Um ato contra a tramitação do projeto de lei, no Senado, que criminaliza a homofobia, reuniu cerca de vinte mil fiéis, segundo a Policia Militar. Ao mesmo tempo, um pequeno grupo de homossexuais protestaram contra o ato, cercado por 50 policiais militares.

A manifestação foi promovida pelo pastor Silas Malafaia e reuniu diversos líderes e igrejas evangélicas em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, e teve como objetivo protestar contra a votação do Projeto de Lei 122, desarquivado no Senado, que criminaliza tudo que possa ser interpretado como discriminação ou preconceito aos homossexuais no Brasil. A pena, caso o projeto seja aprovado, é de 2 a 4 anos de prisão.

O senador Magno Malta (PR-ES), evangélico, se posicionou contra o projeto, que tem Marta Suplicy (PT-SP) como relatora. Ele disse que o Senado não vai criar uma lei "para beneficiar meia dúzia".

O pastor Silas Malafaia disse que a intenção da lei "é colocar uma mordaça na sociedade e criminalizar os que são contra o comportamento homossexual. Com essa lei querem atingir as famílias, as questões religiosas e a liberdade de expressão".

O governo admitiu negociar com os evangélicos no Senado para uma alternativa de suavizar o projeto. A Secretaria dos Direitos Humanos divulgou que "não há posição fechada dentro do governo sobre o projeto".

Para o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que defende a causa gay, "não dá para separar a prática violenta, como lesões e assassinatos, do discurso difamador contra homossexuais", e que o projeto tem que combater também "o discurso do ódio".
Fonte: SRZD
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Eginoaldo

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