Uma marca que vem sendo observada na disputa deste ano para as prefeituras, sobretudo na Grande Vitória, é a disputa pelos votos dos evangélicos. Só em Vitória eles representam mais de 40% do eleitorado e podem fazer a diferença nas urnas. Um dos candidatos que vem apostando nesse público é o deputado estadual Luciano Rezende (PPS). A aliança com o PR, do senador Magno Malta, permitiu a ampliação da atuação do candidato nesta fatia do eleitorado.
O candidato do PPS tem uma ligação mais próxima com a Igreja Católica, mas ao lado do vice, Waguinho Yto, locutor de uma rádio evangélica, ele consegue ampliar sua base. Já a candidata do PT, Iriny Lopes, tem a simpatia da Igreja Católica. A visão mais liberal da candidata não agrada ao eleitor evangélico que, em parte, também não se afina ao perfil de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB).
No município da Serra, os dois principais candidatos, o prefeito Sérgio Vidigal (PDT) e o deputado federal Audifax Barcelos (PSB), são evangélicos. No caso de Audifax, o fato de a vice Lourência Riani (PT) ser ligada à Igreja Católica, amplia sua base.
Mas Vidigal também não tem a rejeição dos católicos, já que em suas administrações agradou o segmento com incentivos e presenças em festas populares, como a de São Benedito.
Em Vila Velha, chama atenção a divisão do eleitorado evangélico. O prefeito Neucimar Fraga (PR), o ex-prefeito Max Filho (PSDB) e o novato na disputa Rodney Miranda (DEM) são evangélicos de denominações diferentes. Todos, porém, estão buscando votos em todas as igrejas.
Já o petista João Batista Babá tem ligação com a Igreja Católica, mas a presença do vice, Geovani Silva (PTB), em seu palanque, garante a penetração também no eleitorado evangélico.
Em Cariacica, os candidatos têm um perfil mais ligado à Igreja Católica, a presença evangélica mais evidente está no palanque do vice-prefeito Juninho (PPS), com a aliança com o PDT de Aparecida Denadai. Mas tanto Lúcia Dornellas (PT) quanto Marcelo Santos (PMDB) também buscam votos entre os evangélicos.
No interior, o destaque é Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, onde o prefeito católico Carlos Casteglione (PT) vai rivalizar a disputa com o evangélico Glauber Coelho (PR). Como a participação política da Igreja Católica é forte no município, Glauber conta com um apoio neste campo para tentar equilibrar a disputa: o candidato a vice, o católico José Renato Federici (PSB).
Fonte: Seculo Diário
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