RTP O Cardeal Patriarca considera que comunidade islâmica é "fechada sobre si própria" e não aceita a crítica
O Cardeal Patriarca de Lisboa alertou as jovens portuguesas que o casamento com um muçulmano acarreta um “monte de sarilhos” devido ao fosso entre as duas culturas. D. José Policarpo admite que a comunidade cristã é muito ignorante em relação à muçulmana, sendo o conhecimento o primeiro passo para um diálogo, que classifica de “muito difícil”. A comunidade islâmica não comenta, para já, as declarações do cardeal.
“Só é possível dialogar com quem quer dialogar. Por exemplo, com os nossos irmãos muçulmanos o diálogo é muito difícil”, respondeu no encontro “125 minutos com Fátima Campos Ferreira”, realizado no auditório do Casino da Figueira da Foz.
“Estão a dar-se os primeiros passos, mas é muito difícil porque eles não admitem sequer (a crítica)”, disse, referindo-se à difícil relação com a crítica pela comunidade muçulmana. “A verdade deles é única e é toda”, afirmou.
O representante da igreja católica portuguesa junto do Vaticano entende que a comunidade muçulmana aproveita o diálogo com os cristãos como um método para demarcar o seu espaço, “como fazem os lobos na floresta”. D. José Policarpo acrescentou respeitar “estes espaços” muçulmanos, num país maioritariamente católico, e considera que estão agora a dar-se “os primeiros passos” no diálogo entre diferentes religiões.
As relações do Patriarcado com a comunidade muçulmana de Lisboa, composta por 100 mil fiéis, “centrados à volta de três grandes mesquitas” são “habitualmente boas e muito simpáticas”, classificou.
A comunidade islâmica em Portugal não vai reagir, de momento, às declarações de D. José Policarpo. O líder religioso da comunidade, o sheik David Munir, respondeu que a resposta será dada em comunicado e só após contacto com o Patriarcado.
Os responsáveis pela comunidade islâmica em Portugal confessam estar muito surpreendidos com as declarações do líder da igreja católica portuguesa.
Avisos contra casamentos entre católicos e muçulmanos
“Pensem duas vezes antes de casar com um muçulmanos. Nem Alá sabe onde é que acabam”, afirmou o cardeal, numa alusão às diferenças entre as duas religiões e respectivas tradições.
Este fosso será o principal factor que motiva o aviso “às jovens portuguesas: cautela com os amores”. Se "uma jovem europeia de formação cristã, se casa com um muçulmano, a primeira vez que vá para o país deles é sujeita ao regime das mulheres muçulmanas. Imagine-se lá!”, prosseguiu.
O Cardeal Patriarca referiu conhecer “casos dramáticos” de casamentos entre mulheres de formação cristã e homens muçulmanos, mas que não especificou.
Cristãos desconhecem fundamentos da religião muçulmana
Um dos principais entraves ao diálogo entre cristãos e muçulmanos é a ignorância relativamente a aspectos fundamentais da religião e que determinam posicionamentos de vida, considera D. José Policarpo.
“Nós somos muito ignorantes. Queremos dialogar com muçulmanos e não gastámos uma hora da nossa vida a perceber o que é que eles são. Quem é que, em Portugal, já leu o Alcorão?”, questionou o representante máximo da Igreja Católica em Portugal.
“Se queremos dialogar com muçulmanos temos de saber o bê-a-bá da sua compreensão da vida, da sua fé. Portanto, a primeira coisa é conhecer melhor, respeitar”, sublinhou.
O conhecimento de princípios essenciais da comunidade muçulmana facilitaria até as relações religiosas. D.José Policarpo justificou esta opinião, dando como exemplo “um problema sério” que aconteceu na Cardeal de Colónia, Alemanha, cedida à comunidade muçulmana para uma cerimónia no Ramadão.
Após o “empréstimo”, a comunidade muçulmana não abdicava da Catedral de Colónia, tendo sido necessária a intervenção policial. “Os muçulmanos têm uma visão da sua religião em que o sítio onde se reúnem para rezar fica na posse deles. É o sítio onde Alá se encontrou com eles, portanto, mais ninguém pode rezar naquele sítio”, explicou.
Fonte: RPT
“Estão a dar-se os primeiros passos, mas é muito difícil porque eles não admitem sequer (a crítica)”, disse, referindo-se à difícil relação com a crítica pela comunidade muçulmana. “A verdade deles é única e é toda”, afirmou.
O representante da igreja católica portuguesa junto do Vaticano entende que a comunidade muçulmana aproveita o diálogo com os cristãos como um método para demarcar o seu espaço, “como fazem os lobos na floresta”. D. José Policarpo acrescentou respeitar “estes espaços” muçulmanos, num país maioritariamente católico, e considera que estão agora a dar-se “os primeiros passos” no diálogo entre diferentes religiões.
As relações do Patriarcado com a comunidade muçulmana de Lisboa, composta por 100 mil fiéis, “centrados à volta de três grandes mesquitas” são “habitualmente boas e muito simpáticas”, classificou.
A comunidade islâmica em Portugal não vai reagir, de momento, às declarações de D. José Policarpo. O líder religioso da comunidade, o sheik David Munir, respondeu que a resposta será dada em comunicado e só após contacto com o Patriarcado.
Os responsáveis pela comunidade islâmica em Portugal confessam estar muito surpreendidos com as declarações do líder da igreja católica portuguesa.
Avisos contra casamentos entre católicos e muçulmanos
“Pensem duas vezes antes de casar com um muçulmanos. Nem Alá sabe onde é que acabam”, afirmou o cardeal, numa alusão às diferenças entre as duas religiões e respectivas tradições.
Este fosso será o principal factor que motiva o aviso “às jovens portuguesas: cautela com os amores”. Se "uma jovem europeia de formação cristã, se casa com um muçulmano, a primeira vez que vá para o país deles é sujeita ao regime das mulheres muçulmanas. Imagine-se lá!”, prosseguiu.
O Cardeal Patriarca referiu conhecer “casos dramáticos” de casamentos entre mulheres de formação cristã e homens muçulmanos, mas que não especificou.
Cristãos desconhecem fundamentos da religião muçulmana
Um dos principais entraves ao diálogo entre cristãos e muçulmanos é a ignorância relativamente a aspectos fundamentais da religião e que determinam posicionamentos de vida, considera D. José Policarpo.
“Nós somos muito ignorantes. Queremos dialogar com muçulmanos e não gastámos uma hora da nossa vida a perceber o que é que eles são. Quem é que, em Portugal, já leu o Alcorão?”, questionou o representante máximo da Igreja Católica em Portugal.
“Se queremos dialogar com muçulmanos temos de saber o bê-a-bá da sua compreensão da vida, da sua fé. Portanto, a primeira coisa é conhecer melhor, respeitar”, sublinhou.
O conhecimento de princípios essenciais da comunidade muçulmana facilitaria até as relações religiosas. D.José Policarpo justificou esta opinião, dando como exemplo “um problema sério” que aconteceu na Cardeal de Colónia, Alemanha, cedida à comunidade muçulmana para uma cerimónia no Ramadão.
Após o “empréstimo”, a comunidade muçulmana não abdicava da Catedral de Colónia, tendo sido necessária a intervenção policial. “Os muçulmanos têm uma visão da sua religião em que o sítio onde se reúnem para rezar fica na posse deles. É o sítio onde Alá se encontrou com eles, portanto, mais ninguém pode rezar naquele sítio”, explicou.
Fonte: RPT
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