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Silas, 44 anos, o novo técnico do Grêmio, tem pressa. Quarta-feira, assim que assinar contrato e encerrar sua primeira entrevista coletiva, quer começar a definir a lista de quem sai e chega ao Olímpico.
Orientado pela direção, prefere não falar sobre reforços.
– É melhor trabalhar quietinho e só anunciar depois do contrato assinado – diz o técnico, que participou ontem no Rio da escolha dos melhores do Brasileirão.
Nesta entrevista, Silas aborda o polêmico tema de sua religiosidade.
Evangélico “desde o berço”, ele diz que sua religião jamais atrapalhou o relacionamento com jogadores.
No Olímpico, usaram os mesmos métodos para mobilizar os jogadores que ajudaram a classificar o Avaí para a Sul-Americana, após um assustador início de Brasileirão na zona de rebaixamento.
Zero Hora – Seu último título mais expressivo foi em 2001. Como encara o desafio?
Silas – Quando cheguei ao Avaí, o clube não era campeão havia 12 anos. E não disputava Série A fazia 30 anos. Mas esse peso não era nosso. Em 2010, muitos jogadores que já estão no Grêmio ou chegarão nada têm a ver com esse peso do passado. Daqui para a frente, é vida nova, cada jogo é uma história diferente, vamos tentar ganhar tudo.
ZH – A cobrança aqui é muito forte, você deve saber.
Silas – Mas não é diferente de Palmeiras, São Paulo, Corinthians.
ZH – Você tira proveito da carreira vitoriosa como jogador?
Silas – Claro que sim. Mas, como treinador, também já disputei muitas finais. Série B pelo Fortaleza com o Castelão cheio. A final do catarinense contra o Figueirense, que estava na Série A. Como jogador, estive em finais contra o Barcelona, pelo São Paulo, decisão de Copa América e duas Copas do Mundo (1986 e 1990). Claro, isso não é suficiente, mas dá uma boa base para largar.
ZH– Como será trabalhar com Paulo Paixão?
Silas– É um cara experimentado, que já escreveu uma história bonita e vai para seu segundo capítulo. Eu ainda vou para o primeiro. Jorginho falou muito bem dele. Kaká também falou (Silas e o meia assistiram a Real Madrid e Almeria).
ZH– Você faz treinos fechados?
Silas – Depende do momento. Todos fazem, não apenas eu. Após a classificação à Sul-Americana, abri tudo. Entendo que a imprensa também precisa trabalhar.
ZH – Como evangélico, sua religiosidade entra no vestiário?
Silas – A religiosidade fica fora de campo. Depois dos jogos, cada um faz a sua vida. Um baladeiro age tão errado como aqueles que tentam impor sua fé de maneira errada.
ZH – De onde vêm as críticas sobre a religiosidade excessiva?
Silas – O futebol é um mercado muito lucrativo. Há 200 técnicos querendo trabalhar no Grêmio e 200 empresários por trás. E um monte de gente querendo que eu não vá para lá. Ficam falando essas bobagens.
ZH – Como era a divisão de religiões no vestiário do Avaí?
Silas – Havia uns 10 ou 12 evangélicos. 80% eram católicos. Mas cada um respeitava o limite do outro.
ZH – Então a religiosidade não entrará no vestiário?
Silas – Ricardo Rocha já dizia muito bem que conhaque é conhaque e trabalho é trabalho. Chego para ser o técnico do Grêmio, não para ser um pastor. Assim como Jorginho não quer ser nada além de um grande auxiliar para Dunga.
Fonte: Zero Hora
Orientado pela direção, prefere não falar sobre reforços.
– É melhor trabalhar quietinho e só anunciar depois do contrato assinado – diz o técnico, que participou ontem no Rio da escolha dos melhores do Brasileirão.
Nesta entrevista, Silas aborda o polêmico tema de sua religiosidade.
Evangélico “desde o berço”, ele diz que sua religião jamais atrapalhou o relacionamento com jogadores.
No Olímpico, usaram os mesmos métodos para mobilizar os jogadores que ajudaram a classificar o Avaí para a Sul-Americana, após um assustador início de Brasileirão na zona de rebaixamento.
Zero Hora – Seu último título mais expressivo foi em 2001. Como encara o desafio?
Silas – Quando cheguei ao Avaí, o clube não era campeão havia 12 anos. E não disputava Série A fazia 30 anos. Mas esse peso não era nosso. Em 2010, muitos jogadores que já estão no Grêmio ou chegarão nada têm a ver com esse peso do passado. Daqui para a frente, é vida nova, cada jogo é uma história diferente, vamos tentar ganhar tudo.
ZH – A cobrança aqui é muito forte, você deve saber.
Silas – Mas não é diferente de Palmeiras, São Paulo, Corinthians.
ZH – Você tira proveito da carreira vitoriosa como jogador?
Silas – Claro que sim. Mas, como treinador, também já disputei muitas finais. Série B pelo Fortaleza com o Castelão cheio. A final do catarinense contra o Figueirense, que estava na Série A. Como jogador, estive em finais contra o Barcelona, pelo São Paulo, decisão de Copa América e duas Copas do Mundo (1986 e 1990). Claro, isso não é suficiente, mas dá uma boa base para largar.
ZH– Como será trabalhar com Paulo Paixão?
Silas– É um cara experimentado, que já escreveu uma história bonita e vai para seu segundo capítulo. Eu ainda vou para o primeiro. Jorginho falou muito bem dele. Kaká também falou (Silas e o meia assistiram a Real Madrid e Almeria).
ZH– Você faz treinos fechados?
Silas – Depende do momento. Todos fazem, não apenas eu. Após a classificação à Sul-Americana, abri tudo. Entendo que a imprensa também precisa trabalhar.
ZH – Como evangélico, sua religiosidade entra no vestiário?
Silas – A religiosidade fica fora de campo. Depois dos jogos, cada um faz a sua vida. Um baladeiro age tão errado como aqueles que tentam impor sua fé de maneira errada.
ZH – De onde vêm as críticas sobre a religiosidade excessiva?
Silas – O futebol é um mercado muito lucrativo. Há 200 técnicos querendo trabalhar no Grêmio e 200 empresários por trás. E um monte de gente querendo que eu não vá para lá. Ficam falando essas bobagens.
ZH – Como era a divisão de religiões no vestiário do Avaí?
Silas – Havia uns 10 ou 12 evangélicos. 80% eram católicos. Mas cada um respeitava o limite do outro.
ZH – Então a religiosidade não entrará no vestiário?
Silas – Ricardo Rocha já dizia muito bem que conhaque é conhaque e trabalho é trabalho. Chego para ser o técnico do Grêmio, não para ser um pastor. Assim como Jorginho não quer ser nada além de um grande auxiliar para Dunga.
Fonte: Zero Hora
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