Carregando faixas e vestindo camisetas de louvor a Jesus, cerca de 5 mil pessoas - segundo estimativas da Polícia Militar - de diferentes idades e religiões participaram, na tarde de ontem, da “Marcha para Jesus”. Realizada pelo Conselho dos Pastores Evangélicos de Bauru e Região (Conpev), a iniciativa, que está em sua 16ª edição, teve como objetivo reunir bauruenses de várias denominações religiosas para orar e pedir bênçãos para a cidade.
Nem mesmo o sol forte foi capaz de fazer com que adolescentes, crianças e adultos desistissem de ir até a Praça Rui Barbosa, onde uma multidão se concentrou para as primeiras orações. Às 17h30, os participantes de igrejas de Bauru e cidades vizinhas seguiram em passeata até o Parque Vitória Régia, entoando cantos ao longo da avenida Nações Unidas.
A marcha contou com a presença do prefeito Rodrigo Agostinho e foi acompanhada de perto por três caminhões de som, além de agentes motorizados do Grupo de Operações do Trânsito (GOT) e das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam). No Vitória Régia, a atração mais aguardada foi a cantora e pastora Nívea Soares, de Belo Horizonte, que pregou e cantou hinos evangélicos bastante conhecidos entre os fiéis.
“No ano passado tivemos a participação de 4 mil pessoas e o evento cresceu neste ano. Nosso propósito é orar, profetizar sobre a cidade e pedir que ela seja transformada pelo poder de Deus”, considera o pastor Edson Valentim, presidente do Conpev.
Sob o tema “Família - Preserve esse Valor”, neste ano o evento teve como objetivo reforçar valores familiares um tanto esquecidos, como o princípio da fidelidade, a honra e o casamento indissolúvel. De acordo com Valentim, o propósito é combater a desestruturação familiar que, por consequência, resulta em desequilíbrio na sociedade.
Mas, além de resgatar conceitos familiares, a marcha também é uma oportunidade para que as várias concepções religiosas da igreja evangélica possam se unir em um mesmo evento, provando que não existe rivalidade quando o assunto é louvar a Deus. “Os cristãos têm de se unir, não importa a igreja que frequentam. Nesse movimento, todos se transformam em um só, porque a intenção de todo mundo é a mesma, a linguagem é a mesma e todos creem em um Deus só”, analisa a estudante Sarah Cristina de Mello, membro da Comunidade Cristã Vencedores em Cristo, que participou pela terceira vez da iniciativa.
Para a passeata deste ano, ela conta que trouxe também o noivo, a mãe, uma tia e a avó. “Desde que vim pela primeira vez, não deixei mais de participar. É um evento tranquilo e, mesmo tendo que caminhar uma distância considerável, não cansa, porque a gente vai pulando e cantando ao lado das pessoas que a gente gosta”, complementa.
Participação jovem
Líder do grupo de jovens da igreja Guerreiros da Fé, Raquel Rodrigues salienta que os adolescentes se mostram cada vez mais interessados em participar das atividades da igreja, incluindo a marcha. Nesta edição, ela levou para o Vitória Régia aproximadamente 12 jovens de 12 a 18 anos, que estavam ansiosos antes da apresentação da pastora Nívea Soares.
“Muitos não puderam vir e lamentaram perder essa oportunidade. Um evento desse tem uma importância grande para eles, porque é uma forma de se aproximarem ainda mais de Deus, conhecerem novas comunidades evangélicas e cantar os hinos da pastora, que eles conhecem tão bem”, detalha.
Debutando no evento, o aposentado recém-convertido à Assembleia de Deus da Promessa, Eduardo Félix Dias confessa que ainda não aprendeu a entoar todas as canções, mas se esforçou para acompanhar os hinos e orações durante a marcha. “Entrei na igreja por causa da minha mulher e foi a única vez que eu me identifiquei com a religião. Gostei muito de participar da marcha, eu acompanhei todo o trajeto e minha mulher, que não tem força para andar tanto, me esperou no Vitória Régia. Estou aqui pelo amor que tenho por Deus e por ela”, afirma.
Com o mesmo tema da marcha, os 40 Dias de Oração e Jejum também ocorrem em favor da família, com a adesão de aproximadamente 50 igrejas de Bauru. De acordo com o pastor Edson Valentim, o período de abstinência - seja de algum tipo de alimento ou hábito - está compreendido entre 8 de agosto e 17 de setembro e servirá para que as pessoas reflitam e orem pelo bem da base familiar, segundo os ensinamentos de Deus.
Fonte: JCNET
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