Está no Jornal de Uberaba:

Naturalmente que a religião a que me refiro é a Cristã, pois nem todas, tidas e havidas como religião, nos asseguram a excelsa glória de um Lar Celestial.
A Religião Cristã tem o condão de nos religar ao Criador, enquanto o dinheiro nos propicia ficarmos retidos neste Mundo, como simples criaturas.
A Religião diz respeito ao espírito. O dinheiro se põe em consonância com a carne.
A Religião nos leva a subir o degrau rumo ao Alto.
O dinheiro, ao contrário, nos faz descer o degrau para baixo.
A Religião nos coloca em sublime ascese, ou seja, em plenitude da vida moral, na ânsia de galgar a espiritualidade, na busca de uma purificação da alma, em incontido desejo de santificação que nos eleva à glória de contemplarmos o Santíssimo – que é Deus.
O dinheiro – que compra as coisas e até o homem, mas não compra aquilo que mais importa: o passaporte para sairmos deste Mundo e irmos para o Mundo Espiritual, de paz, amor, felicidade.
A Religião nos dá esperança, e mesmo certeza de um porvir sempiterno na Mansão dos Justos.
O dinheiro, na sua impotente laicidade, pode e acode algumas coisas aqui na Terra, mas não pode e nem acode os predestinados a darem o último suspiro (na nossa condição de mortais), quando o que mais almejam seria a certeza de que estarão salvos – suas almas redimidas e pelo sangue do Redentor e Salvador Jesus Cristo.
A Religião nos assegura, pelos ensinamentos das Sagradas Escrituras, que o sangue de Jesus foi o preço pago para nossa Salvação.
O dinheiro, traduzido em trinta moedas de prata, foi o preço pago pelos sacerdotes a Judas para trair Jesus.
Pela Religião, lemos no Livro Mateus, 28:12, “Que reunidos em Conselho os sacerdotes e anciãos deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem que vieram de noite os discípulos e roubaram o corpo (de Jesus); e, caso chegue ao conhecimento do Governador, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança”.
O dinheiro, como vimos, comprou a consciência dos soldados, pondo-os como mentirosos – o que, em última instância, os tornaria instrumento da negativa da suprema, necessária e imprescindível cena - na consumação do sacratíssimo Plano Redentor e Salvador, confiado a Jesus, que fora arquitetado, na cruenta Missão ao Cristo, mas no mais amoroso e misericordioso propósito do clementíssimo Deus Pai – para Redimir e Salvar a Humanidade.
Muitos outros confrontos poderíamos citar entre a Religião e o dinheiro, todavia, nosso espaço no Jornal não nos permite. Mas ainda temos de acrescentar que, sendo o dinheiro um deus deste pequeno Mundo, Jeová, o Adonai, é o Deus do imenso Universo.

Carlo de Abreu Lopes é missionário credenciado pelo Conselho de Pastores de Uberaba
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Eginoaldo

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