Mudança para atender às necessidades é uma lei básica do mercado econômico. Adaptação para suprir as alterações do meio é o cerne da teoria defendida pelo naturalista Charles Darwin.
Os dois conceitos, que a princípio ficariam restritos à economia e aos ecossistemas, podem se aplicar às religiões cristãs do século 21. Para evitar que murchem e percam fiéis, praticamente todas as crenças atuais alteraram cerimônias e pregações e as remodelaram para novas necessidades sociais.A diferença mais visível se dá nas celebrações destinadas a jovens. Hoje, cânticos cristãos, shows gospel que atraem milhares, missas “dançantes” e encontros exclusivos para a faixa etária não são raros. Na pregação, o texto bíblico estudado discorre sobre o cotidiano de adolescentes e “recém-adultos”. A temática varia com assuntos como vestibular, mercado de trabalho e relacionamentos afetivos e familiares.Em contrapartida, o próprio jovem também voltou-se às instituições cristãs. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que mais de 90% daqueles entre 20 e 24 anos de idade têm religião. Os motivos para o número expressivo são variados: dependência química, dificuldades em vínculos sociais, doenças físicas e necessidade de aceitação. Para outros, o que determina a escolha é a busca pelo conhecimento espiritual. A influência do círculo de amizades e da família é outro fator fundamental para entender a razão de templos cheios na plena noite de sábado.AlvoPastores, párocos e oradores dizem que o público jovem é fundamental para a propagação dos ensinamentos de Cristo. Para ilustrar a tese, recorrem até aos apóstolos bíblicos que, na maioria, não ultrapassavam os 30 anos de idade. Hoje, mais de dois mil anos após a morte do Messias, os novos pregadores se desdobram para manter viva a doutrina e, conseqüentemente, a própria estrutura.Querendo atingir esta faixa etária, facilmente propícia a agitações musicais e “prazeres profanos”, buscaram assemelhar as mesmas técnicas de persuasão, mas alteraram a essência: a revestem-na com os ensinamentos da Bíblia.RockPastor da Igreja Fonte da Vida, Breno Cardoso explica que os eventos de música eletrônica ou rock gospel representam o atrativo para que o fiel tenha contato com Cristo. “Adaptamos tudo aquilo que se faz lá fora, como sair, se divertir, e retiramos as coisas ruins, como beber (bebidas alcoólicas) e usar drogas”. As letras e a temática da composição, diz ele, também se voltam a Cristo.Breno, que lidera o Ministério Atitude, ligado ao público jovem, afirma que a conversação desta faixa etária age como fator estruturante à religião. “Ele se desenvolve na igreja, traz amigos, faz a família junto a Jesus.”Desde o início das religiões neopentecostais, há pouco mais de 15 anos, todas as igrejas têm a subdivisão que atende especialmente o público entre 18 e 23 anos.90% dizem ter alguma religiãoMais de 90% dos jovens brasileiros entre 20 e 24 anos de idade declararam acreditar em alguma crença. Dados de pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) referente ao ano de 2002, feita por comparação ao Senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do mesmo ano, mostram que 9,38% se definiam como “sem religião”.Em comparação, o número é o mais alto de todas as faixas etárias pesquisadas. Dos jovens entre 20 e 24 anos, 14,16% se declararam evangélicos e 73,50% afirmaram que são católicos. Além do porcentual que disse não acreditar em nenhuma fé ou doutrina, 2,96% crêem em outras religiões.Maior número dos fiéis se mantém naqueles que já ultrapassaram os 60 anos de idade. Apenas 3,84% se definiram como “sem religião”. Nos adolescentes entre 15 e 19 anos de idade, porcentual dos que não professam nenhuma fé mantém-se em 8,86%. Na faixa que compreende representantes de 25 a 29 anos, é de 8,57 a porcentagem daqueles que não se consideram crentes em nenhuma fé.Na secular Igreja Católica, assim