Datafolha fez uma pesquisa sobre religiosidade por ocasião da visita ao país do papa Bento XVI. A pesquisa relevou a dimensão impressionante da fé brasileira: 97% disseram acreditar na existência de Deus, 93% informaram crer que Jesus Cristo ressuscitou depois de morrer crucificado e 86% concordaram que Maria deu à luz sendo virgem. Com números tão possantes, não há dúvida de que o Brasil figura entre os países mais crédulos do mundo – e isso abre um paradoxo. São cada vez mais abundantes as descobertas científicas sobre a origem do universo e das espécies. Se a credulidade não se abala diante disso, é lícito questionar que talvez nenhuma prova científica, por mais sólida e contundente, seja capaz de reduzir a pó o teísmo, a crença no divino (veja reportagem) "O último deus desaparecerá com o último dos homens", diz o filósofo francês Michel Onfray, em seu Tratado de Ateologia, sucesso retumbante com mais de 200.000 exemplares vendidos na França. E, ateu convicto, ele alfineta: "E com o último dos homens desaparecerão o temor, o medo, a angústia, essas máquinas de criar divindades".

Antes que o último homem se vá, percebem-se aqui e ali sinais de que a religião, em que pese seu vigor, começa a perder público – no Brasil, inclusive. De 1940 a 1970, a turma dos brasileiros sem religião ficou praticamente do mesmo tamanho, atolada em menos de 1% da população. Nas últimas três décadas, saltou de 1,6% para 7,3% (veja gráficos e mapa). Os sem-religião já são o terceiro maior grupo, atrás de católicos e de evangélicos. Pelos dados do último censo, os sem-religião eram 12,5 milhões, mais que um Portugal inteiro. Não são todos ateus, é claro. Entre eles, há agnósticos, secularistas, céticos e até quem acredita em Deus, mas não pratica nenhuma religião. O IBGE não pergunta aos entrevistados se são ateus ou não. Calcula-se, no entanto, que os ateus sejam uns 2%. Nos Estados Unidos, eles oscilam nessa faixa, mas os sem-religião de lá chegam aos 15%. No mundo, os ateus são uns 4%. São poucos, sobretudo se comparados aos bilhões de cristãos, muçulmanos e judeus, para ficar apenas nas três grandes religiões monoteístas, mas é uma massa crescente, principalmente nos países desenvolvidos. Na Espanha, Alemanha e Inglaterra, menos da metade da população acredita em Deus. Na França, os crentes não chegam a 30%.

Entre os brasileiros sem religião, a maior curiosidade está na Bahia de Todos os Santos, terra onde frei Henrique de Coimbra rezou a mítica primeira missa, em 26 de abril de 1500. A Bahia, que abriga Nova Ibiá e seu esquadrão de sem-religião, é o terceiro estado com o maior contingente de brasileiros sem filiação religiosa. E Salvador, entre as capitais, é a campeã nacional: 18% dos soteropolitanos não têm religião. Considerando-se o país todo, os sem-religião são mais numerosos entre os homens e entre os brasileiros com menos de 55 anos. Não se sabe de onde eles vêm. É provável que venham do rebanho de católicos desgarrados. O Rio de Janeiro, por exemplo, é o estado menos católico do país e, simultaneamente, tem o maior pelotão de sem-religião. Também é certo que boa parte dos católicos está virando neopentecostal. Nas duas últimas décadas, à queda acentuada de católicos correspondeu uma alta igualmente acentuada de evangélicos – em especial da Igreja Universal do Reino de Deus, que, sendo uma voraz sugadora de fiéis e dízimos, se transformou em potência divina e comercial.

A raiz do fenômeno que irriga o crescimento de evangélicos e de sem-religião faz parte da mesma genealogia: os laços étnicos e culturais de boa parte dos brasileiros estão se desfazendo como resultado da modernidade – do que a modernidade traz de positivo, como o aumento da escolarização e a crescente profissionalização de certas camadas sociais, e do que traz de negativo, como a desestruturação das famílias e a favelização das metrópoles. "É a religião atuando como solvente", diz o professor Flávio Pierucci, da USP. Seus números apóiam sua percepção. Um laço étnico que se desfaz: entre os adeptos do candomblé, credo de origem africana, 40% são brancos. Outro: nos cultos afro-brasileiros há cerca de 100.000 negros, e nos cultos evangélicos os negros já são 1,7 milhão. Mais um: os brasileiros que trocam o catolicismo pelo neopentecostalismo estão dissolvendo um laço cultural e histórico, substituindo a religião fundadora do Brasil, herança que vem do fundo do passado colonial, por uma novidade na cena religiosa do país. É aí, nesse processo de dissolução, que crescem os ateus e os sem-religião.

Por razões distintas, o ateísmo também é crescente lá fora. Nos Estados Unidos, o embate entre religiosos e sem-fé ficou mais intenso depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, praticados por dezenove muçulmanos, e da eleição do presidente George W. Bush, o astro da direita cristã que se julga interlocutor de Deus. Com os cristãos conservadores exercendo notável influência em tribunais e escolas, os Estados Unidos são um caso único entre os países ricos e democráticos. Nenhum outro tem grau tão elevado de religiosidade – e de radicalismo. Em 2001, os mais fanáticos líderes religiosos americanos, em vez de condenar os atentados, disseram que eram uma punição contra um país que aceitava o aborto e o homossexualismo... Nesse ambiente, a literatura sobre o ateísmo tem feito barulho e sucesso, como é o caso do biólogo inglês Richard Dawkins, autor de Deus, um Delírio, do jornalista inglês Christopher Hitchens, que mora em Washington e escreveu Deus Não É Grande, e do filósofo americano Sam Harris, autor de Carta a uma Nação Cristã, um manifesto cortante em defesa do ateísmo (veja entrevista).

Ainda que sua história seja pouco conhecida, o ateísmo nasceu junto com a primeira religião, mas só entrou no cardápio das idéias abertamente debatidas com o advento do iluminismo, no século XVIII. Assim como os crentes, que se dividem em uma miríade de correntes e denominações, os ateus de hoje divergem em muitos pontos, mas há alguns consensos. Um deles é que a moralidade não depende das religiões, e, portanto, um ateu pode ser ético e bom. A favor da tese está a neurociência, cujas descobertas já provaram que até os chimpanzés têm noções morais, sentimentos de empatia e solidariedade – e não rezam nem crêem em Deus. Outro ponto em que todos os autores sobre ateísmo concordam é que as religiões produziram (e ainda produzem) notável rastro de sangue. Além dos exemplos clássicos das Cruzadas dos cristãos ou da expansão islâmica à base da espada, há exemplos contemporâneos. Na Irlanda do Norte, protestantes lutam contra católicos. Na Caxemira, são muçulmanos contra hindus. No Sudão, cristãos contra muçulmanos, que também se confrontam na Etiópia, na Costa do Marfim, nas Filipinas... Crentes de diferentes religiões ou denominações guerreiam no Irã, no Iraque, no Cáucaso, no Sri Lanka, no Líbano, na Índia, no Afeganistão...

É evidente que a moralidade não é mesmo resultado da religião, mas também não é resultado de sua ausência. Adolf Hitler (1889-1945), que planejou dizimar um povo inteiro, se dizia religioso. Josef Stalin (1879-1953), cujas vítimas fatais podem chegar a 20 milhões de soviéticos, se dizia ateu. Os religiosos também concordam que a fé já provocou guerras e violência. Em outubro passado, o papa Bento XVI, num encontro em Nápoles com lideranças multiconfessionais, conclamou a todos para "reiterar que a religião nunca poderia ser um veículo do ódio". Mas também se sabe que as religiões já contribuíram para a paz e desempenham um valoroso trabalho missionário nas áreas mais miseráveis do planeta. Ninguém pode afirmar que os deuses, os livros sagrados e as preces são uma criação do homem, sem nenhuma intervenção divina. Também ninguém pode garantir o contrário. Sendo assim, enquanto a idéia de Deus, a imagem do menino Jesus na manjedoura ou o espírito do Natal servirem para confortar e congregar milhares, milhões, bilhões de seres humanos, é bom que a fé possa seguir contribuindo para levar paz a homens e mulheres. Incluindo os moradores da pequena Nova Ibiá.

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da Folha Online

Mais uma rede de igrejas nos Estados Unidos aderiu à moda de utilizar a tecnologia para coletar dízimos e ofertas dos fiéis. Os interessados em doar quantias para a Arquidiocese Católica Romana de Cincinnati agora podem fazê-lo também pela internet.

"É um modo de tornar as coisas um pouco mais fáceis para as pessoas e para que elas sejam um pouco mais regulares em suas doações na igreja", afirma o arcebispo Daniel Pilarczyk.

Entretanto, segundo ele, a tecnologia não vai substituir o método tradicional: a coleta durante as missas.

Com o uso da doação on-line, a diocese se une a um grupo de igrejas do país que está usando a tecnologia com esse fim. Em St. Louis, algumas igrejas aderiram a sites que oferecem o serviço de doações on-line. Outras, como na Geórgia e na Califórnia, já dispõem de caixas eletrônicos e máquinas de cartão de crédito em suas sedes.

Segundo essas igrejas, esse tipo de doação é uma resposta às mudanças existentes na sociedade, com as pessoas carregando menos dinheiro e utilizando outros meios para fazer transações financeiras.

O programa de doações on-line de Cincinnati foi criado como parte do Catholic Ministries Appeal, que financia programas como seminários, aposentadorias de membros da igreja e obras sociais.

De 2,5 centavos a 4 centavos de cada dólar doado serão utilizados para custear a tecnologia envolvida, como servidores e o sistema de segurança utilizado.

