"Cometi um erro grave, que lamento. Com isso prejudiquei meu cargo e a autoridade inerente a ele", disse em uma declaração pública Kässmann, de 51 anos. Ela era presidente desde outubro da EKD, igreja luterana majoritária na Alemanha, com 25 milhões de fiéis.
"Acima do cargo, para mim é importante preservar minha auto-estima e respeito próprio. Por isso, renuncio a todos os meus cargos eclesiásticos", disse Kässmann, cuja declaração, em tom emotivo mas sereno, foi seguida de aplausos pelos presentes.
Kässmann foi abordada pela Polícia no sábado passado após avançar um sinal vermelho com seu carro oficial em Hannover. Os exames constataram um nível de 1,54 miligramas de álcool, o triplo da quantidade permitida na Alemanha.
Após uma reunião de urgência realizada ontem à noite, o Conselho Evangélico expressou apoio à presidente, em comunicado no qual insistia que a apoiaria, fosse qual fosse sua decisão.
"O Conselho delega plena confiança a sua presidente sobre a decisão de qual caminho devemos seguir", ressaltou um comunicado do principal órgão de representação dos evangélicos alemães.
Após ser divulgada a infração de que dirigia embriagada, a presidente da Igreja Evangélica reconheceu imediatamente seu erro e expressou arrependimento, enquanto seu escritório anunciou que suspendia todos os atos de sua agenda.
O caso foi divulgado na terça-feira nas páginas do jornal sensacionalista "Bild", após o qual a Procuradoria de Hannover informou os detalhes sobre o nível de alcoolismo. No caso de uma mulher do porte físico de Kässmann, o nível equivale a mais de uma garrafa de vinho ou várias cervejas.
Fonte: Estadão
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