como na Evangélica, o fenômeno da atração de jovens é recente. Frei Venildo Trevizan, administrador da Paróquia Universitária São João Evangelista, no Setor Universitário, diz que alterações da cerimônia tradicional são atrativos para o fiel conhecer a palavra de Deus. Após este momento, defende ele, é fundamental a pregação dos ensinamentos de Cristo. “São artifícios e, por esta razão, não podem ficar só nisto. Um show atrair 3,5 mil jovens não é o nosso foco, mas que todos estes jovens conheçam os valores fundamentais da vida cristã.”Trevizan alega que o “movimento flexível” da Igreja Católica não nasceu para combater a “concorrência” com o Protestantismo. “A única razão foi aproximar à realidade do cristão. Toda competitividade não é saudável. Se, por exemplo, usa-se balinhas para atrair crianças para a igreja, tem-se que ter em mente que estas balinhas são apenas atrativos para que eles conheçam a Deus.”O diácono Júnio Cesar Roza, que atende a única paróquia universitária de Goiânia, afirma que a mudança se deu pela tentativa de aproximação da Igreja Católica com a sociedade. “A mensagem de Cristo precisa ser cultural, ser alterada com o passar do tempo, com a modificação da linguagem.” O diácono considera que a própria procura dos jovens é positiva à sociedade pós-moderna. “É preferível que eles vão a shows e cantem músicas que exaltem Jesus.”No Espiritismo, que alia conhecimento científico e religioso, o presidente do Centro Espírita Amor e Caridade, Eurípedes Ferreira Rios, afirma que a doutrina sempre se preocupou com jovens. Ele explica que, todo domingo, dezenas deles se reúnem para compreender a doutrina espírita. Seminários e reuniões também são direcionadas ao cotidiano, aliado a música e atividades lúdicas. “Sabemos que é a criança e o jovem que vão propagar a crença, eles são o futuro”, diz ele.Como o Espiritismo não tem cerimônias pré-estabelecidas e hierarquização entre os seguidores, Eurípedes diz que não há separação por faixa etária. “Como acreditamos em vidas passadas, é possível que um jovem de 15 anos seja mais desenvolvido espiritualmente que um senhor.” Na abordagem pedagógica, a complexa doutrina é transmitida de forma didática. Para isso, há recursos audiovisuais, desenhos e livros ilustrativos.Anos 1960O movimento de atração de jovens da Igreja Católica surgiu na década de 1960, quando religiões neopentecostais ganhavam espaço no cenário brasileiro. Com a ditadura militar, a partir de 1964, os movimentos se fortificaram, respalados pela causa política. A Arquidiocese de Goiânia naquela época dispunha de cinco grupos, que atendiam, respectivamente, a juventude agrária, estudantil, intermediária, operária e universitária.“Tinhamos o JAC, JEC, JIC, JOC e JUC, todos movimentos de jovens cristãos”, diz o padre Trevizan. No final dos anos de 1980, com a redemocratização, os movimentos religiosos se esvaziaram da causa política e a principal vazão dos grupos juvenis foi dada à música e aos ministérios de pregação.Dezenas de espíritas de 18 a 23 anos se reúnem aos domingos na Vila Nova para propagar a doutrinaAssim como toda crença cristã, a doutrina espírita se preocupa em servir ao próximo e praticar a caridade. Para isso, dezenas de espíritas entre 18 e 23 anos se reúnem todos os domingos, a partir das 8 horas da manhã, na Comunidade Espírita Paz de Jesus, na Vila Nova. Confraternizam-se, ouvem músicas religiosas e depois saem às ruas para propagar a doutrina e doar alimentos e brinquedos a famílias carentes.Para definir quem será atendido e qual trajeto a ser percorrido, é comum o grupo estruturar mapas e estabelecer o número de casas que serão visitadas. O estudante de Audiovisual Lucas de Pádua Mendes, 20 anos, é um dos que saem às ruas todas as manhãs de domingo para praticar o exercício da doutrina. O rapaz nasceu dentro da religião espírita e participa do movimento jovem e de uma organização não