BAHIA - A dor e a revolta ainda dominam as palavras da dona de casa Evani dos Santos, 46 anos, mãe do estudante Givaldo Santos Souza, 15, uma das vítimas fuziladas no ataque do Bairro da Paz, ocorrido na noite do sábado.
“Meu filho saiu de casa para comprar um pastel e pouco depois foi morto com vários tiros. Que crueldade fizeram com ele, meu Deus!”, desabafou, em prantos. Revoltada, ela protesta: “Quero Justiça! Meu filho era um menino. Uma pessoa de bem”.
Freqüentador de uma igreja evangélica, Givaldo saiu de casa para comprar pastéis para ele e a mãe, por volta das 19h, quando foi surpreendido pelos bandidos, que o balearam diversas vezes. “Soube que meu menino tinha parado para conversar com dois amigos. Aí, eles chegaram atirando. Os três correram, mas os bandidos atiraram. Meu filho foi baleado nas pernas e depois em várias partes do corpo”, contou Evani.
Para ela, a morte brutal do filho será sempre uma incógnita. “Por que meus Deus? Meu menino nunca fez mal a ninguém. Pelo contrário, o sonho dele era ser pastor. Passa mais tempo na igreja do que na própria casa. Se eu pudesse voltar atrás, teria impedido que ele saísse de casa”, emocionou-se. Givaldo cursava a 5ª série da Escola Municipal Newton Sucupira, no bairro de Mussurunga. Além de estudar, ele tinha um programa numa rádio comunitária cristã no bairro.
Um dos parentes de Henrique, outro dos rapazes mortos na fuzilaria, concordou em falar sobre o episódio, mas pediu para que seu nome fosse preservado. Segundo ele, Henrique, garçom desempregado, faria um biscate como guardador de veículos, numa festa realizada anteontem à noite, no Wet’n Wild, localizado na Avenida Paralela. “Ele estava contente porque ia ganhar uns ‘trocados’, mas foi morto junto com o menino (Givaldo)”, lamentou.
Palco de chacinas
Esta foi a segunda chacina no Bairro da Paz em menos de um ano. Numa matança com características de crime de extermínio, cinco homens foram encontrados mortos na região, no dia 18 de setembro. Os corpos apresentavam lesões de projéteis de pistola calibre .40 (arma de uso exclusivo da polícia); quatro deles estavam amarrados com cordas pelo pescoço. Duas das vítimas foram identificadas pelos documentos que portavam: como Tiago da Silva Oliveira, 20 anos, e Fábio Valverde Ferreira, 25, ambos com antecedentes criminais, enquanto os outros três permaneciam com a identidade ignorada até ontem à noite.
Os cinco corpos foram encontrados por populares ao amanhecer, jogados numa ribanceira à margem de um charco do Bairro da Paz, na fronteira com a invasão da Baixa do Tubo, no Alto do Coqueirinho. No local, peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) encontraram quatro cápsulas de pistola calibre .40, além de três diferentes projéteis, que foram encaminhados para exame de balística.
Os legistas encontraram ainda três pedras de crack escondidas na meia de um deles, além de cerca R$60 na carteira de Fábio, onde também estavam seus documentos pessoais. A carteira de identidade de Tiago foi achada caída ao chão. Sem documentos que possibilitassem sua identificação, os outros três homens também não foram reconhecidos como moradores da localidade.
À época, testemunhas contaram que ouviram muitos tiros pouco antes da 0h de 18 de setembro e viram um carro deixando o local, mas não puderam identificar o veículo, alegando falta de iluminação pública. A polícia acredita que as vítimas não sejam residentes no bairro e tenham sido levadas até lá pelos assassinos. Tiago e Fábio são moradores de Camaçari.
Fonte: Aqui Salvador
“Meu filho saiu de casa para comprar um pastel e pouco depois foi morto com vários tiros. Que crueldade fizeram com ele, meu Deus!”, desabafou, em prantos. Revoltada, ela protesta: “Quero Justiça! Meu filho era um menino. Uma pessoa de bem”.
Freqüentador de uma igreja evangélica, Givaldo saiu de casa para comprar pastéis para ele e a mãe, por volta das 19h, quando foi surpreendido pelos bandidos, que o balearam diversas vezes. “Soube que meu menino tinha parado para conversar com dois amigos. Aí, eles chegaram atirando. Os três correram, mas os bandidos atiraram. Meu filho foi baleado nas pernas e depois em várias partes do corpo”, contou Evani.
Para ela, a morte brutal do filho será sempre uma incógnita. “Por que meus Deus? Meu menino nunca fez mal a ninguém. Pelo contrário, o sonho dele era ser pastor. Passa mais tempo na igreja do que na própria casa. Se eu pudesse voltar atrás, teria impedido que ele saísse de casa”, emocionou-se. Givaldo cursava a 5ª série da Escola Municipal Newton Sucupira, no bairro de Mussurunga. Além de estudar, ele tinha um programa numa rádio comunitária cristã no bairro.
Um dos parentes de Henrique, outro dos rapazes mortos na fuzilaria, concordou em falar sobre o episódio, mas pediu para que seu nome fosse preservado. Segundo ele, Henrique, garçom desempregado, faria um biscate como guardador de veículos, numa festa realizada anteontem à noite, no Wet’n Wild, localizado na Avenida Paralela. “Ele estava contente porque ia ganhar uns ‘trocados’, mas foi morto junto com o menino (Givaldo)”, lamentou.
Palco de chacinas
Esta foi a segunda chacina no Bairro da Paz em menos de um ano. Numa matança com características de crime de extermínio, cinco homens foram encontrados mortos na região, no dia 18 de setembro. Os corpos apresentavam lesões de projéteis de pistola calibre .40 (arma de uso exclusivo da polícia); quatro deles estavam amarrados com cordas pelo pescoço. Duas das vítimas foram identificadas pelos documentos que portavam: como Tiago da Silva Oliveira, 20 anos, e Fábio Valverde Ferreira, 25, ambos com antecedentes criminais, enquanto os outros três permaneciam com a identidade ignorada até ontem à noite.
Os cinco corpos foram encontrados por populares ao amanhecer, jogados numa ribanceira à margem de um charco do Bairro da Paz, na fronteira com a invasão da Baixa do Tubo, no Alto do Coqueirinho. No local, peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) encontraram quatro cápsulas de pistola calibre .40, além de três diferentes projéteis, que foram encaminhados para exame de balística.
Os legistas encontraram ainda três pedras de crack escondidas na meia de um deles, além de cerca R$60 na carteira de Fábio, onde também estavam seus documentos pessoais. A carteira de identidade de Tiago foi achada caída ao chão. Sem documentos que possibilitassem sua identificação, os outros três homens também não foram reconhecidos como moradores da localidade.
À época, testemunhas contaram que ouviram muitos tiros pouco antes da 0h de 18 de setembro e viram um carro deixando o local, mas não puderam identificar o veículo, alegando falta de iluminação pública. A polícia acredita que as vítimas não sejam residentes no bairro e tenham sido levadas até lá pelos assassinos. Tiago e Fábio são moradores de Camaçari.
Fonte: Aqui Salvador
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