O governo de Marrocos expulsou este Domingo cinco missionárias evangélicas, acusadas de “proselitismo” religioso. As mulheres, quatro espanholas e uma alemã, preferem ficar no anonimato.
Todas foram levadas desde Casablanca até o porto de Tânger, a 350 quilómetros de distância, no qual foram colocadas num barco que rumou a Algeciras.
Uma das missionárias tem residência em Marrocos e teme agora não poder regressar ao país. O país proíbe que um muçulmano mude de religião.
Segundo o Observatório para a Liberdade Religiosa, da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), a Constituição marroquina prevê que "o Islão é a religião do Estado, garantindo a todos o livre exercício do culto" (Artigo 6º).
Em 1962, o rei Hassan II deu a sua interpretação deste artigo, afirmando que os cultos judaico e cristão podiam ser praticados em total liberdade, uma vez que estas são religiões reconhecidas pelo Islão. Isto não significa, no entanto, acrescentou ele, que os muçulmanos tenham a liberdade de mudar de religião ou de alterar a forma do seu culto.
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