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Os dedos sangram. Se eles não derem a quota diária de dinheiro aos guardas, são espancados. Todos os movimentos são seguidos por olhares autoritários. Manuseando fios fininhos, eles amarram metros e metros de cordões junto a lâmpadas de plástico que serão acesas em diversas partes do mundo para celebrar o Natal dos cristãos.
A celebração destes homens, no entanto, será confinada na prisão. O crime cometido por eles? Pregar o evangelho de Jesus Cristo, exatamente o que não podem fazer livremente na China, mas o que cristãos em diversas partes do mundo farão.
Muitos cristãos já enfeitaram ou enfeitarão suas casas e suas árvores de Natal com os pisca-piscas produzidos por esses irmãos confinados. A jornada de trabalho deles é de 16 a 20 horas por dia.
Ao longo deste ano, mais de 600 pastores e líderes cristãos foram colocados atrás das grades por causa de sua fé.
Ore por perseverança

Pastores e líderes cristãos chineses pedem orações para que recebam perseverança. Mas eles não pedem para que a perseguição pare. Eles crêem que os açoites e a privação sejam positivos para o seu ministério.
Lembre-se de interceder por esses homens e mulheres que vivem na China e que com o seu trabalho estão acendendo luzes em todo o mundo para honrar o nascimento de Jesus.
Estima-se que a igreja não-registrada, clandestina, na China, já tenha 80 milhões de seguidores.
“A perseguição para esses pastores é proporcional ao bom trabalho que eles estão realizando para Jesus. Eles vêem esse tempo de aprisionamento como uma oportunidade ministerial única”, diz o pastor Tom Henry, que já passou um período preso na China. "Só não esqueçam de orar por eles"

FONTE: PORTAS ABERTAS
O boi Shambo, sacrificado em julho
O incidente com Gangotri ocorre depois da polêmica morte do boi Shambo, em julho
Centenas de hinduístas se revoltaram contra uma organização britânica de direitos dos animais, por alegações de que a ONG teria matado secretamente, com uma injeção letal, uma vaca considerada sagrada por eles.

Gangotri, uma vaca Jersey de 13 anos que vivia no condado de Hertfordshire, no leste da Inglaterra, foi sacrificada pela Real Sociedade para Proteção dos Animais (RSPCA, na sigla em inglês) enquanto os fiéis oravam.

"Vamos fazer um protesto pacífico contra a maneira com que Gangotri foi sacrificada. A RSPCA fez o equivalente ao seqüestro de um cidadão – veio e tomou a decisão de matar a vaca imediatamente", disse Vinay Tanna, porta-voz do templo hinduísta de Hertfordshire. "Se tivéssemos tido a chance, teríamos tomado medidas legais para impedir isto."

Cerca de 200 representantes do templo vão protestar em frente à sede da RSPCA, em West Sussex. Os monges hinduístas esperam ainda reunir 700 pessoas em uma cerimônia religiosa para marcar o fim do período de luto pela vaca.

Sacrilégio

Os hinduístas consideram as vacas animais sagrados, e matar uma delas ou um boi é considerado sacrilégio. Tanna disse que "a morte de uma vaca hindu no templo é muito mau agouro".

O líder da comunidade hinduísta Gauri Das afirmou que a vaca não estava bem, mas não tinha nenhuma doença e estava recebendo os cuidados dos moradores do templo e fiéis que visitavam o local.

Segundo ele, a polícia afastou os monges que estavam tratando da vaca doente, e o chefe da fazenda foi mantido distraído enquanto uma injeção letal era aplicada em Gangotri, dentro do estábulo.

O templo tem o Projeto de Proteção a Bovinos e permite que vacas e bois morram naturalmente.

Em um comunicado, a RSPCA se defendeu, dizendo que três veterinários haviam sugerido o sacrifício imediato do animal. "Sabíamos que a vaca estava sofrendo com feridas dolorosas e infeccionadas, seus membros já não tinham mais uso e ela estava com problemas respiratórios", disse a ONG.

Em julho, a morte de Shambo, um boi sagrado de um templo de Carmarthenshire que sofria de tuberculose bovina, gerou polêmica e foi destaque nos principais jornais britânicos.

Sob protestos e depois de três meses de disputa legal movida pelos monges para salvá-lo, o boi foi levado e sacrificado.

fonte: BBCBRASIL

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Bento XVI falou a multidão em Roma no Dia de Santo Estêvão, o 1.º mártir

Reuters e Efe, Cidade do Vaticano

O papa Bento XVI afirmou ontem que os cristãos enfrentam ainda hoje perseguição, tortura e morte em algumas partes do mundo e continuam convertendo-se em mártires da fé. A mensagem do pontífice foi dirigida a peregrinos católicos durante a o Dia de Santo Estêvão, considerado o primeiro mártir cristão. A data é celebrada imediatamente após o Natal.

O papa afirmou que os cristãos que morreram por sua fé rezavam pelo perdão dos algozes. “Sempre devemos notar que essa é uma característica distintiva do mártir cristão, (pois) trata-se de um ato de amor dirigido a Deus e aos homens, sem excluir seus perseguidores”, afirmou Bento XVI a uma multidão aglomerada, sob chuva, na Praça de São Pedro. “O martírio cristão nos lembra da vitória do amor sobre o ódio e a morte.”

Santo Estêvão foi apedrejado até a morte por uma multidão em Jerusalém no momento em que o cristianismo estava começando a se disseminar. Seu discurso em defesa da fé durante o julgamento sumário e sua execução, apoiada com entusiasmo pelo rabino Saulo de Tarso, que se tornaria pouco depois o apóstolo São Paulo, são narrados na Bíblia no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 7.

Bento XVI afirmou que martírios como esse continuaram ocorrendo até hoje. “Não é raro, até mesmo hoje, que recebamos notícias de várias partes do mundo de missionários, sacerdotes, bispos, monges, religiosas e leigos perseguidos, encarcerados, torturados, privados de sua liberdade e impedidos de exercer (sua fé) porque são discípulos de Cristo.”

O papa assinalou que, em sua última encíclica Spe Salvi (Salvos pela Esperança), conta a experiência do padre Le-Bao-Thin, mártir vietnamita cujo exemplo demonstra que “o sofrimento pode converter-se em alegria mediante a força da esperança que procede da fé”.

Bento XVI não mencionou outros casos específicos. Mas, há menos de duas semanas, um sacerdote católico italiano foi esfaqueado em sua igreja, na Turquia, no mais recente atentado de uma série de crimes contra cristãos no país. Também na Turquia, em abril, três cristãos foram degolados. Anteontem, na Índia, hindus radicais incendiaram e depredaram 12 igrejas. Ao menos uma pessoa morreu.

fonte: jornal estado de são paulo

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Sempre muito bem-humorada, a atriz Solange Couto conversou com a reportagem de OFuxico sobre seu atual momento. Descontraída, ela falou sobre seus trabalhos e sua religião.

OFuxico: O quê você está fazendo atualmente?
Solange Couto: Me dei férias nos meses de dezembro e janeiro e só devo pensar em trabalho em fevereiro de 2008.

OF.: Além de seu trabalho em O Sítio do Pica-Pau Amarelo, você tinha alguma outra atividade?
SC: Neste ano, eu viajei com a peça Cinco Mulheres por um fio, no qual vivo cinco personagens. Em 2008 devo retomar esse trabalho, que é uma comédia, muito bacana.

OF.: Você vai desfilar no Carnaval?
SC: Só se for com a minha igreja. Sou evangélica e fui batizada há dois anos, na Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul. O Carnaval da minha Igreja foi reconhecido pela Riotur.

OF.: Quando você se converteu?
SC: Há 3 anos, mas fui batizada há dois. Gosto de explicar que a minha Igreja não me impede de fazer absolutamente nada. Se tiver um papel de macumbeira faço, de prostituta também. Apenas não participaria de um ensaio nua, porque isso eu nunca fiz. Além disso, não bebo e não fumo por opção própria. Quanto às minhas roupas, são todas normais, uso bermuda, shorts, tomara que caia só não uso, e nunca usei, roupa que deixa a b...a de fora.

OF.: Há algum trabalho acertado na tevê, em 2008?
SC: Ouvi falar que devo ser escalada em uma novela para o segundo semestre, na Globo. Mas, como sou contratada por obra, por enquanto não tenho nada.

http://ofuxico.terra.com.br

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O presidente da Conferência de Bispos Católicos de Inglaterra e País de Gales, Murphy O'Connor, voltou a defender, no último domingo, que o Vaticano deveria permitir a ordenação de homens casados, numa entrevista ao jornal Financial Times.

(Fonte: Portugal Diário, adaptado por O Verbo) - O também arcebispo de Westminster reassumiu a sua posição de que a hierarquia máxima da Igreja Católica deveria repensar a sua posição quanto ao celibato do clero. "Temos alguns antigos anglicanos nas nossas dioceses que estão casados. Se me perguntam se a Igreja poderia alterar e permitir a ordenação de muitos homens casados, a minha resposta seria sim", referiu.

Em 2000, pouco depois de ser nomeado arcebispo de Westminster, Murphy O'Connor provocou uma grande polêmica, ao declarar que o celibato entre os sacerdotes "é uma norma eclesiástica que se poderia alterar" e que da sua regulação "se falará do futuro".

Sobre o Papa Bento XVI, o religioso britânico comentou que as pessoas deslocam-se atualmente a Roma "não tanto para ver o Papa, mas para escutá-lo". "O Papa João Paulo II captava a imaginação das pessoas com os seus gestos e proximidade. Este Papa capta a mente e os corações pelo que ensina e prega", afirmou.

