Em 2007, no decorrer de um evento denominado “Fogueira Santa”, uma ex-fiel da Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, “doou” R$ 500,00 e sua aliança do seu casamento, de ouro. Segundo ela, na justiça, o pastor afirmou caso ela não fizesse aquela doação, “estaria servindo ao diabo”.

Essa ex-fiel tentou reaver essas “doações”, alegando ter sido “coagida” e de ter agido por um “ato emocional” e “impulsão”. Em primeira instância, o pedido de devolução foi aceito. No entanto, a Igreja Universal do Reino de Deus recorreu,
argumentando que “a prática da oferta remonta a milênios, está prevista na Bíblia Sagrada e é adotada por várias igrejas”. A juíza Milani Perini, do Colégio recursal dos Juizados Especiais Cíveis Criminais de Guarulhos (SP), acolheu o argumento. Para ela, não cabe ao Estado julgar se a igreja explora ou não os seguidores, nem se a forma de pregar desta ou daquela autoridade religiosa conduz os fiéis a determinada conduta. “Ambas as partes estavam no exercício regular de direitos e garantias constitucionais — a recorrente, de realizar seus cultos religiosos, segundo seus dogmas; e a recorrida, de exercer sua liberdade de crença”, sentenciou a magistrada. (Revista Consultor Jurídico).
Realmente a Meritíssima Milani Perini tem toda razão. Se alguém “doa” algo é de “livre e espontânea vontade”.

Assisti ao nosso “Rei do Baião”, Luis Gonzaga (em 1981), devolver uma bengala a um cego, em Belém – PA, doada “de coração” , que quis homenageá-lo. Ele, muito agradecido e emocionado a devolveu dizendo” :”Sou muito grato a você pelo presente, mas ele será muito mais útil a você”.
A “Globo” tem mostrado cenas “horripilantes” dessa Igreja “arrecadando” doações dos seus fiéis. A última mostrada foi um culto onde o pastor pedia para que fossem doados os “recibos de compra e venda de veículos”, já assinados e em nome da igreja. Sei que essa “implicância” da Globo é com a “TV Record”, que tem tomado telespectadores e atores da concorrente. Eu mesmo prefiro a Record aos domingos.

Convencer pessoas com “a palavra” é algo brilhante e a Justiça devia encarar isso como “meio facilitador de conseguir bens”. Se mata e se toma algo somente com “palavras”. A psicologia deveria ser consultada num momento de decisão como esse, pois todo ser humano é frágil diante de um bom orador. A Fé tem sido motivo de abertura de muitas ”indústrias”, de muitos exploradores de pessoas humildes, de pouca formação cultural. Por esse e outros motivos, prefiro adorar à Deus em casa mesmo. Ele só tem me dado alegrias, sem pedir nada em troca (bens ou dinheiro, logicamente).

Fonte: Blog do José Heraldo

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Eginoaldo

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