MATO GROSSO - Uma das cinco vítimas do desabamento de um paredão de arenito na cachoeira do Véu de Noiva, no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (60 km de Cuiabá), no Mato Grosso, morreu na noite da última quinta-feira, 1° de maio.

Atingida na cabeça por fragmentos, a estudante Saira Tamires Dutra dos Reis, 17, estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Pronto Socorro de Cuiabá desde o acidente, no feriado de 21 de abril.

A Secretaria da Saúde de Cuiabá informou que a garota havia passado por três cirurgias nesta semana. Houve melhora no quadro clínico, mas a condição neurológica passou de grave para gravíssima.

Outras duas pessoas feridas no desabamento continuam internadas mas, segundo médicos, não correm risco de morte. Aline Queli Paulino, 18, fraturou a perna esquerda e aguarda o ferimento desinchar para ser operada. Uma menina de 13 anos está em observação --reclama de dores no tórax, mas exames até ontem não haviam apontado alteração.

O desabamento ocorreu quando um grupo de cerca de 30 pessoas se banhava no lago que se forma na queda da cachoeira, de 86 metros de altura. A maioria --inclusive Reis-- integrava excursão de jovens da igreja Assembléia de Deus.

Interdição

A cachoeira do Véu de Noiva é a mais conhecida atração do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Recebeu 137 mil visitantes apenas no ano passado, segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Desde o desabamento, todas as atrações do parque estão fechadas ao público, inclusive locais distantes da cachoeira, como a formação conhecida como Cidade de Pedra. O fim da interdição, segundo o Ibama, dependerá de perícias e de parecer da Defesa Civil.

Após constatar fissuras em paredões em uma vistoria preliminar, a Defesa Civil estuda proibir em caráter definitivo o acesso à trilha que leva ao ponto de banho. A visita à cachoeira, de acordo com a proposta, ficaria restrita a um mirante que já existe no local.

Na última terça-feira, peritos criminais iniciaram os primeiros levantamentos técnicos sobre possíveis causas do acidente. Além de fissuras, o grupo buscava indícios de infiltrações entre as rochas.

Fonte: Folha Online

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Eginoaldo

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