governamental (ONG) que prega a caridade. “Como não há hierarquia ou rituais no Espiritismo, todos são livres para fazer e professar do modo que se sentem melhor”, afirma.Pastor evangélico que prega aos jovens tem apenas 26 anosO Ministério Atitude, da Igreja Fonte da Vida, segue o princípio de focalizar a juventude desde a administração. O coordenador do Ministério, pastor Breno Cardoso (foto), tem apenas 26 anos. Ele explica que, além de realizar cursos teóricos sobre evangelização, se formou dentro do próprio Ministério, depois de se tornar líder de um grupo. “Além de toda a formação, é preciso ter ovelhas. Não existe pastores sem ovelhas”, afirma ele.A igreja ainda instituiu o cargo de pastor cooperador, jovem que tem a função de auxiliar o coordenador do Ministério ou um dos mais de 200 pastores do templo. Uma delas é a estudante de Direito Paula Goulart, de 20 anos. Ela conta que, por ter a mesma faixa etária da maioria dos integrantes, tem mais propriedade para tratar de assuntos semelhantes.“Falamos a mesma linguagem, encontramos as mesmas dificuldades no cotidiano.”Igreja liberou “instrumentos profanos” a partir dos anos 70Uma das mais sensíveis mudanças nos rituais da Igreja Católica se deu no início da década de 1970, quando instrumentos musicais considerados profanos, como a bateria, a guitarra e o saxofone, foram incluídos nas celebrações.Para o frei Venildo Trevizan, administrador da Paróquia Universitária São João Evangelista, a alteração mostra que a igreja permitiu alterar pressupostos para abrir espaço à juventude. “Foi uma flexibilização, uma forma da igreja dar destaque aos jovens e ao que eles simpatizam”, afirma.Mesmo assim, Trevizan acredita que a mudança não foi determinante para que a Igreja Católica mantivesse esta faixa etária dentro dos templos. “Foi apenas uma flexibilização. Mesmo que a Igreja não tivesse tomado esta atitude, o Espírito Santo encontraria outra forma de evangelizar.” O frei tem mais de 40 anos de sacerdócio.
Fonte: Diário da Manhã
Os dois conceitos, que a princípio ficariam restritos à economia e aos ecossistemas, podem se aplicar às religiões cristãs do século 21. Para evitar que murchem e percam fiéis, praticamente todas as crenças atuais alteraram cerimônias e pregações e as remodelaram para novas necessidades sociais.A diferença mais visível se dá nas celebrações destinadas a jovens. Hoje, cânticos cristãos, shows gospel que atraem milhares, missas “dançantes” e encontros exclusivos para a faixa etária não são raros. Na pregação, o texto bíblico estudado discorre sobre o cotidiano de adolescentes e “recém-adultos”. A temática varia com assuntos como vestibular, mercado de trabalho e relacionamentos afetivos e familiares.Em contrapartida, o próprio jovem também voltou-se às instituições cristãs. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que mais de 90% daqueles entre 20 e 24 anos de idade têm religião. Os motivos para o número expressivo são variados: dependência química, dificuldades em vínculos sociais, doenças físicas e necessidade de aceitação. Para outros, o que determina a escolha é a busca pelo conhecimento espiritual. A influência do círculo de amizades e da família é outro fator fundamental para entender a razão de templos cheios na plena noite de sábado.AlvoPastores, párocos e oradores dizem que o público jovem é fundamental para a propagação dos ensinamentos de Cristo. Para ilustrar a tese, recorrem até aos apóstolos bíblicos que, na maioria, não ultrapassavam os 30 anos de idade. Hoje, mais de dois mil anos após a morte do Messias, os novos pregadores se desdobram para manter viva a doutrina e, conseqüentemente, a própria estrutura.Querendo atingir esta faixa etária, facilmente propícia a agitações musicais e “prazeres profanos”, buscaram assemelhar as mesmas técnicas de persuasão, mas alteraram a essência: a revestem-na com os ensinamentos da