O deslizamento que pode ter soterrado até 200 pessoas no morro do Bumba, em Niterói (RJ), foi antecedido por um outro, de menor intensidade, cerca de 48 horas antes da tragédia. A afirmação é da doméstica, Valéria Rosa, 35 anos, que está abrigada em uma igreja evangélica desde a última segunda-feira.
"Essa foi uma tragédia anunciada. Na segunda-feira, parte do barranco, no alto do morro, começou a cair. Uma família, que teve a casa soterrada, conseguiu sair com vida. O senhor Tião, que morava, lá, voltou para pegar um documento e acabou soterrado. O corpo ainda não foi encontrado", disse ela, que era vizinha da família e deixou a sua casa depois do acidente.
Na igreja onde Valéria está abrigada, há pelo menos 15 crianças e dez adultos. "Nenhuma autoridade veio na segunda-feira. Só depois que caiu tudo é que começaram a olhar para cá. Estou aqui desde segunda-feira, com a roupa do corpo", diz.
A estimativa do Corpo de Bombeiros é a de que pelo menos 50 casas tenham sido soterradas após o deslizamento desta quarta-feira. Pedro Machado, comandante geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e subsecretário de Defesa Civil, estima que até 200 pessoas possam ter sido soterradas.
A busca pelas vítimas do deslizamento que atingiu o morro do Bumba, em Niterói (RJ) segue intensa na manhã desta quinta-feira. O deslizamento ocorreu por volta das 19h30. Pelo menos 300 pessoas trabalham no local, entre bombeiros, policiais militares e membros da Defesa Civil. Seis corpos já foram resgatados do local.
Fonte: Terra
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