Uma Igreja Assembleia de Deus da Missão foi interditada ontem, 04, por causar transtornos a moradores do centro da cidade ribeirinha, no município de Penedo.
Uma decisão judicial expedida pelo juiz da 3° vara Civil de Penedo, Luciano Américo Galvão Filho, resultou na interdição da Igreja Assembleia de Deus da Missão. Segundo o juiz, o que motivou a decisão foi um descumprimento a uma ordem da justiça que por várias vezes tentou entrar em acordo com os responsáveis pelo estabelecimento, que há tempo estava em conflitos com os vizinhos da sede. Os moradores reclamam do excesso do barulho causado pela igreja. 

De acordo com o advogado José Glivaldo Souza Nunes, o templo religioso foi advertido inúmeras vezes sobre o barulho que incomodava os vizinhos da localidade, principalmente pessoas idosas. Ainda de acordo com ele, uma planta falsa do imóvel chegou a ser apresentada à justiça, alegando que uma das paredes de uma casa vizinha pertencia a igreja. O vizinho provou o inverso.
O advogado ainda sugeriu certo limite de horário para os gritos de louvores ou até mesmo algum revestimento nas paredes com espuma, o que geraria um ambiente fechado e acústico, sem causar transtornos aos moradores da região. 
“Todas as possibilidades foram discutidas e algumas idéias acatadas pelos responsáveis da Igreja, no entanto, o desrespeito ao acordo resultou na interdição do local”, declarou o advogado.
A gritaria 
Segundo informações de uma das moradoras que preferiu não ter seu nome divulgado, não seria nada demais a prática religiosa no local, no entanto, o barulho é muito alto e realmente incomoda os vizinhos. 
“Se os fieis da igreja tem o direito de praticar a sua fé, nós também temos o direito de termos o silêncio garantido dentro de nossas casas. Também sou cristã e não acredito que Jesus Cristo seja surdo”, reclamou a moradora.
Decisão do TJ/AL
Para finalizar o caso, o advogado José Glivaldo informou que a Igreja Assembleia de Deus da Missão já recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça de Alagoas, mas a sentença foi mantida. Nenhum líder religioso quis comentar sobre o caso.
Fonte:  Primeira Edição
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Eginoaldo

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