Ao fazer 75 anos, Murphy O'Connor apresentou no Verão passado a sua renúncia ao cargo de arcebispo de Westminster por querer ser o primeiro na história a não morrer no seu posto. O Papa respondeu-lhe que deveria permanecer por pelo menos mais um ano.
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O Brasil aparece em 82º lugar entre os cem países que contam com a maior proporção de ateus em sua população, segundo levantamento do WCD (World Christian Database), base de dados elaborada pelo Seminário de Teologia Gordon-Conwell, dos EUA.

Pesquisa Datafolha feita em março deste ano mostra que 97% dos brasileiros dizem acreditar em Deus.
Ambos os números parecem favoráveis aos religiosos, ainda mais porque o mesmo WCD descobriu que a proporção de pessoas que seguem alguma das quatro grandes religiões monoteístas -cristianismo, islamismo, budismo e hinduísmo- cresceu de 67% em 1900 para 73% em 2005.

Mas, nesse caso, os números, escondem tanto quanto revelam. As pessoas se dizem religiosas, o que não significa obediência às doutrinas pregadas.
Tanto que está em curso uma ofensiva da Igreja Católica e de outras religiões contra a influência dos "valores ateus", especialmente os que se materializam em políticas de governo como a legalização do aborto e da eutanásia, e propagados por best-sellers como "Deus, um Delírio" (Cia. das Letras), do biólogo Richard Dawkins, publicado pela Companhia das Letras, e "Deus Não É Grande -como a religião envenena tudo" (Ediouro), do jornalista Christopher Hitchens.

No final do mês passado, o papa Bento 16 lançou sua nova encíclica, "Salvos pela esperança", e afirmou que o "céu não está vazio".
Disse que os projetos de emancipação do homem que apostaram na busca da felicidade sem Deus fracassaram: trocaram um sistema político pelo outro, até que o homem se esvaziou e perdeu o sentido.

No Brasil, o maior país católico do mundo, a Campanha da Fraternidade do próximo ano trará ao país uma agenda bastante comum na Europa, continente onde é normal não ter religião alguma: a defesa da vida, expressão usada no Velho Mundo pelos crentes para se contrapor aos ateus.

Durante todo o período da Quaresma, que vai da Quarta-feira de Cinzas à Páscoa, os católicos brasileiros debaterão esses assuntos em suas paróquias.
Já há algumas organizações que preparam um abaixo-assinado contra a legalização do aborto a ser passado nas igrejas no período.
Na Europa, isso já é comum. Em maio, organizações católicas promoveram o "Dia da Família", que reuniu mais de um milhão de pessoas no centro de Roma contra a união civil de pessoas do mesmo sexo.
Não à toa, o Uruguai, o país mais proporcionalmente ateu da América do Sul, é o único da região que abre esse direito aos homossexuais.

No Brasil, 65% das pessoas são contra a legalização do aborto, segundo o Datafolha. Mas 71% dos entrevistados são favoráveis ao divórcio, 94% aprovam a camisinha e 42% são simpáticos à união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Ateísmo militante

Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, já manifestou diversas vezes preocupação com o "ateísmo militante".
Para ele, é preciso dizer que as pessoas precisam ter fé porque "ninguém neste mundo tem a explicação suficiente para as realidades que nos cercam".

"A religião é uma forma de se relacionar com Deus e de dar sentido à vida.
"Deus, um Delírio", a obra de Dawkins, vendeu 35 mil exemplares no Brasil desde agosto e está entre as cinco maiores sucessos da editora.
"Deus Não É Grande", livro de Hitchens está esgotado e já vai para a segunda tiragem. A primeira teve 10 mil cópias.

Para d. Odilo, a explicação para esse fato é simples. "O assunto "Deus" é vital para as pessoas e continua a despertar interesse", afirma o cardeal.
"O sucesso especial de escritos contra Deus e a religião não significa que as pessoas concordem com o que lêem, pode indicar o desejo de verificar se o autor traz algo novo nessa matéria, ou até mesmo o desejo de rebater afirmações do autor. Os atuais escritos nada trazem de novo e reciclam velhos chavões, preconceitos e generalizações", conclui.

Fonte: Folha de São Paulo
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Um padre de 38 anos de Alijó, distrito português de Vila Real, foi seqüestrado e espancado quando se deslocava para aquela vila para celebrar a Missa do Galo à meia-noite de segunda-feira (22h de Brasília), disse fonte da polícia lusa.

Fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR) disse que o padre António Aires se deslocava de Sanfins para a vila de Alijó, onde iria celebrar a Missa do Galo, tendo sido supostamente desviado para um local ermo, junto a uma barragem, por um grupo de indivíduos.

Apesar de ainda haver pouca informação disponível e esclarecimentos sobre a ocorrência, a GNR diz que o padre teria sido "retirado do carro e espancado", tendo sido abandonado no local sem lhe ter sido roubado nada.

O carro teria ficado danificado, de acordo com a Guarda.

António Aires, que tem a seu cargo várias paróquias do distrito de Alijó, teria sido despido e preso a uma árvore, de onde teria conseguido se soltar e se deslocar a pé alguns quilômetros até às casas mais próximas, onde teria pedido ajuda.

Depois de assistido no centro de saúde de Alijó, revelando alguns hematomas e escoriações, o padre foi transportado para o Hospital de Vila Real onde ficou em observações até ao final da manhã desta terça-feira.

António Aires já teve alta e descansa em sua casa, recusando-se a prestar declarações.

Segundo a GNR, até meio da tarde de hoje, o padre ainda não tinha apresentado queixa.

A GNR isolou o local durante a noite para investigações.

António Aires é um dos padres mais conhecidos da região, também pela sua ligação ao desporto, tendo já sido treinador das equipes de futsal do Macedo de Cavaleiros, Associação Acadêmica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e da equipe de futebol Alijoense.

O sacerdote também participou em vários programas de rádio sobre futebol.

http://www.bahiaemfoco.com
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Centenas de monges budistas e freiras participaram nesta terça-feira de uma marcha no Camboja para demonstrar apoio ao julgamento dos líderes do Khmer Vermelho que governaram o país entre 1975 e 1979 e teriam sido responsáveis pela morte de pelo menos 1,7 milhão de pessoas.

Os manifestantes vieram de várias regiões do país e marcharam até as cortes especiais, localizadas nos arredores da capital, Phnom Penh.

Os organizadores da marcha afirmam que os tribunais serão cruciais para ajudar os cambojanos a esquecerem do passado tumultuado e olharem para o futuro.

Os monges foram bem recebidos pelas cortes e participaram de uma sessão de perguntas e respostas com as autoridades jurídicas.

Um porta-voz do tribunal afirmou que foi dito aos manifestantes que o trabalho das cortes é para eles.

Ao organizar a marcha para o dia de Natal, os monges ressaltaram a natureza internacional do tribunal do Khmer Vermelho.

Khmer Vermelho

O regime comunista imposto pelo Khmer Vermelho perseguia minorias étnicas e opositores políticos.

O Camboja é um país majoritariamente budista, mas o Khmer Vermelho forçou os monges budistas a pararem de usar seus uniformes e fechou seus santuários.

O regime também massacrou muçulmanos que se recusavam a abdicar da sua fé, e destruiu igrejas cristãs.

Autoridades jurídicas do mundo todo trabalham nas cortes organizadas para os julgamentos dos líderes do regime.

No próximo mês, o tribunal irá fazer um apelo a doadores internacionais para um patrocínio extra de dez milhões de dólares.

Sem o dinheiro, o processo, aguardado há vários anos, pode perder a força.

http://www1.folha.uol.com.br

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Quero agradecer a todos os leitores desse blog que derante 4 meses, esse blog teve mais de 2000 visitantes!!! e também quero desejar a todos vocês um belo natal cheio de paz e amor e que o nosso Jesus nos estejam abençoado a cada dia. A partir do dia 26 estarei colocando todas as noticias que envolvem o mundo gospel.

um forte abraço fraternal,

Eginoaldo.

da Folha Online

Morreu na madrugada deste domingo o cardeal d. Aloísio Lorscheider, 83, arcebispo emérito de Aparecida (167 km a nordeste de São Paulo) e ex-presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). De acordo com boletim do hospital São Francisco, ele morreu em função de falência múltipla dos órgãos.

Ele estava internado no hospital desde 28 de novembro. Seu estado de saúde piorou e foi considerado grave no último dia 11, quando sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Divulgação
Atuação de d. Aloísio Lorscheider foi marcada pelas críticas contra o regime militar
Atuação de d. Aloísio Lorscheider foi marcada pelas críticas contra o regime militar

Seu corpo será velado na catedral de Porto Alegre e o sepultamento será no Convento de Daltro Filho, a 130 km de Porto Alegre. O dia e o horário do sepultamento ainda não foram definidos, de acordo com a CNBB.

Gaúcho de Estrela, d. Aloísio era franciscano e foi ordenado presbítero em 1948. Em 1962 foi ordenado bispo e assumiu a diocese de Santo Ângelo (RS) e tornou-se arcebispo de Fortaleza (CE) em 1973 onde ficou até 1995. Naquele ano, foi transferido para Aparecida, tornando-se arcebispo emérito em 2004.

Entre as muitas atividades desenvolvidas pelo cardeal, destaca-se a presidência da CNBB, cargo que exerceu por dois mandatos de 1971 a 1978. Antes, foi secretário geral da instituição. Foi também presidente do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano) no período de 1976 a 1979.

Nomeado cardeal pelo papa Paulo 6º, em 1976, d. Aloísio participou dos conclaves --cerimônia fechada em que o futuro papa é escolhido-- que elegeram os papas João Paulo 1º e João Paulo 2º, ambos em 1978.

