RIO - A escolha do pastor Richard Warren para fazer uma oração na cerimônia em que Barack Obama tomará posse como presidente dos EUA provocou protestos de importantes grupos liberais e movimentos de defesa dos direitos de homossexuais.


Um dos mais influentes religiosos do país, Warren promoveu temas como a redução da pobreza no mundo, o fim dos abusos aos direitos humanos e o combate à epidemia de Aids. Mas o pastor também aderiu a posições conservadoras, entre elas a oposição ao casamento gay e ao direito ao aborto, o que o coloca em oposição a muitos no Partido Democrata de Obama.

O pastor apoiou, por exemplo, a proposta aprovada em referendo na Califórnia que proibiu o casamento entre homossexuais. Após reações de protesto, a porta-voz de Obama Linda Douglass defendeu a escolha de Warren, dizendo que "essa será a cerimônia mais inclusiva, aberta e acessível na História americana", segundo o site da rede de TV americana CNN.

"O presidente eleito certamente discorda dele em temas (sobre gays, bissexuais, transgêneros)", disse Linda. "Mas sempre foi seu objetivo encontrar um denominador comum com pessoas com as quais você pode discordar em alguns assuntos".
O pastor tradicionalmente não declara apoio a candidatos em eleições. Este ano, ele recebeu Obama e seu então adversário, John McCain, para um debate em sua igreja.

A Igreja de Warren - Saddleback de Lake Forest, na Califórnia - atrai mais de 20 mil pessoas por semana. Seu livro, "The Purpose Driven Life", já vendeu mais de 20 milhões de cópias desde que foi lançado, há cinco anos. Ele também foi eleito pela revista "Time" como um dos 25 evangélicos mais influentes em 2005.


Fonte: O Globo
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Eginoaldo

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