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ISRAEL E PALESTINA - Uma "polícia moral" passou a deter quem come ou bebe em público durante o mês do Ramadã, na Cisjordânia. É a primeira ação do gênero numa região onde o costume islâmico é tradicionalmente observado, mas que nunca havia sido imposto de tal forma.
"Se alguém violar este costume publicamente na rua, nós pegaremos seus papéis de identidade e vamos detê-lo para investigação", disse o tenente Murad Qendah, que liderava ontem um grupo de seis homens pelas ruas da Cisjordânia.
Enquanto observava a chegada de fiéis a uma das maiores mesquitas da cidade, Qendah recebeu um aviso de rádio dizendo que um suspeito tomava uma bebida tradicional na rua. O tenente ordenou que os documentos do homem fossem apreendidos. A polícia informou que os violadores do jejum ficam detidos normalmente por um período de 24 horas.
O grupo de doze homens com uma braçadeira especial vermelha pode ser uma tentativa do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, de mostrar que o seu rival, o movimento radical islâmico Hamas, não possui os "direitos religiosos" dos palestinos.
Em Ramallah, a ação da "polícia do Ramadã" é algo um pouco inusitado, já que a cidade é a mais cosmopolita das palestinas.
O Hamas tomou à força o controle da faixa de Gaza, outro território palestino, em junho deste ano. Na região, nenhuma patrulha do Ramadã foi oficialmente imposta.
"É uma tentativa de estar na onda religiosa que atinge o Oriente Médio", disse o analista político Nasser Laham.
Vigilância
Além daqueles que quebram o jejum, a patrulha também fica alerta em relação a fumantes e jovens que paqueram ou dirigem seus carros com o volume do som alto.
Adnan al Damari, porta-voz da polícia, disse ao menos 50 infratores da moral pública foram presos em Ramallah desde o início do Ramadã.
O ministro de Assuntos Prisionais, Juventude e Esportes da ANP, Ashraf al Ajrami, disse que se sente desconfortável com a operação e com a impressão de que o governo tenta ser mais zeloso que o Hamas.
ISRAEL E PALESTINA - Uma "polícia moral" passou a deter quem come ou bebe em público durante o mês do Ramadã, na Cisjordânia. É a primeira ação do gênero numa região onde o costume islâmico é tradicionalmente observado, mas que nunca havia sido imposto de tal forma.
"Se alguém violar este costume publicamente na rua, nós pegaremos seus papéis de identidade e vamos detê-lo para investigação", disse o tenente Murad Qendah, que liderava ontem um grupo de seis homens pelas ruas da Cisjordânia.
Enquanto observava a chegada de fiéis a uma das maiores mesquitas da cidade, Qendah recebeu um aviso de rádio dizendo que um suspeito tomava uma bebida tradicional na rua. O tenente ordenou que os documentos do homem fossem apreendidos. A polícia informou que os violadores do jejum ficam detidos normalmente por um período de 24 horas.
O grupo de doze homens com uma braçadeira especial vermelha pode ser uma tentativa do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, de mostrar que o seu rival, o movimento radical islâmico Hamas, não possui os "direitos religiosos" dos palestinos.
Em Ramallah, a ação da "polícia do Ramadã" é algo um pouco inusitado, já que a cidade é a mais cosmopolita das palestinas.
O Hamas tomou à força o controle da faixa de Gaza, outro território palestino, em junho deste ano. Na região, nenhuma patrulha do Ramadã foi oficialmente imposta.
"É uma tentativa de estar na onda religiosa que atinge o Oriente Médio", disse o analista político Nasser Laham.
Vigilância
Além daqueles que quebram o jejum, a patrulha também fica alerta em relação a fumantes e jovens que paqueram ou dirigem seus carros com o volume do som alto.
Adnan al Damari, porta-voz da polícia, disse ao menos 50 infratores da moral pública foram presos em Ramallah desde o início do Ramadã.
O ministro de Assuntos Prisionais, Juventude e Esportes da ANP, Ashraf al Ajrami, disse que se sente desconfortável com a operação e com a impressão de que o governo tenta ser mais zeloso que o Hamas.
"Nós estudamos este assunto e há uma possibilidade de acabar com isso [com a polícia do Ramadã]", disse Ajrami.
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