Bíblia queimada na Nigéria

NIGÉRIA (27º) - Dez pessoas foram mortas e três igrejas foram incendiadas depois que estudantes de uma escola muçulmana, no norte da Nigéria, iniciaram uma incursão contra os cristãos pela cidade.

Segundo testemunhas, os estudantes atacaram seus colegas cristãos e atiraram pedras em dezenas de lares onde eles e suas famílias moravam.

A identidade de nove entre as dez pessoas mortas foi mantida em segredo pelas autoridades do Estado de Bauchi. Agentes de segurança removeram e enterraram os corpos, que estavam com marcas graves de linchamento.

O único identificado pertencia à Igreja de Cristo da Nigéria, em Yelwa, e foi identificado apenas pelo sobrenome.

As três igrejas incendiadas eram as pentecostais: Igreja Elim, Assembléia de Deus e Igreja Cristã de Deus Redima.

Dentre as casas apedrejadas e destruídas estava a do reverendo Umaru Sule, pastor associado à Igreja Evangélica do Oeste da África (ECWA, sigla em inglês), de Yelwa Makaranta, e a do reverendo Maina Joshua, de Kagadama.

Origem do ataque

De acordo com uma professora da escola secundária, tudo começou porque estudantes muçulmanos constataram que dois blocos de pedra que estavam nas obras de construção de uma mesquita ali na escola tinham sido removidos.

“Ouvi alguns alunos reclamando de que desconhecidos retiraram dois blocos e ameaçaram retaliar os cristãos da região por causa disso no dia 2 de dezembro”, conta a professora.

No último dia 11, enquanto ministrava uma prova, ela ouviu alunos dizendo que não iriam fazer o exame enquanto outros entravam nas salas, quebravam mesas, cadeiras e ameaçavam os cristãos com facas na garganta.

“Tive que sair para preservar minha vida”, contou ela. “Eles gritavam ‘Allahu Akbar (Deus é grande) e atacavam”. “A situação se tornou incontrolável”. Dali, os estudantes saíram da escola e expandiram o ataque pela cidade.

Ore por esses cristãos perseguidos no início de dezembro e pelas comemorações de Natal, que ocorrerão, ainda que de forma discreta. Que o Senhor. traga-lhes alívio, sustento e forças para reconstruírem suas vidas.

http://www.portasabertas.org.br


João Costa

“Dom Flávio Cappio pisou na bola e se desmoralizou por si próprio com sua greve de fome”. Foi esta a declaração que o Arcebispo Dom Aldo Pagotto deu nesta sexta-feira, 21, em relação ao religioso baiano, que ontem encerrou uma greve de fome iniciada em protesto contra a transposição das águas do Rio São Francisco.

“O que eu gostei mesmo foi do pronunciamento do presidente Lula, ao afirmar que a obra não paralisaria em função da chantagem de um bispo, dando tranqüilidade de que a transposição é tecnicamente perfeita e segura”, disse Dom Aldo, que na Paraíba preside o Comitê pela Transposição do Rio São Francisco.

“Tenho muita pena do bispo. E fiquei pasmo e triste com a posição e com a nota da CNBB, que ficou solidária com Dom Flávio Cappio", declarou o arcebispo.

Dom Aldo disse também que chegou a discutir o assunto com representantes do Vaticano no Brasil, mas que o que o bispo baiano não obedeceu as determinações superiores.

“Eu cheguei a falar com o Núncio Apostólico do Vaticano no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, sobre essa postura do bispo. E o Vaticano chegou a se manifestar, mas este bispo parece que não obedece ao Vaticano, mas a outros propósitos. É uma pena, porque a igreja não pode pisar na bola”, finalizou Dom Aldo.

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Altera a Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, dá nova redação ao parágrafo 3, do artigo 140, do Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940— Código Penal — e ao artigo 5º, da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, e dá outras providências.



Assim é a ementa da PLC 122/2006 de 12/12/2006, projeto que pretende modificar o Código Penal, a CLT e outras leis inerentes a discriminação e enfrenta embates jurídicos no Senado, apesar de todo o apoio político do atual governo e seus aliados.

Tal projeto foi tecnicamente mal elaborado, ferindo diversos princípios da Constituição Federal e do código penal. Contudo, a militância homossexual e seus representantes políticos, que parece não serem poucos, na Câmara dos Deputados e no Senado, com o apoio irrestrito do partido do governo (PT), trabalharam nos bastidores desta luta legislativa para alcunhar a qualquer custo a criminalização da homofobia e criar uma verdadeira “mordaça gay”, com o intuito de que ninguém possa divergir e expressar opiniões contrárias ao homossexualismo.

Da mesma forma, a legislação, como ajuste de comportamento que a sociedade impõe a todos, indistintamente, não são nada mais do que verbalização do que ela mesma avalia ser o seu “bem”, o seu “belo” e a sua “verdade”. Os romanos alcunharam de mores maiorum civitatis, ou seja, a moral da sociedade. E isso tudo se forma — os princípios e normas do nosso ordenamento jurídico — por meio de um sistema de exercício e controle do poder que aqui, certos ou errados, chamamos de democracia.

Apesar de sermos totalmente contra o termo homofobia, por simples estudo a etimologia da palavra, vamos seguir nos argumentos usando esse senso comum.

Apenas para questão de elucidação do termo, achamo-nos no dever de, rapidamente, informar como surgiu essa expressão.

O termo “homofobia” foi cunhado em 1972 pelo psiquiatra norte-americano George Weinberg, no livro Society and the Healthy Homosexual (New York, St, Martin’sPress, 1972) e, nesta sua definição clínica, seria “medo e ódio aos homossexuais”. Como vemos, o que acontece não se parece tratar de medo de homossexuais.

A homofobia, como toda e qualquer forma de opressão, violência e discriminação, é inadmissível e deve ser intensamente combatida, nisso consideramos que não há dúvida.

Qualquer cidadão tem o direito de não ser perseguido pelas suas escolhas pessoais e estilo de vida. Mas isto (a provável lei) não é combate à homofobia, mas promoção da homossexualidade, e a nosso ver, insulta a todos que são contra, o que desde sempre fez e faz naturalmente o que esta lei agora considerará discriminação. O que há é uma distorção do conceito de liberdade para impor uma visão aberrante.

Analiticamente, o direito como expressão democrática das vontades e valores sociais e não de apenas um grupo social que quer impor a sua visão de mundo a todos, é mais do que motivo suficiente para tanta polêmica.

Resguardar de críticas uma determinada preferência sexual em detrimento das outras é discriminação ostensiva e irracional.

A liberdade prevê que cada um procure viver conforme sua preferência. Entretanto, não obriga a que todos coadunem que todas as alternativas são análogas; da mesma forma que a liberdade religiosa não exige que se doutrinem nas escolas as proposições de qualquer seita ou religião, as pessoas livres, têm o direito de opinar que a homossexualidade é uma depravação, tal como pode achar que religião não vale nada. Isso, em si, não significa homofobia ou intolerância, desde que não persiga os que opinam de forma diferente da sua. Pelo contrário, é o Parlamento que, se consagrar na lei geral a posição abstrusa, viola a liberdade.

Fica difícil achar mais do que duas posições a serem adotadas: permitir que todas as preferências sexuais continuem expostas à crítica ou alargar a todas, por igual, a proteção legal. A primeira proposição é o mesmo que rejeitar in totum a PLC 122. A segunda demanda que a preferência pela monogamia heterossexual, nos exemplos religiosos, seja considerada — vejam vocês — pelo menos tão decente e digna de amparo legal quanto a perversidade polimorfa, o sadomasoquismo ou o sexo com animais. Mesmo o homossexualismo não poderia almejar a mais prerrogativas do que essas outras variantes.

Até hoje os apologistas do movimento homossexual não entraram num acordo sobre se existe ou não a homofobia como entidade clínica, comprovada experimentalmente.

A questão é que, de qualquer forma, é definitivamente impossível evidenciar, por meios empíricos ou por quaisquer outros, que toda e qualquer ojeriza à conduta homossexual seja, na sua gênese e nas suas finalidades, substancialmente similar ao impulso assassino voltado contra homossexuais. Contudo é exatamente assim que o PL 122/2006 faz.

Na verdade, faz muito mais do que isso já que, em oposição às tendências modernas do Direito Penal, que descriminaliza condutas, o abominável projeto quer impor, criminalizando e dispondo o aparato policial a serviço de um grupo restrito (os homossexuais), valores que chocam com o que pensa a esmagadora maioria da sociedade brasileira que é, eminentemente, cristã e heterossexual.

O modo através do qual o PL foi aprovado na Câmara e agora será votado no Senado, ou seja, sem qualquer debate com a mísera sociedade civil, é o pior de tudo, de modo que estamos bem perto da fundação de uma “ditadura da minoria”.

Portanto, o Congresso Nacional está para aprovar uma lei que impede — e mais que isso, criminaliza — qualquer manifestação — seja ela intelectual, filosófica, ideológica, ética, artística, científica e religiosa — contrária ao homossexualismo e às suas práticas.

O grande complicador disso tudo acaba sendo o pérfido governo Lula que tem todo interesse nesse tipo de aprovação pelo Congresso e ainda financia e promove, como já afirmamos, a homossexualidade. O governo Lula tem empregado maciçamente o dinheiro público para a promoção do homossexualismo. A frase a seguir é de um líder homossexual e refere-se ao montante investido no programa “Brasil sem homofobia”:

“Da proposta inicial do governo de R$ 400 mil, nós conseguimos aumentar este valor para R$ 8 milhões. Atualmente, esse é o orçamento inteiro do programa, mas que ainda é insuficiente para atender a demanda que temos no país” (Melo, Cecília. Contas Abertas. Governo prevê cerca de R$ 8 milhões para combater preconceito contra homossexuais. 30 abrilde 2007. Disponível em: http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=1703 . Acesso em: 20 de novembro de 2007.).