Bíblia.RockPastor da Igreja Fonte da Vida, Breno Cardoso explica que os eventos de música eletrônica ou rock gospel representam o atrativo para que o fiel tenha contato com Cristo. “Adaptamos tudo aquilo que se faz lá fora, como sair, se divertir, e retiramos as coisas ruins, como beber (bebidas alcoólicas) e usar drogas”. As letras e a temática da composição, diz ele, também se voltam a Cristo.Breno, que lidera o Ministério Atitude, ligado ao público jovem, afirma que a conversação desta faixa etária age como fator estruturante à religião. “Ele se desenvolve na igreja, traz amigos, faz a família junto a Jesus.”Desde o início das religiões neopentecostais, há pouco mais de 15 anos, todas as igrejas têm a subdivisão que atende especialmente o público entre 18 e 23 anos.90% dizem ter alguma religiãoMais de 90% dos jovens brasileiros entre 20 e 24 anos de idade declararam acreditar em alguma crença. Dados de pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) referente ao ano de 2002, feita por comparação ao Senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do mesmo ano, mostram que 9,38% se definiam como “sem religião”.Em comparação, o número é o mais alto de todas as faixas etárias pesquisadas. Dos jovens entre 20 e 24 anos, 14,16% se declararam evangélicos e 73,50% afirmaram que são católicos. Além do porcentual que disse não acreditar em nenhuma fé ou doutrina, 2,96% crêem em outras religiões.Maior número dos fiéis se mantém naqueles que já ultrapassaram os 60 anos de idade. Apenas 3,84% se definiram como “sem religião”. Nos adolescentes entre 15 e 19 anos de idade, porcentual dos que não professam nenhuma fé mantém-se em 8,86%. Na faixa que compreende representantes de 25 a 29 anos, é de 8,57 a porcentagem daqueles que não se consideram crentes em nenhuma fé.Na secular Igreja Católica, assim como na Evangélica, o fenômeno da atração de jovens é recente. Frei Venildo Trevizan, administrador da Paróquia Universitária São João Evangelista, no Setor Universitário, diz que alterações da cerimônia tradicional são atrativos para o fiel conhecer a palavra de Deus. Após este momento, defende ele, é fundamental a pregação dos ensinamentos de Cristo. “São artifícios e, por esta razão, não podem ficar só nisto. Um show atrair 3,5 mil jovens não é o nosso foco, mas que todos estes jovens conheçam os valores fundamentais da vida cristã.”Trevizan alega que o “movimento flexível” da Igreja Católica não nasceu para combater a “concorrência” com o Protestantismo. “A única razão foi aproximar à realidade do cristão. Toda competitividade não é saudável. Se, por exemplo, usa-se balinhas para atrair crianças para a igreja, tem-se que ter em mente que estas balinhas são apenas atrativos para que eles conheçam a Deus.”O diácono Júnio Cesar Roza, que atende a única paróquia universitária de Goiânia, afirma que a mudança se deu pela tentativa de aproximação da Igreja Católica com a sociedade. “A mensagem de Cristo precisa ser cultural, ser alterada com o passar do tempo, com a modificação da linguagem.” O diácono considera que a própria procura dos jovens é positiva à sociedade pós-moderna. “É preferível que eles vão a shows e cantem músicas que exaltem Jesus.”No Espiritismo, que alia conhecimento científico e religioso, o presidente do Centro Espírita Amor e Caridade, Eurípedes Ferreira Rios, afirma que a doutrina sempre se preocupou com jovens. Ele explica que, todo domingo, dezenas deles se reúnem para compreender a doutrina espírita. Seminários e reuniões também são direcionadas ao cotidiano, aliado a música e atividades lúdicas. “Sabemos que é a criança e o jovem que vão propagar a crença, eles são o futuro”, diz ele.Como o Espiritismo não tem cerimônias pré-estabelecidas e hierarquização entre os seguidores, Eurípedes diz que não há separação por faixa etária. “Como acreditamos em vidas passadas, é possível que um jovem de 15 anos seja