Na última sexta-feira, 21, o 16º Festival MixBrasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual foi parar no Congresso Nacional. Seria uma ótima notícia, não fosse a abordagem dada ao evento. Em discurso no Plenário do Congresso, o deputado federal Zequinha Mariano (PMDB-PA), vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, disse que os filmes exibidos fazem com que o homossexual se aceite “sem qualquer constrangimento com o seu novo estilo de vida, ao invés de conduzi-lo a um confronto interior de que alguma coisa está errada com ele”.

O deputado começou seu discurso dizendo, contraditoriamente, que não é homofóbico, mas que “não me curvo à prática descabida do homossexualismo, porque fere os princípios imutáveis do matrimônio Bíblico entre um homem e uma mulher”. O tom da fala do parlamentar é de indignação frente a um festival que promove “o homossexualismo” e ainda convida crianças para participarem de oficinas. Ele apela para que os homossexuais não envolvam os pequenos na causa dizendo que “estão influenciando meninos e meninas, tirando-lhes o direito de conhecer o sexo oposto, de constituir uma família nos moldes e padrões naturais”.

O texto foi reproduzido pelo blog do escritor Julio Severo, autor de obras sobre o movimento homossexual capazes de “revelar” que “o movimento homossexual está crescendo e se espalhando rapidamente no mundo todo... está usando os meios de comunicação para promover suas perversões e reivindicar seus direitos. Grupos gays estão perseguindo evangélicos que pregam o que a Palavra de Deus ensina sobre a relação sexual de um homem com outro homem. O aumento da promiscuidade sexual provoca diretamente o aumento da violência e da criminalidade na sociedade”.

Citada no discurso do deputado, Suzy Capó, diretora do evento, lamenta o posicionamento do parlamentar com relação ao que ela disse sobre transgredir durante a abertura do Festival. “É lamentável que entre os representantes do povo existam pessoas que não entendem o significado das palavras, que não têm um nível intelectual pelo menos mediano para entender as coisas”, considera Suzy.

Confira a íntegra do texto:

Discurso proferido pelo Dep. Zequinha Marinho, vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional, em 21/11/2008 no Plenário do Congresso Nacional.

Senhoras e Senhores Deputados,

Venho a esta tribuna expressar o meu descontentamento com o modo pejorativo que o décimo sexto Festival de cinema gay, promovido pela Mix Brasil, pretende incentivar o relacionamento homossexual através de filmes de todos os gêneros. Antes, afirmo que não sou homofóbico, todavia, não me curvo a prática descabida do homossexualismo, porque fere os princípios imutáveis do matrimônio Bíblico entre um homem e uma mulher. É notável e assustador em entrevista da organizadora do evento, Suzy Capó, a desvalorização transgressora que os filmes refletirão nos dias do festival o relacionamento gay, quando a mesma afirmou categoricamente: “minha preocupação era mostrar imagens alternativas às imagens certinhas e caretas da cultura gay. Estava atrás de filmes que fossem transgressores”, disse ela. Segundo a organização do evento a idéia é fazer o gay se enxergar “nu”, identificar-se com as histórias, sem qualquer constrangimento com o seu novo estilo de vida, ao invés de conduzi-lo a um confronto interior de que alguma coisa está errada com ele. Suzy se contradiz quando se utiliza da palavra “transgressão”, porque a mesma é o ato ou efeito de transgredir, violar, infringir.

Não é o homossexualismo uma prática transgressora que viola a conduta da família natural, estabelecida por Deus em sua Santa Palavra? Me espanta, e me envergonha ainda mais a postura da organização em levar uma oficina para o público infantil durante o festival. Essa grande festa não enaltece a família, ao contrário, a empobrece. Transmitir um curta-metragem para o público infantil, mostrando figuras geométricas que tentam se “relacionar” é um incentivo à prática errante do homossexualismo. Vi nesse filme animado de seis minutos duas figuras geométricas iguais, idênticas, tentando se entender, se relacionar. Que mensagem subliminar é essa? O que estão querendo transmitir para as nossas crianças? Estão influenciando meninos e meninas, tirando-lhes o direito de conhecer o sexo oposto, de constituir uma família nos moldes e padrões naturais. Por último, me entristeci com o convite feito pela organização aos pais gays: “levem seus filhos”. Eu realmente não acreditei que era um apelo aos pais para levarem suas crianças. Espero que a família brasileira me compreenda. Vamos cuidar de nossas crianças, dá-lhes educação, amor, ensiná-las o caminho da retidão e não desviá-las. A criança precisa ser criança. O meu apelo é esse: que os homossexuais não envolvam seus filhos, sobrinhos, seja lá quem for, na prática do homossexualismo. Até porque hoje, a lei de adoção já permite que casais homossexuais adotem crianças, o que é um absurdo. Não vamos confundir as crianças, não vamos desmoralizar a inocência que há nelas. Família brasileira, una-se ao meu apelo.

Se você tem algo a dizer ao deputado, pode enviar um e-mail para ele: dep.zequinhamarinho@camara.gov.br

Fonte: Mix Brasil

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Eginoaldo

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