Não se trata de discriminação tratar de forma diferente o que é diferente visualmente, às vezes. Os ativistas do movimento interpretam que a homossexualidade se equipara ao casamento. Contudo, as relações homossexuais, assim como a promiscuidade, pedofilia, incesto e bestialidade, não são nem nunca foram equiparadas à família, mesmo nas sociedades mais antigas que tinham essas formas como correntes. Mas isso é outro debate.

O Projeto de Lei

O Projeto de Lei 122/2006, que agora tramita no Senado e que tem como relatora a Senadora Fátima Cleide (PT-RO), na verdade começou ainda em 2001 na Câmara Federal (PL 5.003/2001) com a proposição e relatoria da ex-deputada Federal Iara Bernardi (PT-SP) e tem sido, oficialmente apoiado pelo Governo Federal.

Vejamos o que preceitua alguns dos dispositivos da proposição legislativa:

Artigo 2º A ementa da lei passa vigorar com a seguinte redação: “Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero (NR)”

Portanto a Lei 7.716/89 passaria a vigorar com esse texto ementário.

O projeto é falacioso logo em seu início escondendo-se na ineficiência dos discursos politicamente corretos e na promoção de direitos humanos fundamentais, tão difundidos por nosso dito Estado Social Democrático.

Lendo o texto do artigo, de imediato, pensamos que se tratava mesmo de algo necessário para a sociedade: combater, criminalizando condutas, qualquer tipo de discriminação ou preconceito.

Percebamos bem: na realidade, pertencer a uma raça, a uma cor, a uma etnia, a uma religião, a uma nacionalidade, ser do sexo masculino ou do sexo feminino, são condições (com exceção da religião que é adquirida culturalmente) naturais do ser humano. E, em assim sendo, merecem a proteção do Estado contra qualquer tipo de discriminação.

A questão religiosa ganhou espaço nesse entremeio justamente por ser assunto que a humanidade discute desde sua existência, tendo sido motivo para embates fervorosíssimos em tempos mais remotos e que, em culturas mais distantes, continua sendo questão de difícil acesso ao consenso.

Contudo, introduzir nesse contexto, através de uma etiquetagem (i)moral, qual seja, “orientação sexual”, ou mesmo “identidade de gênero”, como se fossem categorias naturais do ser humano, nada mais é do que apologia e promoção do homossexualismo. É um pouco além da referência legislativa e das funções precipuamente estatais. Tanto é assim que os demais dispositivos em vez de se limitar a proteger — como acontece com o atual texto da Lei 7.716/89 — na verdade, promovem descaradamente o homossexualismo e suas práticas.

Artigo 5º os artigos 5º, 6º e 7º, da Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 5º Impedir. recusar ou proibir o ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público; Pena — reclusão de um a três anos”

“Artigo 6º Recusar, negar. impedir, preterir, prejudicar retardar ou excluir em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional. Pena — reclusão de três a cinco anos”

Vejamos se isso é proteção ou promoção do homossexualismo.

O dispositivo quer legislar que “em qualquer sistema de seleção educacional” não se pode recusar, negar, impedir (e etc.) o acesso de homossexuais. É um verdadeiro totalitarismo.

No dia-a-dia, poderemos visualizar a seguinte cena: o pai ou mãe não quer que na escola dos seus filhos, crianças ou adolescentes, se promova o homossexualismo, a princípio direito deles. O diretor/coordenador da escola pensa da mesma forma. Mas aí algum jovem homossexual se candidata para a seleção como professor. Na entrevista, revela a sua condição “social”. O diretor diz que, por princípios, a escola não aceita homossexuais. Em reunião com os pais, todos concordam, dizendo que existem outras escolas que admitem, mas essa em particular não. Conclusão: todos, o diretor e os pais, incorreram em crime e podem passar de 3 a 5 anos num dos presídios do nosso estado.

Defesa do direito de criar os filhos? Não. Trata-se de crime. O direito natural simplesmente foi para o espaço. Esse será o novo desenho se o projeto for aprovado.

Isso não nos parece razoável. Mas os exemplos escabrosos não param por ai: imagine que a dita escola é um seminário teológico de formação de pastores, de padres ou de monges. Todos, também, podem ser apenados. Isso é homofobia? O projeto pretende a proteger ou promover o homossexualismo?

Artigo 7° A Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigo 8º-A e 8º-B:

“Artigo 8º-A. Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público, em virtude das características previstas no artigo 1º.

Pena: reclusão de dois a cinco anos.”

Estamos falando de locais privados, mas abertos ao público como as igrejas ou museus. Imagine que um padre, pastor ou monge queiram repreender um casal de lésbicas que estejam se beijando dentro do santuário ou capela. O que aconteceria com eles? Poderiam ir para a prisão também, como nos casos anteriores (2 a 5 anos de cadeia).

Se estivéssemos falando de um casal de heterossexuais, os eclesiásticos ou pastores poderiam repreender, chamar a atenção, mas como é um casal homossexual, não pode.

Voltamos a questionar: isso é homofobia, intolerância religiosa ou totalitarismo de uma classe? Num caso como esse e o do seminário que citamos anteriormente, vejam as agravantes do projeto:

Artigo 8º Os artigos 16 e 20, da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Artigo 16. Constitui efeito da condenação;

VI — suspensão do funcionamento dos estabelecimentos por prazo não superior a três meses.”

Ou seja: se for igreja, fecha-se. Se for seminário teológico, fecha-se também. Se for museu, não tem o que reclamar. Será que acontecerá o mesmo nas repartições públicas? Provavelmente sim. Isso é proteção ou promoção do homossexualismo? Homofobia?

A concepção que começa a se espalhar nos movimentos de homossexuais, lésbicas, bissexuais e travestis é que as crianças e adolescentes têm o livre arbítrio (o direito constitucional de livre orientação sexual, dirão daqui a pouco) e, portanto, os pais não podem repreendê-los e discipliná-los contra as práticas homossexuais. Se assim o for, estaremos diante de homofobia ou pedofilia?

A ilegitimidade

Pode se dizer que uma lei é legítima, quando ela expressa os anseios, valores e vontade da sociedade que a envolve.

O ponto é: de acordo com os artigos do projeto, estes se alinham com a vontade da sociedade? Isto é, a sociedade quer, realmente, possibilitar o aprisionamento de pessoas pelo fato de que elas, a partir de sua convicção, não concordam com a atitude, pensamento, gestos, palavras e modo de vida de um homossexual? Claro que não.

De acordo com o último censo do IBGE, mais de 90% da sociedade brasileira é católica ou protestante. Qual a legitimidade desse projeto, então? Aqui não estamos contando outras tantas pessoas, que muito provavelmente estarão dentro desses 10% restantes, que, por outros tipos de convicção, que não religiosa, também não concordam por um motivo ou por outro.

Se não há legitimidade do ponto de vista numérico, temos a certeza de que também não haveria eficácia social ou efetividade se este projeto fosse aprovado. A não ser que se estabelecesse uma nova ditadura no Brasil (o que não é pouco provável, tendo em vista os acontecimentos políticos que temos visto).

A imoralidade e totalitarismo

Por que o Projeto de Lei 122/2006 é imoral? Moral é o conjunto de usos e costumes de uma sociedade. O conjunto de valores e ações que, no geral, a sociedade acredita ser o seu bem, o seu belo e a sua verdade — o mores maiorum civitatis da cultura helenística.

Ora, o Projeto de Lei 122/2006 vai, essencialmente, de encontro àquilo que constitui a Moral da sociedade brasileira que, como afirmamos, é quase no todo, de uma tradição judaico-cristã. Por assim o ser, este projeto nega tudo aquilo que corresponde aos anseios, usos e costumes da nossa sociedade. E por isso é imoral, isto é, nega a moral da nossa sociedade.

Em nossa tradição moral não há espaço para discriminação nem preconceito. Do mesmo modo, não há espaço para tolhimento da liberdade de expressão, de convicção e de crença. A nossa moral nos diz que podemos ser aquilo que quisermos ser, assim como, também, que todos têm o direito de se posicionar e manifestar-se sobre esse ser ou não ser. E essa é a Moral que foi inserta no nosso sistema jurídico.

Não se trata de tradicionalismo ou mesmo de puritanismo, trata-se simplesmente de análise histórico-cultural.

De outro lado o projeto é totalitário porque estabelece para toda a sociedade, para todas as instituições e para todas as pessoas um modo de vida escolhido por um grupo de pessoas que se autodenominam minoria.

Acreditamos que nem seja esse o desejo dos homossexuais. O projeto de lei, absurdamente, criminaliza sem valoração distintiva, toda e qualquer manifestação contrária às práticas homossexuais. É o estabelecimento de uma imunidade comportamental inédita, em tempos de democracia, na história do direito brasileiro.

O discurso é envolvente, mas falacioso. Disserta-se sobre proteção dos direitos humanos, mas na realidade o que se está a estabelecer é a imposição de um modus vivendi.

As inconstitucionalidades

Mas a questão era justamente a inconstitucionalidade, então vejamos:

A Constituição Federal de 1988 é para a nossa sociedade o documento público de maior relevância e repercussão jurídico-político-social e está no mais alto grau hierárquico entre as leis. É tão importante que os principais e fundamentais valores e preceitos da nossa sociedade estão lá, de modo determinante, estabelecidos; seja como princípio jurídico-constitucional, seja na forma de norma jurídico-constitucional.

