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O estado de saúde da menina de oito anos que sofreu queimaduras após um incêndio na casa onde mora, em Cachoeiro de Itapemirim, é grave, porém estável, informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A criança está internada no Hospital Infantil de Vitória, com queimaduras de terceiro grau em 70% do corpo.
A dona de casa Simone Rangel da Silva, mãe da menina, foi presa acusada de atear fogo na própria casa, na localidade de Coramara, em Cachoeiro, durante a madrugada de sábado (31), ação que resultou na morte de outros dois filhos dela.
Simone prestou depoimento no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Cachoeiro de Itapemirim, e deu detalhes sobre o incêndio. A mulher, que sofre de depressão pós-parto, confessou em depoimento que premeditou a morte das crianças.
De acordo com o delegado Fabrício Chartone, a acusada dormia no mesmo quarto que o marido, Antônio Henrique Mariano da Silva, e os três filhos. Durante a madrugada, ela acordou o companheiro, dizendo ter ouvido um barulho do lado de de fora da casa. Na sequencia, pediu que Antônio saísse da residência para verificar do que se tratava. Depois que ele foi para a parte externa do imóvel, Simone trancou a porta, se apoderou de um galão de gasolina e jogou o produto contra as crianças. Posteriormente, ateou fogo no corpo das vítimas.
Ao ouvir os pedidos de socorro dos filhos, o pai tentou voltar para o interior da casa. Momentos depois, a própria Simone deixou o marido entrar e o ajudou a apagar as chamas.
Um bebê de dois anos, ainda não identificado pelo Corpo de Bombeiros, e o garoto Kenoel Rangel da Silva, de seis anos, não resistiram e morreram. Já a menina Késia Rangel da Silva, de 8 anos, que teve 70% do corpo queimado, foi levada para uma unidade de saúde local e, depois, transferida para o Hospital Infantil de Vitória.
Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a criança está internada em estado grave no setor de queimados do hospital. Já o corpo dos irmãos mortos foram encaminhados para o Departamento Médico Legal (DML) de Cachoeiro.
Sem arrependimento
O delegado Fabrício Chartone informou que em nenhum momento Simone demonstrou arrependimento. Durante o depoimento, ela chegou a dizer, inclusive, que só se arrependia de não ter matado os filhos com um meio menos cruel.
Ainda ao prestar esclarecimentos, a acusada relatou que premeditou a morte dos filhos há algum tempo porque também pensava em se matar. Segundo o delegado, Simone disse que não queria deixar as crianças sob custódia de outras pessoas.
Remédios
Ainda em depoimento, a acusada informou que toma remédios controlados para depressão. Ela chegou a ser orientada a se internar em uma clínica psiquiátrica, mas não levou o procedimento à frente.
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