mais desenvolvido espiritualmente que um senhor.” Na abordagem pedagógica, a complexa doutrina é transmitida de forma didática. Para isso, há recursos audiovisuais, desenhos e livros ilustrativos.Anos 1960O movimento de atração de jovens da Igreja Católica surgiu na década de 1960, quando religiões neopentecostais ganhavam espaço no cenário brasileiro. Com a ditadura militar, a partir de 1964, os movimentos se fortificaram, respalados pela causa política. A Arquidiocese de Goiânia naquela época dispunha de cinco grupos, que atendiam, respectivamente, a juventude agrária, estudantil, intermediária, operária e universitária.“Tinhamos o JAC, JEC, JIC, JOC e JUC, todos movimentos de jovens cristãos”, diz o padre Trevizan. No final dos anos de 1980, com a redemocratização, os movimentos religiosos se esvaziaram da causa política e a principal vazão dos grupos juvenis foi dada à música e aos ministérios de pregação.Dezenas de espíritas de 18 a 23 anos se reúnem aos domingos na Vila Nova para propagar a doutrinaAssim como toda crença cristã, a doutrina espírita se preocupa em servir ao próximo e praticar a caridade. Para isso, dezenas de espíritas entre 18 e 23 anos se reúnem todos os domingos, a partir das 8 horas da manhã, na Comunidade Espírita Paz de Jesus, na Vila Nova. Confraternizam-se, ouvem músicas religiosas e depois saem às ruas para propagar a doutrina e doar alimentos e brinquedos a famílias carentes.Para definir quem será atendido e qual trajeto a ser percorrido, é comum o grupo estruturar mapas e estabelecer o número de casas que serão visitadas. O estudante de Audiovisual Lucas de Pádua Mendes, 20 anos, é um dos que saem às ruas todas as manhãs de domingo para praticar o exercício da doutrina. O rapaz nasceu dentro da religião espírita e participa do movimento jovem e de uma organização não governamental (ONG) que prega a caridade. “Como não há hierarquia ou rituais no Espiritismo, todos são livres para fazer e professar do modo que se sentem melhor”, afirma.Pastor evangélico que prega aos jovens tem apenas 26 anosO Ministério Atitude, da Igreja Fonte da Vida, segue o princípio de focalizar a juventude desde a administração. O coordenador do Ministério, pastor Breno Cardoso (foto), tem apenas 26 anos. Ele explica que, além de realizar cursos teóricos sobre evangelização, se formou dentro do próprio Ministério, depois de se tornar líder de um grupo. “Além de toda a formação, é preciso ter ovelhas. Não existe pastores sem ovelhas”, afirma ele.A igreja ainda instituiu o cargo de pastor cooperador, jovem que tem a função de auxiliar o coordenador do Ministério ou um dos mais de 200 pastores do templo. Uma delas é a estudante de Direito Paula Goulart, de 20 anos. Ela conta que, por ter a mesma faixa etária da maioria dos integrantes, tem mais propriedade para tratar de assuntos semelhantes.“Falamos a mesma linguagem, encontramos as mesmas dificuldades no cotidiano.”Igreja liberou “instrumentos profanos” a partir dos anos 70Uma das mais sensíveis mudanças nos rituais da Igreja Católica se deu no início da década de 1970, quando instrumentos musicais considerados profanos, como a bateria, a guitarra e o saxofone, foram incluídos nas celebrações.Para o frei Venildo Trevizan, administrador da Paróquia Universitária São João Evangelista, a alteração mostra que a igreja permitiu alterar pressupostos para abrir espaço à juventude. “Foi uma flexibilização, uma forma da igreja dar destaque aos jovens e ao que eles simpatizam”, afirma.Mesmo assim, Trevizan acredita que a mudança não foi determinante para que a Igreja Católica mantivesse esta faixa etária dentro dos templos. “Foi apenas uma flexibilização. Mesmo que a Igreja não tivesse tomado esta atitude, o Espírito Santo encontraria outra forma de evangelizar.” O frei tem mais de 40 anos de sacerdócio.
Fonte: Diário da Manhã
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