Cairo, 6 set (Prensa Latina) Muçulmanos egípcios mantêm hoje a pressão sobre a hierarquia cristã copta do país por causa do alegado sequestro de uma mulher convertida ao Islã, no meio de polêmicas sobre a liberdade de credo.

Depois das manifestações protagonizadas no domingo por milhares de devotos islamistas em frente a uma velha mesquita do Cairo, as tensões persistem em reclamo do aparecimento público de Camellia Zakhir, que afirmam que permanece presa contra sua vontade.

A mencionada mulher não é vista desde julho passado, quando foram difundidas fotos dela usando o véu islâmico depois de sua suposta conversão à religião do Profeta Mahoma, ainda que seu esposo -de confissão cristã copta- tenha afirmado que foi obrigada a mudar sua fé.

Segundo os muçulmanos, a Igreja Cristã Copta fez represálias contra Zakhir, daí que chamaram o Papa Shenouda III, líder dessa congregação aqui, de pessoas estadunidenses".

Os coptos constituem 10 por cento da população do Egito, estimada em mais de 80 milhões e que majoritariamente professa a religião muçulmana.

Na sexta-feira passada cerca de 200 devotos do Islã também protestaram nesta capital e acusaram a hierarquia copta de sequestrar a esposa de um cristão que, segundo eles, se converteu voluntariamente à fé islâmica.

Os manifestantes gritavam "Allahu akbar (Deus é Grande)" e "Camellia foi sequestrada durante o Ramadã", avivando tensões que afloram a cada certo tempo entre cristãos e muçulmanos egípcios, ainda que pelo geral convivem em paz.

Um dos mais recentes acontecimentos violentos ocorreu na Noite de Natal Copta, no passado 7 de janeiro, quando jovens muçulmanos dispararam e mortaram a seis cristãos depois de ir a uma missa.

A igreja copta negou as acusações e afirmou que a mulher desapareceu durante uma disputa com seu marido -que assegura que a obrigaram a mudar de religião-, mas depois regressou ao lar.

Fonte: Prensa Latina
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Eginoaldo

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