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Os muçulmanos residentes em 14 países da União Europeia (UE) dizem se sentir discriminados, mas não por sua religião, e sim pelo grupo étnico ao qual pertencem, segundo estudo da Agência Europeia de Direitos Fundamentais (Fra) publicado nesta quinta-feira.
A Fra tirou três conclusões de um estudo sobre discriminação e os crimes racistas contra imigrantes e as minorias étnicas feito entre 28.500 pessoas em 2008. Em seguida, isolou os entrevistados muçulmanos para analisar."Os resultados obtidos entre os muçulmanos interrogados indicam que eles sofrem uma discriminação tão elevada quanto os outros grupos minoritários entrevistados", revela o estudo.
Os muçulmanos consideram que sua religião não é o principal motivo da discriminação que sofrem. "Os resultados mostraram da mesma forma que usar uma roupa tradicional ou religiosa não aumenta a probabilidade de discriminação", segundo a Fra.
"Em média, um em cada três muçulmanos entrevistados (34% dos homens e 26% das mulheres) declarou ter sofrido discriminação durante os últimos 12 meses", segundo o estudo.
Apenas 10% deles acreditam que esta discriminação foi causada por sua religião, contra 32% que pensam que ela se deve à origem étnica, pois o restante pensa que é por uma coisa ou por outra ou ainda as duas.
A pesquisa foi realizada em 14 países da UE: Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Alemanha, Finlândia, França, Itália, Luxemburgo, Malta, Eslovênia, Espanha, Suécia e Holanda.
No total, 24% dos muçulmanos entrevistados nasceram no país europeu no qual vivem e 52% vivem em um país europeu há mais de 10 anos.
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