Para Gil, um pastor que pede forro, tijolos, piso ou qualquer outro benefício para sua igreja em troca dos votos, não está sendo em nada diferente do resto da comunidade.Na sessão que marcou a sua despedida do Legislativo três-lagoense, o vereador Gilsemar José Ferreira, o Gil (PPS), abriu a caixa de ferramenta e não economizou críticas à comunidade evangélica, a qual pertence. Tendo recebido 459 votos nas últimas eleições, o vereador não conseguiu se reeleger e atribui parte da culpa à injustiça dos fiéis que teriam depositados seus votos não pensando na transformação do meio em que vivem, "mas em busca de prosperidade pessoal", acusou.
Para Gil, um pastor que pede forro, tijolos para o muro, piso ou qualquer outro benefício para sua igreja em troca dos votos dos fieis, não está sendo em nada diferente do resto da comunidade e não contribui para a transformação da sociedade o que, segundo ele, deve ser o principal papel da igreja. "Somos, em nossa maioria, religiosos como Nicodemos - um personagem Bíblico cuja história é narrada no capítulo 3 de João - e precisamos de um novo nascimento", lamentou.
PASTOR AVESTRUZ
Prosseguindo com seu desabafo, Gil diz que, embora existam muitas outras coisas com as quais a igreja deveria se preocupar, em Três Lagoas tudo que interessa são as necessidades individuais. "Jesus Cristo viveu uma vida de renúncia, curando e transformando as pessoas, mas este ensinamento já foi há muito esquecido", observou. A prova disto, segundo o vereador é o fato de uma cidade como Três Lagoas, com mais de 150 igrejas evangélicas, apenas três ou quatro se dedicarem a atividades filantrópicas. "Não temos noção de coletividade; trabalhamos pelo nosso próprio interesse, pessoal ou denominacional", realçou, denunciando a inoperância do Conselho de Pastores que, segundo ele, praticamente não existe. "Cada um quer ver o seu lado, puxar a brasa para a sua sardinha", prosseguiu, reclamando o fato de apenas 12 pessoas terem comparecido a solenidade em comemoração ao Dia da Bíblia e Dia do Evangélico, na última sexta-feira (12), no plenário da Câmara. “Se fosse para aparecer no jornal, apareceriam mil pessoas dizendo-se evangélicas”.
O vereador disse ter visto de tudo na Câmara durante os últimos quatro anos, "mas o que mais me chamou a atenção foi a forma como os pastores comportam-se quando se trata de demonstrar força; como avestruz, eles enfiam a cabeça no buraco e pronto: só vale se for por interesse individual; vale até assumir que fulano é membro da sua igreja, mesmo que este não tenha nem um ato sequer em favor da comunidade evangélica".
Prosseguindo com seu desabafo, Gil diz que, embora existam muitas outras coisas com as quais a igreja deveria se preocupar, em Três Lagoas tudo que interessa são as necessidades individuais. "Jesus Cristo viveu uma vida de renúncia, curando e transformando as pessoas, mas este ensinamento já foi há muito esquecido", observou. A prova disto, segundo o vereador é o fato de uma cidade como Três Lagoas, com mais de 150 igrejas evangélicas, apenas três ou quatro se dedicarem a atividades filantrópicas. "Não temos noção de coletividade; trabalhamos pelo nosso próprio interesse, pessoal ou denominacional", realçou, denunciando a inoperância do Conselho de Pastores que, segundo ele, praticamente não existe. "Cada um quer ver o seu lado, puxar a brasa para a sua sardinha", prosseguiu, reclamando o fato de apenas 12 pessoas terem comparecido a solenidade em comemoração ao Dia da Bíblia e Dia do Evangélico, na última sexta-feira (12), no plenário da Câmara. “Se fosse para aparecer no jornal, apareceriam mil pessoas dizendo-se evangélicas”.
O vereador disse ter visto de tudo na Câmara durante os últimos quatro anos, "mas o que mais me chamou a atenção foi a forma como os pastores comportam-se quando se trata de demonstrar força; como avestruz, eles enfiam a cabeça no buraco e pronto: só vale se for por interesse individual; vale até assumir que fulano é membro da sua igreja, mesmo que este não tenha nem um ato sequer em favor da comunidade evangélica".
FALTA PARTICIPAÇÃO
Membro da igreja Peniel, Gil ponderou ainda que os evangélicos precisam ser mais participativos no contexto social, abrindo parêntese para a Igreja do Nazareno que no último final de semana participou de campanha de coleta para o Natal Solidário.
"Será que só a Igreja do Nazareno enxerga as dificuldades sociais da nossa comunidade?", questionou, elogiando também a iniciativa das igrejas Peniel e Ceifeiros da Última Hora, que arrecadaram donativos para as vítimas das enchentes de Santa Catarina. "Mas isso é muito pouco para uma comunidade numerosa", avaliou.
O parlamentar reclamou ainda do fato de poucos pastores terem visitado o seu gabinete nos quatro anos em que foi vereador. Para ele, os evangélicos precisam participar mais das decisões internas do município e trocar experiências com os agentes políticos. Considerando que no futuro outros evangélicos deverão ser eleitos, Gil diz que os pastores devem procurá-los, mas não em busca de doação de trigo para a festa de pastelão de suas igrejas ou ônibus para participar de congressos em outras cidades ou ainda ajudar a pagar o preletor do evento do Circulo de Oração. "Tudo isso é importante, mas existe uma cidade no entorno da igreja, ou seja, a igreja está inserida no contexto social de uma cidade e precisa participar das grandes decisões que acontecem nela".
Por fim, disse que está orando pela aprovação da PEC do Senado que ampliará o número de cadeiras na Câmara, que deverá dar dois novos vereadores à comunidade evangélica local. "Mas o nosso comportamento político precisa ser reavaliado em relação à nossa cidade", concluiu.
Fonte: Jornal Hoje MS
Membro da igreja Peniel, Gil ponderou ainda que os evangélicos precisam ser mais participativos no contexto social, abrindo parêntese para a Igreja do Nazareno que no último final de semana participou de campanha de coleta para o Natal Solidário.
"Será que só a Igreja do Nazareno enxerga as dificuldades sociais da nossa comunidade?", questionou, elogiando também a iniciativa das igrejas Peniel e Ceifeiros da Última Hora, que arrecadaram donativos para as vítimas das enchentes de Santa Catarina. "Mas isso é muito pouco para uma comunidade numerosa", avaliou.
O parlamentar reclamou ainda do fato de poucos pastores terem visitado o seu gabinete nos quatro anos em que foi vereador. Para ele, os evangélicos precisam participar mais das decisões internas do município e trocar experiências com os agentes políticos. Considerando que no futuro outros evangélicos deverão ser eleitos, Gil diz que os pastores devem procurá-los, mas não em busca de doação de trigo para a festa de pastelão de suas igrejas ou ônibus para participar de congressos em outras cidades ou ainda ajudar a pagar o preletor do evento do Circulo de Oração. "Tudo isso é importante, mas existe uma cidade no entorno da igreja, ou seja, a igreja está inserida no contexto social de uma cidade e precisa participar das grandes decisões que acontecem nela".
Por fim, disse que está orando pela aprovação da PEC do Senado que ampliará o número de cadeiras na Câmara, que deverá dar dois novos vereadores à comunidade evangélica local. "Mas o nosso comportamento político precisa ser reavaliado em relação à nossa cidade", concluiu.
Fonte: Jornal Hoje MS
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