Desenvolver estudos e análises históricas sobre a religiosidade maranhense dos séculos XIX e XX, na perspectiva da História Cultural, a fim de compreender as interfaces e as relações sociais através dos poderes, dos saberes e das instituições são alguns dos objetivos da pesquisa que foi feita pelo diretor do Centro de Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão (CCH/UFMA), Lyndon de Araújo Santos.

Segundo o professor, o projeto contempla objetos de pesquisa como o catolicismo, cultos, protestantismo, espiritismo e qualquer outra manifestação religiosa.

A ideia é abrir o campo de pesquisa, que por muito tempo se concentrou nos cultos afros. “Nós não podemos entender a história do Maranhão sem a presença da religião católica, desde os jesuítas no período da colonização e também no século XIX, até todas as mudanças que o império e a república trouxeram” explica o pesquisador.

O estudo mostra que no início do século XX, 98% da população brasileira era católica. Hoje, o número caiu para 70%, com o crescimento do protestantismo. As religiões afros mantiveram-se sem grandes alterações. “O campo religioso maranhense sempre foi plural. Embora houvesse uma religião hegemônica, a Igreja Católica aliada ao Estado, as práticas populares sempre foram híbridas e o trânsito religioso uma prática,” destaca.

O projeto é importante para a descoberta de novos pesquisadores da religião no Maranhão, além de publicações que já podem ser vistas no estado sobre o assunto. Outro fator relevante é a consolidação de um grupo que trabalha as perspectivas da história cultural das religiões. Desde 2005, Lyndon Araújo coordena o grupo que vai finalizar o trabalho ainda este ano.

A equipe conta com 20 participantes entre mestrandos e graduandos dos cursos de História, Ciências Sociais, Educação Artística, Direito e Geografia da UFMA. “Estamos elaborando um relatório final para ser apresentado sobre todas as constatações do projeto, que está concluindo, com sucesso, a sua trajetória” finaliza o pesquisador.

Fonte: Tv Canal 13
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Eginoaldo

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