A fé da Record em sua nova minissérie, "Rei Davi", move montanhas. De recursos.
Com orçamento de R$ 25 milhões, 42 atores e cinco cidades cenográficas, a produção tem o primeiro de 29 capítulos exibido nesta terça.
Tamanho gigantismo servirá para contar a história de Davi, guerreiro bíblico de feitos como a vitória sobre o grandalhão Golias e a tomada de Jerusalém, em torno de 1.000 a.C.
De 2010 para cá, a emissora produziu outras duas minisséries religiosas: "A Vida de Ester" e "Sansão e Dalila".

O ex-global Leonardo Bricio, 48, viverá o personagem controverso, que combina a altivez de um herói com atos demasiadamente humanos.
Foi ele quem uniu as tribos de Israel em torno de um só reino. Foi também o homem que se apaixonou por Bate-Seba (Renata Dominguez), mulher de um fiel soldado seu, a qual seduziu após flagrá-la tomando banho.

ADULTÉRIO

Para a autora Vivian de Oliveira, "episódios retratados na Bíblia possuem interpretações distintas até entre teólogos e estudiosos do tema".
Há quem veja, por exemplo, abuso de poder do rei obcecado, que envia o marido traído para a morte certeira na linha de frente da guerra.
Não para Vivian. Quando Bate-Seba engravida, Davi chega a convocar o marido para dormir com ela --assim, o bebê seria tido como dele.
O plano não dá certo. Mesmo assim, sustenta a autora, o gesto diz algo sobre um "homem apaixonado por essa mulher proibida".
"Muitos acham que ele agiu de forma cruel, quis se livrar da responsabilidade. A meu ver, Davi agiu mal, sim, mas fez isso também por amor. Se descobrissem que o filho era fruto de adultério, a punição dela seria o apedrejamento."
A romantização da saga bíblica continua na esfera política --como no confronto com o rei e ex-aliado Saul (Gracindo Jr.). "Os conflitos dos tempos de Davi e do nosso século são os mesmos", diz Vivian. "Estão ali o amor, a inveja, a ganância, a luta pelo poder."

Fonte: O Documento
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Eginoaldo

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