Levantamento revela que cerca de 400 líderes batistas do sul dos Estados Unidos se declararam culpados ou foram condenados por crimes sexuais contra mais de 700 vítimas na última década HURST, Texas - A americana Christi Bragg ouvia a pregação sem conseguir acreditar. Era um domingo de fevereiro e o popular pastor evangélico Matt Chandler estava pregando sobre o mal dos líderes religiosos que abusam sexualmente daqueles que são chamados a proteger. Mas, na igreja "Village Church", ele assegurou aos seus fiéis, as vítimas de agressão seriam ouvidas e curadas: "Nós estamos vendo vocês". Ao ouvir essas palavras, Christi quase vomitou. Ela se levantou e deixou o culto.
Exatamente um ano antes daquele dia, em 17 de fevereiro de 2018, Bragg e seu marido, Matt, relataram à igreja Village que sua filha, com cerca de 11 anos, havia sido abusada sexualmente quando tinha 5 anos, no acampamento de verão para crianças promovido pela igreja. Desde então, Matthew Tonne, que era o ministro das crianças da Igreja, havia sido investigado pela polícia, indiciado e preso por acusações de molestar sexualmente a filha de Bragg.
Bragg esperava que, com a conclusão da polícia, os líderes da igreja explicassem o que havia acontecido e informassem as outras famílias na congregação. Ela esperava que a Village assumisse a responsabilidade e pedisse desculpas. Esperava ter uma conversa com Chandler, um líder da comunidade que ela admirava há muito tempo. Mas nada disso aconteceu.
Fonte: O Globo
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