Como bem sabemos, o artigo 5º, provavelmente o maior artigo constitucional do mundo, reza que:

“Constituição Federal. Título II. Dos Direitos e Garantias Fundamentais.

Artigo 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (...).”

Um princípio jurídico — como todo o “Direito” em si — nasce na sociedade e é fundado pela sociedade, para a sociedade, seja por via direta, seja através dos representantes que a própria sociedade elege para exercer legitimamente a atividade legislativa.

Um princípio jurídico é um valor social tão formidável e insuperável da sociedade que ela entende que não pode viver sem o mesmo e, assim, a partir de tal comprovação, resolve, para conceder um maior equilíbrio às relações sociais, expressá-lo no sistema jurídico, primordialmente, na Constituição.

Assim, o “Direito” quando é institucionalizado deve refletir o padrão moral da maioria da sociedade. Deve sempre respeitar o direito de expressão dos que contra esta maioria se opõe, porque seria intolerável, num Estado que se diz Democrático de Direito, a suplantação dos princípios da liberdade de expressão, de pensamento e de crença, todos garantidos pela nossa Constituição de 1988, especialmente onde mais do que isso, os direitos sejam, realmente, democratizados.

O dito projeto de Lei já em seu nascedouro é, materialmente inconstitucional, ilegítimo, imoral e totalitário.

É atacado devido a implantação do totalitarismo e do terrorismo ideológico de Estado, com manifesta violação dos direitos à igualdade, à livre manifestação do pensamento, à inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, à não-discriminação por motivos de crença religiosa, convicção filosófica e política, e ao devido processo legal material ou substantivo (art. 5.º, caput, IV, VI, VIII, LIV, da Constituição).

Usualmente, isso denota a imposição, inflamadamente inconstitucional, de condutas típicas de estados totalitários, tais como: a implantação da censura, da não liberdade de pensamento, da não liberdade de crença, da impossibilidade da livre manifestação intelectual e artística, a imputação de crimes de opinião e, principalmente, o uso — ilegítimo, ressalte-se — do aparato estatal-policial para intimidar e fazer valer a vontade de um grupo específico de pessoas.

Trata-se de projeto inconstitucional porque a Constituição Federal estabelece, no artigo 5º, como direito e garantia fundamental, que, primeiramente, “homens” e “mulheres” são iguais em direitos e obrigações, de modo que a Constituição não reconhece um terceiro gênero: o homossexual. E, se assim o é, como um projeto de lei ordinária pode tentar estabelecer super-direitos e a impossibilidade absoluta de crítica a um grupo de pessoas que, enquanto homossexuais, nem reconhecidos são pela Constituição?

Do gênero na Constituição Federal

Para a Magna Carta, queira o movimento homossexual ou não, estes são homens ou mulheres. Esse foi e, continua sendo, o espírito do legislador constitucional e do poder constituinte originário que o fundamenta. Apesar de a Constituição dever ser interpretada como um texto aberto, há fronteiras interpretativas que são estabelecidas de modo fundacional e, portanto, não podem ser ultrapassadas sem a alteração do texto.

A Constituição simplesmente não possibilita a probabilidade de um terceiro gênero com direitos e deveres. O que se discute é isso e não outras questões e marginais que possam vir a aparecer.

A Constituição Federal garante, no caput do artigo 5º, que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, (..) garantindo-se o direito à vida, à liberdade, à igualdade (..)".

Ademais, de modo claro e definitivo, a Constituição Federal estabelece no artigo 5º, como direito e garantia fundamental, que "é livre a manifestação do pensamento" (IV), "é inviolável a liberdade de consciência e crença"(VI), "ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política" (VIII), "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (IX). Pela simples leitura desses dispositivos Constitucionais já se denota a irremediável inconstitucionalidade do comentado projeto de lei 122/2006.

Os Conceitos de Identidade de Gênero e Orientação Sexual

Ao nos atentarmos para o nosso dia-a-dia, concluímos que ninguém ao nosso redor consegue conceituar claramente e inquestionavelmente o que seja identidade de gênero e Orientação sexual.

Ao contrário de conceitos como o de cor, raça, etnia e sexo, os termos orientação sexual e identidade de gênero sofrem de uma fragilidade conceitual arraigada, pois estão sendo impostos sem muita (ou nenhuma) discussão nesta lei. Falta, obviamente, fundamento ao conceito. Não há definição clara, para melhor compreensão do texto legal.

Nas questões de "identidade de gênero", a exegese do termo quando inserido no projeto é muito ampla e precisa ser interpretada com profundidade histórica e cultural.

Os conceitos podem definir toda a sistemática legal que o legislador pretende. Quando um texto legal não tem fundamentação interpretativa de conceitos, este texto pode sofrer inúmeras desqualificações semânticas que serão abordadas de diversos modos dentro da doutrina jurídica e da jurisprudência, causando um verdadeiro caos.

O Princípio da dignidade humana

Mais que tudo isso, afirma nossa Carta Magna, no seu artigo 1º, inciso III, que constitui fundamento da República Federativa do Brasil, o princípio da dignidade da pessoa humana.

Ora, tudo isso significa, por exemplo, que se a minha predileção (que não é o mesmo que aptidão natural! Porque as predileções são determinadas culturalmente) é ser fumante ou não, homossexual ou heterossexual, acreditar em Deus ou não, ser católico, protestante, espírita, capitalista ou comunista enfim, o que quer que seja — desde que não contrário ao sistema jurídico — tudo isso está num nível de aceitação, liberdade e anseio de cada um.

Agora, a Constituição não aceita a criminalização e conseqüente condenação de pessoas pelo simples fato de elas se oporem ideológica, ética, religiosa ou culturalmente contra certas idéias ou tendências.

Costumeiramente se diz que direito é bom senso. E isso é diametralmente verdadeiro. Esse é um modo simples de dizer que o direito é razão, isto é, deve ser racional, lógico, coerente.

Uma norma jurídica ilógica, desarrazoada, contrária à natureza das coisas, não deveria obrigar ninguém, não deveria estar no mundo jurídico e nem mesmo no mundo dos fatos. Onde não há lógica, não há direito.

Tudo isso alicerçado num discurso oficial de que se trata de impedir a discriminação, o preconceito e a violência contra os homossexuais. Mas esse é o discurso manifesto, porque sabemos que se trata da imposição do modus vivendi, pensar e agir de uma minoria que não se contenta em apenas ser respeitada.

Por Emanuel de Oliveira Costa Júnior, advogado.
Revista Consultor Jurídico, 22 de dezembro de 2007

Fonte:Consultor Jurídico

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A atriz Kelly Candia Nascimento foi a primeira a chegar ao velório do marido, Norton Nascimento, 45 anos, no Cemitério Memorial Parque Paulistano, em Embu das Artes, São Paulo. Ela contou que o ator sonhava ser bispo da igreja Renascer. "A grande paixão dele era ajudar as pessoas. Morreu sem realizar o sonho de ser bispo", disse.
Tranqüila, Kelly lamentou não poder doar os órgãos do marido. "Minha única tristeza é que não deu para doar nenhum órgão", disse.

Ela contou que Norton foi internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, no último dia 29 para fazer exame de rotina. Nele, foi verificado um quadro de virose. "Uma virose em alguém transplantado sempre é mais difícil. Mas ele tinha uma vontade de viver espetacular."

Em dezembro de 2003, Norton chegou a fazer um transplante de coração para curar um aneurisma (dilatação anormal da aorta), ficando seis meses em recuperação. "Tinha uma válvula de escape, uma saída para qualquer problema. A imagem que fica é de um vencedor. Ele era um homem extremamente generoso, alegre e teimoso num bom sentido."

Norton deixa três filhos do primeiro casamento com Rosana: Luana, 22, Lucas, 21, e Yasmin, 14. Ele estava casado com Kelly há cinco anos.
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A Igreja Renascer em Cristo emitiu comunicado nesta sexta-feira em que lamenta a morte do ator Norton Nascimento, "um de seus adeptos e aspirante a diácono".

O bispo Gê, bispo primaz da Renascer, afirmou que "Norton Nascimento era um exemplo de fidelidade e compromisso com Deus e sua obra".

O ator comandava o projeto cultural da Renascer, Ministério do Teatro, ao lado da mulher, Kelly. "Norton era muito preocupado com todos, em passar seu testemunho. A última peça que encenou - Adão e Eva - já era para mostrar um exemplo sobre a felicidade do casamento, mostrar para todos como ele e sua esposa lidaram com seus problemas, com o alcoolismo, com a saúde, e como foi todo esse processo de recuperação", conta o bispo.

Norton Nascimento tornou-se evangélico após o transplante de coração ao qual foi submetido em dezembro de 2003. Ele morreu na manhã desta sexta-feira, em São Paulo, aos 45 anos.

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Reuters/Brasil Online

SÃO PAULO (Reuters) - O bispo dom Luiz Flávio Cappio encerrou na noite de quinta-feira a greve de fome que já durava 23 dias, mas prometeu continuar a luta contra a transposição do rio São Francisco.

O bispo de Barra (BA) chegou a ser internado na véspera em um hospital de Petrolina (PE) após passar mal.

Na tarde de quinta, porém, ele recebeu autorização médica para deixar o hospital e foi até Sobradinho, na Bahia, para participar de uma missa, onde foi anunciado o fim do jejum.

Um comunicado escrito por Dom Cappio foi lido na missa por seu assessor, Adriano Martins, por volta das 20h50 do horário de Brasília (19h50 locais).

