Na última quarta (2), chegou ao fim na Record a minissérie "Sansão e Dalila", que contou a clássica história da bíblia. Tendo como protagonistas Mel Lisboa e Fernando Pavão, a trama registrou bons índices de audiência ao longo de toda sua exibição, entre 4 de janeiro e 2 de fevereiro. No último capítulo, por exemplo, "Sansão e Dalila" registrou 13 pontos de média e alcançou a liderança isolada durante 13 minutos.

Em entrevista exclusiva concedida ao NaTelinha, Mel Lisboa falou sobre a minissérie, como foi a preparação para viver Dalila, como foi o ritmo de gravações, a repercussão alcançada, e muito mais. A atriz também relembrou "Presença de Anita" e falou sobre a época em que era contratada do SBT e não fez nenhum trabalho na emissora. Confira:
 

NaTelinha: "Sansão e Dalila" chegou ao fim na última semana como grande sucesso na Record. Como vê esse reconhecimento do público? Esperava a audiência que a minissérie teve?

Mel Lisboa:
 Primeiramente muito satisfeita porque trabalhamos bastante para que o resultado fosse o melhor possível. Conseguimos atingir o nosso objetivo agradando ao público.

Esperar esse resultado de audiência na verdade não, mas eu torcia bastante.. (risos)


NT: Que tipo de inspiração você buscou para viver a Dalila, uma personagem bíblica e de composição complexa? Como encarou o desafio?

ML: 
Foi muito difícil por toda a responsabilidade e também porque já fomos por um caminho não muito óbvio para a Dalila. Foi criada uma mulher mais inteligente que sensual na verdade. Uma mulher de muita personalidade que articulava para conseguir o que desejava. Foi uma opção difícil porque não é essa a personalidade da Dalila que está no imaginário das pessoas, mas foi o ponto que encontramos.


NT: Entre as cenas de "Sansão e Dalila", qual acredita ter sido a mais impactante ou a mais difícil de gravar?

ML: 
Uma das cenas mais difíceis para mim foi aquela em que a Hannah (Valéria Alencar) joga a Dalila entre os soldados para que sirva a todos eles. A cena foi difícil porque tinha uma tensão muito grande, além do estresse psicológico do momento. A sequência do corte dos cabelos de Sansão (Fernando Pavão) também foi muito difícil porque eu já estava envolvida com o meu personagem. Me emocionei de verdade fazendo essa cena.


NT: "Sansão e Dalila" foi gravada em vários estados e locações, além das tomadas feitas em estúdio. Como foi o ritmo de trabalho no decorrer dos últimos meses e qual é a sensação de ver esse resultado na telinha?

ML:
 Puxadíssimo para todos nós, principalmente pra mim e pro Pavão (Fernando Pavão) porque tínhamos um grande número de cenas a serem gravadas em diversos cenários. O Pavão na verdade, tinha ainda mais cenas que eu, e além disso ele fazia diversas que incluíam efeitos especiais, etc.

É muito emocionante ver o resultado final, e ao mesmo tempo ficamos curiosos. O envolvimento de quem participa de todo o processo é diferente de quem apenas assiste. Nos emocionamos de uma forma diferente porque fazemos tudo com muito carinho e ver tudo pronto é sensacional.


NT: Dez anos separam "Sansão e Dalila" de "Presença de Anita", de sua estreia ao seu último trabalho na TV. Ainda é lembrada pela personagem na trama de Manoel Carlos? Já houve reconhecimento a Dalila?

ML: 
Isso marcou muito as pessoas. Eu era desconhecida e fiz um personagem muito forte, que mexeu com muitos tabus e as pessoas ficaram muito ligadas a historia porque a minissérie tinha uma boa audiência. Fui associada ao personagem que fui apresentada, mas hoje já é bem diferente.

Ah claro, já fui chamada de Dalila na rua sim. Me fazem perguntas sobre a história, sobre a minissérie.. Além disso, pessoas me param e elogiam meu trabalho, não só como a Dalila, também na peça (Mulheres Alteradas, em cartaz em São Paulo).


NT: Em 2004, você chegou a assinar contrato com o SBT para viver a protagonista de "A Outra", produção que nunca foi ao ar. Que balanço fez desse período longe da Globo e de uma trama que chegou a ter seu início produzido mas que não foi ao ar?

ML:
 Na verdade meu trabalho na emissora não teve continuidade. Eu fui contratada por alguns meses mas nunca trabalhei. Meu contrato acabou, mas nesse meio tempo fiz teatro, fiz cinema e não fiquei parada. Era um contrato por obra, e não foi pra frente. Eu tinha opção de renovar ou não e decidi não ficar.


NT: Em 2009, quando o elenco de "Ribeirão do Tempo" estava sendo escalado, foi cogitada a sua participação no folhetim, o que não se concretizou devido ao seu contrato com a Globo. Na época houve algum tipo de convite para continuar na emissora em alguma outra novela?

ML: 
Fui convidada para fazer um personagem bem bacana. Quando fui conversar na Globo, tinha bastante vontade de fazer porque o que a Record oferecia para mim era ótimo e meu contrato ainda tinha alguns meses até o termino. Eles me disseram que ainda faltava algum tempo e esperei acabar o contrato. Nesse meio tempo não houve procura de nenhuma das partes. 


NT: Como foi a recepção de seus colegas a sua chegada na Record? Como encara a possibilidade de trabalhar novamente com colegas que havia trabalhado na Globo, como é o caso de Eduardo Lago, Juan Alba, Mayte Piragibe, Alexandre Avancini, entre outros?

ML:
 Foi maravilhosa. Fiquei muito satisfeita e feliz porque fui tratada muito bem, em um clima muito amigável e já entrei em um produto ótimo, muito bem cuidado.

Acho sensacional. Na verdade, trabalho é sagrado e vínculos no trabalho são especiais. Reencontrar as pessoas independente do lugar é muito bom. Criamos convivências fortes durante um período e depois acabamos perdendo o contato, mas a relação estabelecida no trabalho fica. É muito bom e adoro encontrá-los. Na verdade até torço por isso. (risos)


NT: Com os trabalhos de "Sansão e Dalila" encerrados, você já foi escalada para alguma novela ou minissérie futura na Record?

ML:
 Ainda não. As gravações da minissérie acabaram há pouco tempo e vou aproveitar esse momento para descansar.


Fonte: Na Telinha 
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Eginoaldo

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