Quem deve jejuar
De acordo com a orientação do sheik Abdul, as pessoas têm obrigação de jejuar quando começa a puberdade. No caso de doenças permanentes, não se deve fazer jejum. Quem tiver alguma doença temporárias também não deve jejuar, e, assim que se curar, deve repor os dias em que não teve condições de ficar sem se alimentar.
Mulheres menstruadas estão proibidas de jejuar, já que precisam repor o sangue perdido com dieta alimentar, mas têm prazo de onze meses (ou seja, até antes do próximo Ramadã) para compensar os dias que não jejuaram. Já os idosos, que não conseguirem praticar jejum, devem alimentar uma pessoa necessitada por cada dia não jejuado.
Fim do rito
Quando o jejum termina, ao cair da noite, convida-se uma pessoa para quebrar o jejum. "Recomenda-se comer algo leve, e depois sentar-se para jantar", diz o sheik. No entanto, também não se deve exagerar. "Segundo o profeta Mohammed, 1/3 do estômago deve ser destinado ao alimento, 1/3 para bebida e 1/3 deve estar vazio para que se possa respirar tranquilo", orienta. "O estômago é a casa das enfermidades. Se não cuidar dos alimentos que consome, vai causar danos ao organismo".
No dia 9 de setembro, o Ramadã termina com uma festa e oração de agradecimento a Deus.
O sheik ressalta que o jejum é facultativo, e não é necessário esperar o Ramadã para fazê-lo. Em algumas situações como ao jurar em falso ou cometer alguma penalidade, a pessoa deve jejuar. "Não é algo prescrito pelos muçulmanos. O jejum sempre foi prescrito desde os povos mais antigos, e está na Bíblia", disse o sheik. Em Maringá e região, há aproximadamente 600 muçulmanos .
Ramadã no mundo
Sob o forte calor no Oriente Médio, há um desafio especial para os fiéis que se alimentam apenas à noite.
Em alguns lugares, como no Egito, Líbano e Faixa de Gaza, a recomendação de se abster de alimentos, bebidas e cigarros por 15 horas é acompanhada por frequentes apagões no sistema de eletricidade.
Fonte: O Diário
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