"Ele escreveu que ouviu o apelo dos familiares e amigos do movimento, considerou os pedidos desses companheiros de luta que querem vê-lo vivo e lutando, e por eles decidiu interromper o jejum, mas não a luta", disse Martins à Reuters por telefone.

Segundo Martins, o bispo ainda não está em condições de alta e voltará ao hospital em Petrolina após a missa. "Ele ainda está em jejum e só voltará a comer no hospital, sob orientação médica", disse.

"Estamos muito aliviados, indignados com o governo mas muito aliviados", acrescentou Martins.

Segundo ele, cerca de 2.000 pessoas estavam na missa realizada ao ar livre, em frente à igreja, e muitas pessoas vibraram com o fim do jejum.

DESEJO DE DOM PEDRO

Questionado sobre o caso nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os protestos do bispo e de seus apoiadores não vão alterar o projeto de transposição das águas do rio.

"Não tem como o governo ceder. A obra vai continuar e espero que o povo brasileiro compreenda que o que fizemos foi levar água para milhões de brasileiros que desde 1846 dom Pedro (2o) queria levar", disse Lula a jornalistas.

Alegando que sua administração está fazendo a maior política de revitalização do rio São Francisco de toda a história, Lula afirmou que o projeto vai levar água a cerca de 12 milhões de pessoas, que são vítimas da indústria da seca, em que caminhões-pipa são usados de maneira política.

Para os opositores do projeto, a transposição das águas irá beneficiar Estados sem déficit hídrico e passará longe da maioria da população rural. Eles também alegam que o governo está conduzindo o projeto de forma autoritária e favorecendo empreiteiras com verbas públicas.

O Ministério da Integração Nacional publicou no Diário Oficial da União desta quinta o resultado da concorrência para execução das obras do Lote 1 do projeto de integração do São Francisco com bacias do nordeste setentrional.

Segundo o site do ministério, o vencedor foi o consórcio Águas do São Francisco, formado pelas empresas Carioca, S.A. Paulista e Serveng. O valor global do lote é de 238,8 milhões de reais.

O início da execução das obras só será estipulado após assinatura do contrato entre o ministério e o consórcio.

Dom Cappio, que estava em greve de fome desde o dia 27 de novembro, foi internado na UTI do hospital na quarta-feira, mas após uma noite tomando soro foi transferido para um quarto nesta manhã.

Segundo sua irmã, Rita Cappio, ele havia ficado muito abalado com as medidas do Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira, que asseguraram a continuidade das obras.

Em 2005, o bispo fez jejum de onze dias pelo mesmo motivo.

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Ao menos 30 pessoas morreram em um ataque suicida nesta sexta-feira em uma mesquita no noroeste do Paquistão, segundo a polícia local. A mesquita onde ocorreu o ataque fica próxima à casa do ex-ministro do Interior Aftab Khan Sherpao, na cidade de Peshawar.

No momento da explosão, cerca de mil pessoas estavam na mesquita, celebrando o feriado muçulmano de Eid.

Dezenas de pessoas ficaram feridas e foram atendidas em um hospital próximo.

Onda de ataques Sherpao não foi atingido pelo ataque, mas um de seus filhos ficou ferido.

Este foi o segundo ataque em oito meses supostamente visando Sherpao, que é um aliado próximo do presidente Pervez Musharraf.

O ex-ministro concorre a uma cadeira no Parlamento nas eleições gerais do mês que vem.

A correspondente da BBC em Islamabad Barbara Plett diz que tem havido uma onda de ataques suicidas no país nos últimos seis meses, em sua maioria no noroeste do país e visando membros do governo ou do Exército.

Mais de 600 pessoas já foram mortas nesses ataques, incluindo 200 soldados.

Grupos de militantes pró-Talebã são acusados pelos atentados, que teriam o objetivo de retaliar contra operações militares contra eles em áreas perto da fronteira com o Afeganistão.

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Um padre americano que foi surpreendido correndo nu de madrugada em Denver, no Estado do Colorado, alegou nesta quinta-feira que é inocente das acusações de exposição indecente e pediu para ser julgado por um júri.

Robert Whipkey foi detido em 22 de junho em um subúrbio de Denver depois de ter sido surpreendido por um policial correndo na rua nu às 4h35. No momento da detenção, Whipkey disse às autoridades que gosta de correr sem roupas porque, quando está vestido, sua exageradamente.

O padre não fez declarações em uma audiência na terça-feira, de acordo com informações do Daily Times-Call. Nem ele nem seus advogados fizeram comentários. O julgamento de Whipkey está marcado para o dia 25 de março de 2008.

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EGITO - Existem cerca de sete milhões de cristãos egípcios que chegam a 10% da população. A maioria pertence à igreja copta ortodoxa. Muitos reclamam há muito tempo que a lei egípcia promove a discriminação contra os cristãos em questões de status pessoais e em reparos e construções de igrejas. Alguns ainda dizem enfrentar discriminação em seus trabalhos ou em suas profissões.

Um repórter do governo norte-americano disse em setembro que viu um declínio acentuado da liberdade religiosa no Egito e que mesmo que a Constituição egípcia proponha a liberdade de crença, o governo na prática restringiu esses direitos.

“Nós temos menos liberdade do que antes”, disse o pastor Sameh Maurice Tawfik, de 54 anos. “Se você quer saber o porquê, você tem de perguntar à polícia”.

Festival Evangélico

Como membros de uma minoria religiosa no mundo árabe muçulmano, vários grupos árabes cristãos estão se voltando para os estilos evangélicos de adoração, geralmente trazidos da América, para energizar as comunidades que eles dizem ser ameaçadas pela emigração.

Em um fim de semana de novembro, mais de 10 mil cristãos árabes, a maioria do Egito, ocuparam centenas de ônibus e foram para um acampamento no deserto, fora do Cairo, para três dias de adoração.

Sob o sol quente, os participantes ajudaram uns aos outros a escalarem as subidas, desempenharam uma dança de rap cristã, compartilharam testemunhos religiosos e assistiram a um show de bicicletas BMX.

“Nós viemos até aqui e demos esperança ao que se pode chamar de um mundo de trevas para os cristãos”, disse Catherine Swaffar, 24 anos, do Texas, que ajudou adolescentes cristãos egípcios a subirem uma parede de rocha de 10 metros de altura localizada no deserto de areia.

Voluntários

Ela era uma dentre o time de voluntários que vieram de todo o mundo, muitos da Associação Evangélica Luis Palau de Portland, Oregon, que viajaram ao Cairo para ajudar no mesmo evento promovido nos Estados Unidos.

“Nós nunca vimos nada semelhante a isso aqui no Egito”, disse Karim Tadros, 22 anos, depois de assistir a um time visitante de skatistas americanos com suas histórias de conversões.

“Eu gosto do ambiente daqui e de como as pessoas se tratam. Isso tudo fala sobre o que Deus é”, disse Karim.

Os voluntários andavam pelas multidões, oferecendo falar sobre sua fé, enquanto músicas de Van Halen e do Chemical Brothers tocavam pelos alto falantes.

Estratégia para avivar a Igreja egípcia

Organizadores disseram que esse foi um meio para alcançar os egípcios que possam estar decepcionados ou desiludidos com os estilos de adoração mais tradicionais da igreja copta que é dominante no país.

“Nós queremos alcançar pessoas que nunca foram a uma igreja, e que se você as convidasse para ir a uma igreja elas não se interessariam”, disse o organizador Ramez Sami Barnaba.

“Aqui elas irão participar de atividades, se divertirão e ouvirão a palavra de Deus ao mesmo tempo”.

A emigração dos cristãos está desafiando as igrejas a aplicarem novas maneiras para atrair os membros. LZ7, uma banda cristã de rap de Manchester, na Grã-Bretanha, que trabalha com a Associação Palau, teve uma multidão de centenas balançando suas mãos e dançando músicas como “A cruz que eu carrego”.

“O Espírito Santo está realmente se movendo ali”, disse Nabil Shalaby, 24 anos, depois de sair da tenda da apresentação.

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A Igreja Luterana da Noruega alterou as normas gerais dos sínodos de 1995 e 1997 que permitiam a pessoas do mesmo sexo vivendo uma relação desempenharem postos na igreja, mas não no ministério ordenado.


A decisão do Sínodo, reunido na cidade sulina de Oyer, em novembro, dá ao corpo eclesiástico a responsabilidade de aceitar ou não o homossexual, desde que não haja violação às leis da Noruega ou à regulamentação sinodal.

O Sínodo enfatizou a necessidade de continuar o diálogo sobre este tema dentro da Igreja da Noruega e também ecumenicamente, mantendo a declaração tanto da Comissão Doutrinal como da Conferência de Bispos, segundo informações da agência de notícias da denominação.

A decisão leva em consideração a recomendação formulada pelo Conselho da Federação Luterana Mundial (FLM) em sua reunião de março de 2007, realizada em Lund, Suécia, e que convida a uma respeitosa comunicação entre as igrejas sobre o tema.

A FLM convida as igrejas membros a ler as Escrituras à luz de sua mensagem central da salvação em Jesus Cristo e da justificativa somente pela fé, bem como a encarar este tema e as possíveis desavenças sobre estas questões nessa perspectiva.

Fonte: ALC

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MOSCOU - Uma seita ortodoxa de uma aldeia do Volga considera o presidente russo, Vladimir Putin, a reencarnação de São Paulo e o venera como tal.

A seita "Rússia em ressurreição" nasceu há cinco anos em Bolchaya Elnia, um povoado de 600 habitantes próximo a Nizhny Novgorod, explicou à AFP a representante dos aldeões, Maria Dobrovolskaya.

