Flávio Bauraqui vem sentindo na pele uma grande popularidade entre os evangélicos graças ao Ezequiel, seu personagem em Duas Caras. "Eles me param muito nas ruas e dizem que se emocionam quando o Ezequiel lê a Bíblia", conta.
Gaúcho de Santa Maria, o ator de 41 anos chegou ao Rio de Janeiro em 1993, em busca de um novo rumo para sua carreira, iniciada no teatro, aos 15 anos de idade.
Para facilitar a transição do Evaldo, de Paraíso Tropical, para o Ezequiel, Flávio utilizou a experiência adquirida nos tempos em que encenava até cinco peças teatrais diferentes por semana.
"Isso me deu uma flexibilidade como ator, de sair de um personagem e entrar em outro", garante o artista que antes de ser atraído para a televisão passou pelo cinema em filmes como Madame Satã e Quase Dois Irmãos.
Qual foi seu trabalho de composição para o Ezequiel?
O que mais me ajudou a sair do Evaldo e entrar no Ezequiel foi a minha experiência com o cinema e o teatro.
No teatro, às vezes, eu tinha que atuar em cinco peças diferentes por semana para conseguir me manter. Mas isso me deu uma flexibilidade como ator.
Ficou mais fácil sair de um personagem e entrar em outro. Do Evaldo para o Ezequiel, por exemplo, eu tive pouco menos de três meses. Foi nesse período que o Evaldo foi assassinado em Paraíso Tropical.
Como você está percebendo a reação do público ao Ezequiel?
Nossa, é uma loucura! Os evangélicos param para falar comigo e acreditam que eu também seja evangélico. E não adianta nem dizer que eu não sou, que é só um personagem.
Eles insistem em dizer que Deus tem um plano especial para mim e contam que choram e se emocionam muito quando o Ezequiel lê a Bíblia. Às vezes acontecem coisas totalmente inesperadas por conta da religiosidade do Ezequiel.
Que tipo de coisas?
Por exemplo, o pai de um amigo meu. Tenho quase certeza de que ele não gostava de mim e um dia, do nada, me ligou e falou: "estou muito feliz com o que você está fazendo por nós evangélicos". Ele não me dava muito papo, enxergava uma certa implicância mesmo. Foi bom, porque ganhei mais uma pessoa na vida.
Você estreou nas novelas em Sinhá Moça, em 2006, com 40 anos. Por que tão tarde?
Eu faço teatro desde os 15 anos. Cheguei ao Rio de Janeiro em 1993, com R$ 10 no bolso e sem ter onde dormir. Até que consegui um emprego de porteiro num condomínio na Barra e deixava sobre a mesa uma pasta com o meu material de trabalho de ator.
Aquilo começou a chamar a atenção das crianças e eu virei professor de teatro delas. Tudo começou a mudar quando o capoeirista Beto Simas me viu atuando nos espetáculos que eu fazia com as crianças e me indicou para trabalhar com o André Paes Leme, que estava em busca de atores negros.
De que forma ter no currículo papéis de destaque no cinema nacional facilitou sua entrada na televisão?
O cinema aconteceu depois do teatro. Eu só fui chamado para fazer Madame Satã por conta das indicações que o Karim Aïnouz recebeu sobre meu trabalho. E acho legal isso.
Um trabalho levou ao outro. Depois que Duas Caras acabar eu já começo a filmar o Bispo do Rosário, dirigido por Geraldo Motta e vou interpretar o bispo.
Gaúcho de Santa Maria, o ator de 41 anos chegou ao Rio de Janeiro em 1993, em busca de um novo rumo para sua carreira, iniciada no teatro, aos 15 anos de idade.
Para facilitar a transição do Evaldo, de Paraíso Tropical, para o Ezequiel, Flávio utilizou a experiência adquirida nos tempos em que encenava até cinco peças teatrais diferentes por semana.
"Isso me deu uma flexibilidade como ator, de sair de um personagem e entrar em outro", garante o artista que antes de ser atraído para a televisão passou pelo cinema em filmes como Madame Satã e Quase Dois Irmãos.
Qual foi seu trabalho de composição para o Ezequiel?
O que mais me ajudou a sair do Evaldo e entrar no Ezequiel foi a minha experiência com o cinema e o teatro.
No teatro, às vezes, eu tinha que atuar em cinco peças diferentes por semana para conseguir me manter. Mas isso me deu uma flexibilidade como ator.
Ficou mais fácil sair de um personagem e entrar em outro. Do Evaldo para o Ezequiel, por exemplo, eu tive pouco menos de três meses. Foi nesse período que o Evaldo foi assassinado em Paraíso Tropical.
Como você está percebendo a reação do público ao Ezequiel?
Nossa, é uma loucura! Os evangélicos param para falar comigo e acreditam que eu também seja evangélico. E não adianta nem dizer que eu não sou, que é só um personagem.
Eles insistem em dizer que Deus tem um plano especial para mim e contam que choram e se emocionam muito quando o Ezequiel lê a Bíblia. Às vezes acontecem coisas totalmente inesperadas por conta da religiosidade do Ezequiel.
Que tipo de coisas?
Por exemplo, o pai de um amigo meu. Tenho quase certeza de que ele não gostava de mim e um dia, do nada, me ligou e falou: "estou muito feliz com o que você está fazendo por nós evangélicos". Ele não me dava muito papo, enxergava uma certa implicância mesmo. Foi bom, porque ganhei mais uma pessoa na vida.
Você estreou nas novelas em Sinhá Moça, em 2006, com 40 anos. Por que tão tarde?
Eu faço teatro desde os 15 anos. Cheguei ao Rio de Janeiro em 1993, com R$ 10 no bolso e sem ter onde dormir. Até que consegui um emprego de porteiro num condomínio na Barra e deixava sobre a mesa uma pasta com o meu material de trabalho de ator.
Aquilo começou a chamar a atenção das crianças e eu virei professor de teatro delas. Tudo começou a mudar quando o capoeirista Beto Simas me viu atuando nos espetáculos que eu fazia com as crianças e me indicou para trabalhar com o André Paes Leme, que estava em busca de atores negros.
De que forma ter no currículo papéis de destaque no cinema nacional facilitou sua entrada na televisão?
O cinema aconteceu depois do teatro. Eu só fui chamado para fazer Madame Satã por conta das indicações que o Karim Aïnouz recebeu sobre meu trabalho. E acho legal isso.
Um trabalho levou ao outro. Depois que Duas Caras acabar eu já começo a filmar o Bispo do Rosário, dirigido por Geraldo Motta e vou interpretar o bispo.
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