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Uma das primeiras marcas de moda evangélica do País, a Joyaly, criada em 1990 em São Paulo, quer dar um salto nos negócios. Atualmente com duas lojas de atacado no Brás, tradicional reduto de confecções paulistano, a empresa vende 50 mil peças por mês, que geram receita anual de R$ 24 milhões. Agora, a grife começa a se preparar para entrar no varejo, com a abertura de uma rede de franquias em shopping centers populares. “Há evangélicos nas periferias dos grandes centros urbanos e é lá que pretendemos marcar presença”, diz Alison Flores, um dos donos da Joyaly. Segundo ele, o projeto demandará uma nova linha de produção voltada exclusivamente para o varejo e a criação de um formato de negócio de lojas próprias.

Para viabilizar a ideia, a Joyaly busca um parceiro. “Queremos encontrar um fundo de investimento que aposte no projeto”, diz Flores. No curto prazo, ele vai expandir em 50% a área da fábrica do Brás, para 4,5 mil m², com o objetivo de ampliar sua linha para gordinhas e entrar no mercado de moda masculinas.

A Joyaly descobriu por acaso o nicho evangélico, formado por 26 milhões de consumidores potenciais, segundo o IBGE. Evangélica, a mãe de Flores, dona Aurea, começou a confeccionar as próprias roupas, que fizeram sucesso entre as fiéis da sua igreja. Daí para criar a Joyaly foi um pulo. A estilista da marca é Joyce, irmã de Flores. “Sua missão é desfazer a imagem das evangélicas, de coque no cabelo e roupas recatadas, e oferecer a elas modelos que seguem as tendências mundiais da moda”, diz. As restrições são os decotes ousados e o comprimento das saias, que não deve deixar os joelhos à mostra. Para promover a marca, a empresa confecciona catálogos luxuosos, além de fazer promoções como concursos de beleza entre as consumidores. Com 15 mil revendedores, a Joyaly tem suas roupas usadas no Japão, EUA e Portugal, levadas pelas mãos de fiéis que vivem nesses países e abastecem as comunidades evangélicas locais.

Fonte: Estadão

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Eginoaldo

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