Petista Jonas Lima,

Evangélico, petista Jonas Lima exibe Blog da Amazônia com foto do "boquete"
Sem mencionar as palavras “boquete”, felação ou sexo oral, por causa do decoro parlamentar, deputados estaduais da base governista e da oposição se aliaram em críticas à performance do cabeleireiro carioca Carlos Duarte, 56 anos, fotografado durante a Parada Gay do Acre, no domingo (20), no centro de Rio Branco, sugando um pênis de borracha usado por outro homem.
O primeiro a ocupar a tribuna da Assembleia Legislativa do Acre nesta terça-feira (22) foi Jamyl Asfury (DEM) para criticar duramente o “ato obsceno” registrado na Parada Gay, que ganhou repercussão nacional após a publicação de fotos nas redes sociais.


- Quando temos órgãos masculinos sendo expostos, pessoas expondo seus seios, isso é crime. Eu não concordo com isso. Essa imagem me estarreceu. Existiram exageros premeditados - afirmou.
Asfury, que é evangélico e agente da Polícia Federal, lamentou que a música gospel “Faz um milagre em Mim”, tenha sido tocada durante o evento.
- Compete ao Estado reprimir aquele tipo de manifestação. Nós temos um símbolo para nós, que é um hino, e ele foi profanado. Um dia, um líder religioso foi condenado à prisao porque chutou a imagem de uma santa. Não basta pedir perdão, tem que ser punido.
Outro evangélico, o deputado Astério Moreira (PRP), apresentador de TV, disse que o cabeleireiro devia ter procurado um motel “para fazer aquilo”.
- Ele não tem o direito fazer o que fez em praça pública. Eu nunca me senti tão discriminado e tão violentado como evangélico como nos últimos dias. O governo não pode continuar usando dinheiro público para patrocinar um evento que agride às famílias - afirmou Moreira, que é da base governista.
Médico infectologista, o deputado Eduardo Farias (PCdoB) contou que costuma participar da Parada Gay do Acre na companhia da mulher e do filho, mas também criticou a performance do cabeleireiro.
- O que vimos não representa aquilo que se pretendia com a Semana da Diversidade. Esse tipo de ato não constrói nada e joga contra. O que aconteceu não representa a ideia de quem defende diversidade, tolerância, sociedade solidária. Crime como aquele nós não podemos tolerar.
Com uma cópia impressa do Blog da Amazônia nas mãos, o petista Jonas Lima ocupou a tribuna para “repudiar aquele ato imoral”. Lima lidera a Frente Parlamentar a Favor da Família e frequenta a igreja Ministério Filadélfia para as Nações.
- Eu, como ser humano, líder de multidões, estou repudiando aquele evento imoral. Aquele evento não é para a família brasileira. É uma agressão à familia brasileira e o povo do Acre não merece mais isso. Quem faz isso é uma pessoa à toa - afirmou Lima, exibindo a foto do blog.
O deputado Ney Amorim (PT), secretário da Assembléia, contou que nos últimos dias tem mantidos todos os dispositivos de acesso à internet distante de seus filhos, para impedir que tenham acesso ao “ato obsceno” da Parada Gay.
- A cena veio para dividir as famílias de nosso estado. Foram cenas muito fortes. Amanheci catando os telefones e computadores de casa para impedir que nossos filhos vissem aquelas cenas.
Amorim disse que o governo do Estado, que patrocina a Parada Gay, não apóia e não apoiará nenhum ato que venha a ofender as famílias.
- Estou me sentindo abalado. Gestos como aquele não podem se repetir no Acre e no Brasil - apelou o petista.
O deputado Gerado Pereira, líder do PT, também evangélico, ponderou que a polêmica é decorrente da atitude irresponsável de duas pessoas que participavam da manifestação e que agrediram a sociedade.
- Temos que respeitar os direitos individuais das pessoas e reconhecer que são fatos isolados. Ninguém é obrigado a ir para o céu. Ir para o céu é opcional. Mas os direitos individuais, que regem a sociedade, nos temos que garantir - asseverou Pereira.

Fonte: Terra
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Eginoaldo

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