"Putin está representado como um santo na pequena igreja local e seu retrato decora as paredes das casas onde vivem os adeptos", explicou Dobrovolskaya, explicando que o presidente é idolatrado por suas qualidades: honestidade, amor à pátria e coragem".

A diocese de Nizhny Nóvgorod condenou energicamente a iniciativa: "a seita usa o nome do presidente, que apresenta como a reencarnação de São Paulo, para recrutar novos adeptos e ganhar mais dinheiro", denunciou o porta-voz da diocese, Igor Ptchelintsev.

O desaparecimento da URSS provocou uma perda dos referenciais ideológicos e uma crise econômica que favoreceu o surgimento de seitas em todo o país.

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O que na Alemanha é visto como um percentual "surpreendentemente elevado" é pouco na comparação internacional. Somente os britânicos, franceses e russos são menos religiosos do que os alemães.

Setenta por cento dos alemães podem ser classificados como "religiosos", 20% até se consideram "profundamente religiosos". É o que aponta o chamado "monitor da religião", uma pesquisa representativa internacional realizada pela Fundação Bertelsmann, uma das mais renomadas da Alemanha.

A pesquisa constata um grande desnível entre o Leste e o Oeste do país: enquanto nos chamados antigos estados alemães 78% dizem ser religiosos, nos novos estados (território da ex-Alemanha comunista) esse índice não chega à metade. No total, quase um terço dos alemães se classificam como não religiosos.

O islã reúne a terceira maior comunidade religiosa, sendo professado por cerca de 4% dos alemães. O judaísmo e o budismo contabilizam, cada qual, a adesão de menos de 0,5% da população alemã. Não foi possível medir o percentual de hindus no país.

Alemanha entre os países menos religiosos

A enquete na Alemanha fez parte de uma pesquisa na qual foram entrevistadas, em meados deste ano, cerca de mil pessoas em cada um dos seguintes países: Alemanha, Áustria, Brasil, Coréia do Sul, EUA, França, Guatemala, Itália, Índia, Indonésia, Israel, Marrocos, Nigéria, Polônia, Reino Unido, Rússia, Suíça, Tailândia e Turquia.

Na comparação internacional, a Alemanha aparece entre os países de mais baixo índice de religiosidade. Líderes do ranking são a Nigéria, o Brasil e a Índia, onde 99% da população se considera religiosa.

Os resultados alemães confirmam uma tendência verificada na Europa Ocidental e coincidem em grande parte com os da Suíça e da Áustria. Mas há também exceções, como a Itália, onde 89% dizem ser religiosos. O mesmo índice foi registrado nos EUA, que superam em muito a média européia.

Difícil coleta de dados

A Fundação Bertelsmann usou principalmente dados coletados pelo instituto de pesquisa de opinião pública Emnid. Segundo o coordenador do estudo, Martin Rieger, em alguns países foi impossível realizar a pesquisa por motivos políticos. O Egito proibiu a realização da enquete. Na China, seriam necessárias inúmeras autorizações que impediriam a conclusão do estudo no prazo previsto.

No estudo, religiosidade não significa pertencer a determinada instituição religiosa. O "monitor da religião" orienta-se por um "conceito substancial de religião", uma espécie de ocupação emocional com questões transcendentais.

A pesquisa não pôde confirmar um aumento ou uma diminuição da religiosidade na Alemanha, visto que faltam resultados de anos anteriores. Uma das principais conclusões, segundo Rieger, é: "Definitivamente não podemos confirmar a morte da religião em longo prazo na Alemanha, como sempre se afirma".

Também não foi possível apurar se há um renascimento da fé entre os jovens, como tem sido sugerido por ocasião de grandes eventos religiosos, como a morte do papa João Paulo 2º ou a Jornada Mundial da Juventude em Colônia.

Rieger, no entanto, se diz convencido de que "há uma grande estabilidade da consciência religiosa em amplas camadas da população", embora esta seja "bastante multifacetada".

Resultados agradam às Igrejas

A Igreja Católica na Alemanha saudou os resultados. "Alegramo-nos pelo fato de que no fundo da sociedade ainda exista uma religiosidade mais profunda do que sempre se supôs", disse o diretor do escritório católico junto ao governo alemão, prelado Karl Jüsten, à emissora de televisão ZDF.

O diretor da Central Evangélica de Questões Filosóficas, Reinhard Hempelmann, vê no estudo uma nova atenção para a religião na Alemanha. "As Igrejas fizeram muitos esforços nos últimos anos para poder novamente dialogar com pessoas não vinculadas a elas. A busca de sentido e orientação para a vida não desapareceu também da sociedade secularizada", disse à rádio SWR.


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Um grupo de ortodoxos indignados protestou ante as autoridades religiosas da cidade russa de Nijni Novogorod contra um anúncio da Coca-Cola que consideram uma "blasfêmia".

"A companhia encheu toda Nijni Novogorod com máquinas de bebidas que têm logotipos que representam a cruz ortodoxa e cúpulas, símbolos queridos para todos os fiéis. Todos estes logotipos levam uma garrafa de Coca-Cola com cruzes colocadas ao contrário", se queixaram os denunciantes.

"Nos sentimos profundamente ultrajados por este ato de blasfêmia. É um insulto aos tesouros ortodoxos e nacionais do povo russo por uma companhia americana", afirma a queixa, que tem 440 assinaturas.

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Com 8,5 quilos a menos depois de 21 dias de jejum completados hoje, o bispo de Barra (BA), d. Luiz Flávio Cappio, apresenta debilidade física, não dá declarações nem atende o telefone, mas se mantém lúcido e trabalha nos bastidores em busca de uma saída que assegure que não haverá transposição das águas do Rio São Francisco. No fim da tarde de hoje, o coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Rubem Siqueira divulgou a proposta de d. Cappio, com o objetivo de sustentar uma negociação com o governo federal por meio do chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

A proposição não fala em arquivamento definitivo da suspensão das obras da transposição iniciadas, mas, em contrapartida, acrescenta sete itens que, se aceitos, excluem a possibilidade de "uma grande obra hídrica que concentre recursos, poder e uso intensivo das águas do São Francisco", avaliou Siqueira. A idéia admite, entre outras questões, que se leve água para consumo urbano a Pernambuco e à Paraíba, que detêm grandes déficits hídricos, e o apoio ao Poder Executivo federal na introdução, ampliação e difusão de tecnologias de captação, armazenamento e manejo de água para a população rural e agropecuária.

"Estou muito firme no espírito e em paz", afirmou o bispo de Barra, enquanto cumprimentava um a um os romeiros que fizeram fila para receber a bênção, no lado externo da Igreja de São Francisco, em Sobradinho (BA), onde ele, que tem 61anos, iniciou a greve de fome na manhã do dia 27, pesando 72,5 quilos. Hoje, estava com 64 quilos.

Mesmo com sinais vitais, funções fisiológicas e estado mental normais, os exames laboratoriais apontaram o valor de creatinina alterado, de acordo com o boletim médico divulgado pelo médico clínico-geral que o acompanha, Klaus Finkam. A creatinina é um dos parâmetros da função renal. A alteração exige observação, segundo Finkam, mas, por enquanto, não é preocupante. "Não significa ainda um problema renal", afirmou. "Vai depender do desenvolvimento daqui para a frente."

Compromisso

Em mais um termo de compromisso de responsabilidade assinado hoje com o médico, d. Cappio renovou a disposição de continuar o jejum, assumindo todas as conseqüências do ato. Ele está disposto a morrer, se necessário. Ninguém que o acompanha duvida disso. No entanto, a avaliação que se faz entre os parentes e movimentos sociais que se agregaram em torno da liderança de d. Cappio e viram as reivindicações dele fortalecidas é que ele tem prestado uma grande contribuição aos "pobres e oprimidos". "Existe o antes e o depois de Luiz Flávio", afirmou o irmão dele João Franco Cappio.

Por d. Cappio não estar desidratado, Finkam suspendeu o soro fisiológico que lhe era administrado. Ontem, d. Cappio voltou a ingerir apenas água. Os romeiros, desta vez de Petrolina - no lado pernambucano do Rio São Francisco, a 50 quilômetros de Sobradinho -, que chegaram cedo em caravana formada por cinco ônibus, vans e carros de passeio, lotaram a nave da igreja para cantar e rezar, sob a coordenação do bispo da cidade, d. Paulo Cardoso. Eram cerca de 400 fiéis. O bispo de Barra não participou.

D. Cappio descansou na sacristia. O bispo voltou a aparecer no fim da tarde, quando outros fiéis começaram a chegar para a missa da noite quando, ao final, ele abençoa a todos. Solidários com a luta, muitos fazem abstinência parcial de alimentação em apoio a d. Cappio. Carlinda Maria de Jesus, de 71 anos, viúva, faz uma refeição, à noite, desde sábado. Maria Auxiliadora dos Santos, de 53, prefere comer - "bem pouquinho" - na hora do almoço. "Se essa transposição for feita, o rio vai morrer e todo mundo que depende dele", afirmou Carlinda.

"A gente ora para que o presidente Lula escute o bispo, queremos ele (d. Cappio) vivo e o rio revitalizado", resumiu Maia Neuma Alencar Siqueira, que não faz jejum, mas está, integralmente, solidária com a causa do bispo. "Nosso desejo é que o governo ceda, não deixe o bispo morrer e nem o que ele representa", complementou a freira salesiana Maria Araújo da Silva. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido alvo de críticas e decepção dos contrários à transposição. "O governo tem sido intransigente, não o meu irmão", diz Franco Cappio, de 71 anos, que, com as irmãs Rita e Rosa Maria, acompanha e aprova a luta de d. Cappio.

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