Doleiros dizem que Igreja Universal do Reino de Deus, a maior poderosa igreja evangélica do mundo, com sede no Brasil, enviou, de forma ilegal, 400 Milhões de Reais para o exterior, o que, se caracterizado é crime de lavagem de dinheiro.
A denúncia foi feita por sócios da casa de câmbio Diskline, que aceitaram colaborar com as investigações do Ministério Público no Brasil e da Promotoria de Nova York através da “delação premiada”. Segundo eles, as remessas para o exterior foram realizadas entre 1995 e 2001.
A Igreja Universal do Reino de Deus é uma seita neopentecostal, cuja doutrina básica prega a Teologia da Prosperidade que, por sua vez, garante que todas as pessoas têm direito divino de viverem bem, desfrutarem dos prazeres terrestres, alcançarem a prosperidade, a abundância, a fartura e a riqueza material.
O fundador e dono da Igreja Universal do Reino de Deus é o bispo Edir Macedo, um próspero empresário brasileiro, dono da TV Record, a segunda maior rede de TV do Brasil. Edir respondeu a vários processos na Justiça Brasileira e no exterior, nos quais é acusado por supostos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, crimes financeiros e estelionato.
A Igreja Universal está sendo acusada de ter enviado para o exterior cerca de R$ 5 milhões por mês entre 1995 e 2001 em remessas supostamente ilegais, feitas por doleiros da casa de câmbio Diskline, somando um total de 400 Milhões de Reais.
O fato foi revelado por Cristina Marini, sócia da Diskline, ao depor no Ministério Público do Estado de São Paulo e confirmar o que tinha dito à Justiça Federal e à Promotoria da cidade de Nova York. O advogado Antônio Pitombo, que defende a Igreja Universal e seus dirigentes, nega as acusações.
Cristina e seu sócio, Marcelo Birmarcker, aceitaram colaborar com as investigações policiais nos Estados Unidos e no Brasil em troca de benefícios, através da “delação premiada”, no caso de serem condenados. Cristina foi ouvida por três promotores paulistas, sendo que o mesmo depoimento ela já tinha prestado a 12 promotores dos Estados Unidos.
Os dois doleiros só decidiram colaborar depois que a Justiça americana começou a investigar a atividade deles nos Estados Unidos com base no pedido de cooperação internacional feito em novembro de 2009 por autoridades brasileiras. Nos Estados Unidos Cristina e Marcelo estão sendo investigados por suspeita de fraude e de desvio de recursos da igreja em território americano.
Fonte: Pravda
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