Aires Fernandes, de 54 anos, dizia estar “superfeliz”. Era avô havia dez meses. Estava aposentado por invalidez e morreu juntamente com a mulher, Rosa, de 54 anos, sua filha Ana Maria, de 21, seu futuro genro Lucas, de 21, e seu neto, Luan, de 10 meses, além da sogra, Lina, de 75. O único sobrevivente é João, filho de Lina, que não estava em casa na hora do acidente. “Ele (Aires) estava radiante com a chegada de seu neto”, comentou o representante comercial Milton Lamberti, de 47 anos, que era um dos melhores amigos de Aires. “Nós crescemos juntos. Estávamos sempre tomando uma cervejinha”, relembrou.

Lamberti ressaltou que Aires era uma pessoa extrovertida, que ajudava a todos na rua. “Ele sempre se oferecia para arrumar alguma coisa que estava quebrada.” A vítima era casada havia 19 anos com Rosa. “O pessoal da rua gostava muito dela. Aliás, a família toda era muito querida.”Sem água - A casa onde Aires morava pertencia à mãe dele, Lina. O fato de reunir toda a família em volta demonstrava ainda outro problema da família: precisava viver muitas vezes de doações ou do apoio de amigos e vizinhos. O aposentado João Miguel, de 63 anos, que mora há 40 anos naquela rua, foi dos que notou que a família Fernandes passava por grandes dificuldades, pelo menos nos últimos meses. “A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) cortou a água e a luz também foi cortada. Nós e o pessoal da igreja ajudávamos dando cestas básicas.”

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Eginoaldo

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