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A Polícia Militar prendeu ontem em Belo Horizonte um homem que se passava por capelão das Forças Armadas para extorquir dinheiro de fiéis em cultos realizados na região metropolitana. O pastor Joselito Fonseca, de 36 anos, foi preso por falsidade ideológica ao se identificar como capelão-capitão do Exército brasileiro sem ter a devida identificação.
Segundo vítimas que prestaram depoimento à PM, além de cometer crime de falsidade ideológica, o pastor também ameaçava os fiéis em seus cultos, e cobrava um dízimo de R$ 30 por pessoa. "Ele abusava da boa fé dos fiéis", disse o cabo Robson Carvalho, que efetuou a prisão.
A polícia chegou ao suspeito depois de uma discussão nas proximidades do Juizado de Conciliação da Faculdade de Direito da UFMG. Segundo a PM, haveria uma audiência de conciliação por conta da posse de cadeiras usadas em cultos de uma igreja onde Joselito pregava no bairro São Geraldo.
Como a audiência não foi realizada, as partes discutiram e a polícia foi chamada. Ao ser detido, Joselito disse que era um capelão-capitão do Exército.
Grande equívoco
Segundo o acusado, a prisão não passa de um "grande equívoco". "Sou pastor e apresentei os documentos para a polícia, mas eles ignoraram. O dízimo que cobro eu uso para o bem dos próprios fiéis e para cobrir despesas como gastos como lanches e a gasolina que uso no transporte até as casas dos fiéis."
De acordo com Débora Tamashiro, proprietária de uma loja no bairro São Geraldo, Joselito não tem credencial para abrir uma igreja.
"Ele me ameaçou quando eu descobri que ele não era capelão do Exército. Ele não tem credencial para abrir uma igreja e, por isso, faz os cultos nas casas das pessoas."
Fonte: O Tempo
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