A Igreja Sueca se tornou mais aberta para as minorias sexuais em anos recentes, mas ainda há resistências
Ela vive em "parceria registrada" com outra mulher. A "parceria" é um tipo de união civil entre gays suecos usada antes da legalização do casamento homossexual, o que ocorreu neste ano. O casal tem um filho.
"É muito positivo que nossa Igreja dê o exemplo aqui e me escolha para o episcopado com base em minhas qualificações, quando se sabe que pode haver resistência em alguns setores", disse ela, em entrevista.
A porta-voz da episcopisa, Annika Sjoqvist Platzer, disse desconhecer se outras lésbicas assumidas já haviam atingido o episcopado em igrejas de outros países.
No entanto, a Igreja Unida de Cristo, uma denominação baseada nos Estados Unidos, tem diversos gays e lésbicas no posto de "ministro da conferência", uma designação semelhante à de bispo, disse o porta-voz J. Bennett Guess.
Eva, que foi eleita episcopisa de Estocolmo em maio, mas só recebeu a ordenação oficial neste domingo, disse não ter encontrado muita resistência dentro da Igreja por conta de sua orientação sexual.
A Igreja Sueca se tornou mais aberta para as minorias sexuais em anos recentes, embora alguns sacerdotes ainda apresentem resistência. O ex-arcebispo Gunnar Weman protestou contra a ordenação, dizendo que ela é "incompatível com a sagrada escritura da Igreja".
A Igreja da Suécia tem cerca de 7 milhões de membros, mas poucos assistem aos cultos, em um país amplamente secularizado.
Fonte: Estadão
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