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A paulista Ana P. Almeida encontra-se em prisão domiciliar e foi obrigada a usar uma argola magnética (sistema GPS) no tornozelo, que monitora seus movimentos Ana P. Almeida foi posta em prisão domiciliar e retornará à Corte em 27 de fevereiro
As autoridades do município de Milford, Massachusetts, acusam a pastora evangélica Ana P. Almeida, de 31 anos, natural de São Paulo, de abusar sexualmente de uma menor de idade durante o período de 2 anos, desde que a vítima tinha 14 anos. No último 12 de fevereiro, a réu apresentou-se perante o juiz Robert Calagione, da Corte de Milford, Massachusetts, e foi liberada após pagar uma fiança no valor de US$ 500, segundo o Milford Daily News. Ana encontra-se em prisão domiciliar e foi obrigada a usar uma argola magnética (sistema GPS) no tornozelo, que monitora seus movimentos.
O Chefe de Polícia Thomas O’Loughlin disse que seu departamento está investigando se Almeida, que liderava a Igreja da Plenitude de Deus, localizada na 140 Main St., em Milford (MA), teve qualquer relação inapropriada com outras menores do grupo de jovens da congregação. A jovem, agora com 16 anos, foi à polícia com sua família.
A vítima disse aos investigadores que foi abusada sexualmente 11 vezes por Almeida, entre a primavera de 2006 e verão de 2008, segundo documentos apresentados na Corte.
O’Loughlin considerou as acusações sérias, especialmente em virtude dos recentes escândalos envolvendo líderes religiosos.
“A questão na Igreja Católica é que os padres estão numa posição de liderança, eles estão numa posição que lhes confere confiança e força sobre esses jovens (…) É justamente essa autoridade, essa confiança que foi violada”, disse ele.
A jovem disse aos investigadores, que incluiram policiais e representantes do escritório da Promotoria Pública do Condado de Worcester, os ataques ocorreram na residência atual da réu e em sua antiga casa, em Milford.
Almeida é acusada de estupro de menor e 4 acusações de ataque à uma pessoa maior de 14 anos.
Legalmente, um indivíduo pode consentir toques íntimos aos 14 anos e sexo aos 16 anos, explicou O’Loughlin. “Estamos lidando com uma jovem que atualmente poderia consentir, mas não há dois anos atrás”, disse ele.
“Esta é uma pessoa que ocupava um cargo de confiança, segundo a perspectiva espiritual, por isso, sabemos que houve interação com um grande número de jovens. A questão é saber o que realmente aconteceu, se foi consensual e se eles estavam em condições de consentir”, disse Thomas.
Ele disse que a polícia nunca teve problemas anteriores com Almeida ou a igreja, que fica em frente ao estacionamento municipal da Jefferson Street. Segundo o The Boston Globe, a pastora alegou inocência e disse que as acusações são decorrentes de uma disputa interna na igreja com o objetivo de desacreditar sua liderança.
“Sei que não sou culpada”, disse ela. “Sou uma pastora. Tenho uma congregação inteira”.
Almeida fundou a igreja há mais de 3 anos e realizava cultos regulares para aproximadamente 100 congregantes. Pessoas próximas à pastora a discreveram como uma líder energética e respeitada, que chegou aos Estados Unidos na década de 90 e lutou para adquirir a liderança na igreja.
O também brasileiro Jehozadak Pereira disse ao The Boston Globe que um parente da jovem teve um confronto com Almeida sobre a liderança na igreja, terminando em dezembro quando a pastora removeu essa pessoa do cargo, causando revolta na mulher e seus apoiadores.
“Eles juraram vingança”, disse Pereira. “Se eles sabiam que isso estava acontecendo há tanto tempo, por que somente agora buscaram justiça?!”
Calagione estabeleceu várias condições antes de conceder a fiança, incluindo que a réu não saia de sua residência, não tenha contato com a jovem ou seus familiares, que instale uma linha telefônica convencional e que ela seja monitorada pelo sistema GPS. Almeida pagou a fiança no último 12 de fevereiro e foi posta em prisão domiciliar. Ela terá que se apresentar à Corte no próximo 27 de fevereiro, sexta-feira.
Padre desde 1976, Couto celebrava missas aos sábados e domingos na paróquia de São José Operário, em João Pessoa.
