RIO - A eleição para a prefeitura do Rio este ano vai contar com um ingrediente raro na corrida pelo Executivo municipal: a ausência de um candidato evangélico entre os principais cabeças de chapa. A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), em 1992 e 2000, e o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), em 2004 e 2008, desempenharam este papel. De olho neste eleitor, aqueles que já foram escolhidos por seus partidos para entrar na disputa montaram estratégias.
Em busca da reeleição, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) encontrou em seu amplo arco de alianças os apoios necessários para o diálogo com as igrejas evangélicas. Um dos 15 partidos que integram a coligação, o PRB de Crivella, agora ministro da Pesca no governo Dilma, é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Também aliado do peemedebista, o PSD conta com um time de grande influência neste segmento religioso. Entre os quadros da sigla estão os deputados estaduais Samuel Malafaia (ex-PR) - irmão do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo - e Marcos Soares (ex-PDT) - filho do pastor R. R. Soares, da Igreja Internacional da Graça. O partido tem ainda o deputado estadual Fábio Silva (ex-PR) - filho do empresário Francisco Silva, dono da Rádio Melodia, uma das maiores na área gospel - e o deputado federal Arolde de Oliveira (ex-DEM), dono da Rádio El Shaddai.
- Na medida em que não há um evangélico como candidato, os apoios serão determinantes, e o prefeito tem apoios que considero fundamentais - diz o presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani.
Conquistar apoios que tenham inserção entre evangélicos também é a tática do deputado estadual Marcelo Freixo, pré-candidato do PSOL. Para isso, o socialista diz manter conversas com a ex-senadora Marina Silva, candidata derrotada à Presidência em 2010.
- Tem um elemento importante, que é a possibilidade de a Marina nos apoiar. Ela pode trazer um diálogo interessante neste setor para a gente - afirma Freixo, que também pretende ressaltar sua atuação na área de direitos humanos.
Já o deputado federal Rodrigo Maia (DEM) vai apostar na vice, a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), como interlocutora com o público evangélico. O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), ex-governador e pai de Clarissa, é outra carta na manga para o contato estes eleitores. Além disso, a coligação pretende reforçar valores que ajudem na identificação com os mais religiosos.
- Nós somos um partido liberal na economia e conservador nos valores. Vamos continuar defendendo o que sempre defendemos - avisa Rodrigo.
Ressaltar feitos do passado que agradem ao setor religioso também será o foco de Otavio Leite (PSDB):
- Os templos no Rio têm isenção de imposto em função de uma proposta minha como vereador. Vou dizer para os evangélicos que votei contra a bebida alcoólica nos estádios.
Na análise do cientista político Cesar Romero Jacob, autor do "Atlas da Filiação Religiosa", os pré-candidatos evitarão colocar a questão religiosa no centro do debate, porque sabem que podem podem atrair rejeição de outros setores.
- Se você vai para a campanha, isso (o fato de se vender como o candidato de uma religião) não soma, mas subtrai - disse Romero Jacob.
Segundo o cientista político, não se pode precisar o número de eleitores evangélicos no Rio porque o Tribunal Regional Eleitoral não tem cadastro com este tipo de informação. Mas, dados do Censo de 2000 mostram que 11,3% da população da capital, de quase seis milhões à época, incluindo crianças e idosos, eram dos chamados evangélicos pentecostais, como os Igreja Universal e da Assembleia de Deus. Outros 5% eram dos chamados evangélicos históricos, como os os presbiterianos, luteranos e metodistas.
Ainda não há dados sobre religião do Censo 2010, previstos para serem divulgados em setembro deste ano.
Em busca da reeleição, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) encontrou em seu amplo arco de alianças os apoios necessários para o diálogo com as igrejas evangélicas. Um dos 15 partidos que integram a coligação, o PRB de Crivella, agora ministro da Pesca no governo Dilma, é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Também aliado do peemedebista, o PSD conta com um time de grande influência neste segmento religioso. Entre os quadros da sigla estão os deputados estaduais Samuel Malafaia (ex-PR) - irmão do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo - e Marcos Soares (ex-PDT) - filho do pastor R. R. Soares, da Igreja Internacional da Graça. O partido tem ainda o deputado estadual Fábio Silva (ex-PR) - filho do empresário Francisco Silva, dono da Rádio Melodia, uma das maiores na área gospel - e o deputado federal Arolde de Oliveira (ex-DEM), dono da Rádio El Shaddai.
- Na medida em que não há um evangélico como candidato, os apoios serão determinantes, e o prefeito tem apoios que considero fundamentais - diz o presidente do PMDB no Rio, Jorge Picciani.
Conquistar apoios que tenham inserção entre evangélicos também é a tática do deputado estadual Marcelo Freixo, pré-candidato do PSOL. Para isso, o socialista diz manter conversas com a ex-senadora Marina Silva, candidata derrotada à Presidência em 2010.
- Tem um elemento importante, que é a possibilidade de a Marina nos apoiar. Ela pode trazer um diálogo interessante neste setor para a gente - afirma Freixo, que também pretende ressaltar sua atuação na área de direitos humanos.
Já o deputado federal Rodrigo Maia (DEM) vai apostar na vice, a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), como interlocutora com o público evangélico. O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), ex-governador e pai de Clarissa, é outra carta na manga para o contato estes eleitores. Além disso, a coligação pretende reforçar valores que ajudem na identificação com os mais religiosos.
- Nós somos um partido liberal na economia e conservador nos valores. Vamos continuar defendendo o que sempre defendemos - avisa Rodrigo.
Ressaltar feitos do passado que agradem ao setor religioso também será o foco de Otavio Leite (PSDB):
- Os templos no Rio têm isenção de imposto em função de uma proposta minha como vereador. Vou dizer para os evangélicos que votei contra a bebida alcoólica nos estádios.
Na análise do cientista político Cesar Romero Jacob, autor do "Atlas da Filiação Religiosa", os pré-candidatos evitarão colocar a questão religiosa no centro do debate, porque sabem que podem podem atrair rejeição de outros setores.
- Se você vai para a campanha, isso (o fato de se vender como o candidato de uma religião) não soma, mas subtrai - disse Romero Jacob.
Segundo o cientista político, não se pode precisar o número de eleitores evangélicos no Rio porque o Tribunal Regional Eleitoral não tem cadastro com este tipo de informação. Mas, dados do Censo de 2000 mostram que 11,3% da população da capital, de quase seis milhões à época, incluindo crianças e idosos, eram dos chamados evangélicos pentecostais, como os Igreja Universal e da Assembleia de Deus. Outros 5% eram dos chamados evangélicos históricos, como os os presbiterianos, luteranos e metodistas.
Ainda não há dados sobre religião do Censo 2010, previstos para serem divulgados em setembro deste ano.
Fonte: Yahoo
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