Obras na Tabernáculo
Algumas das exigências feitas pelo Iema, mas que não foram atendidas pelo pastor Inereu Vieira Lopes
- Projeto do sistema de esgotamento sanitário;
- Estimativa de população fixa e flutuante máxima no Recanto das Águias, informando tempo médio de estadia e épocas do ano com maior fluxo de visitantes em cada atividade (templo, moradias, pousada e prédio comercial);
- Projeto do sistema de drenagem pluvial de todo o empreendimento;
- Remoção do entulho depositado na Área de Preservação Permanente;
- Projeto de estabilização dos taludes formados pelas obras de terraplenagem em todo o empreendimento;
- Cópia da Autorização de Responsabilidade Técnica (ART), legível e autenticada;
- Planta do abatedouro e das instalações sanitárias;
- O destino final dos resíduos, acompanhado de documento da empresa responsável anuindo a viabilidade da coleta/destinação do volume a ser gerado no empreendimento;
- Informar e localizar, inclusive em coordenadas, onde se localizam as áreas de bota fora para onde foram destinadas a terra retirada do aterro;
Está no Gazeta Online:Após ter as edificações embargadas pela Defesa Civil, a seita Tabernáculo Vitória foi multada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) por desmatar uma área de preservação permanente. A multa de R$ 5.615,03 foi aplicada no início deste ano. A dívida já venceu, mas ainda não foi quitada pelo pastor presidente da comunidade Inereu Vieira Lopes. O Iema deu até o final deste mês para o pastor pagar a multa, caso contrário irá solicitar ao Ministério Público Estadual que mova uma ação civil pública contra a seita.
O Diretor técnico do Iema, Aladin Fernandes Cerqueira, afirmou que o Instituto fez um levantamento no final do ano passado nas instalações da Tabernáculo, encontrando diversas irregularidades contra o meio ambiente, tais como: assoreamento do Córrego Paraíso por causa da quantidade de entulhos das obras e instalação de um abatedouro em meio às moradias.
foto: Arquivo/Divulgação
Cratera com água para construir o Recanto das Águias
"O Iema constatou várias irregularidades na comunidade Tabernáculo Vitória. Eles fizeram intervenções exageradas nos solos, criando taludes muito ingrimes, sem controles. Os entulhos foram jogados em qualquer lugar, além de estarem construindo muita coisa sem projeto. Fizeram muito desmatamento sem autorizações. Em função disso a Tabernáculo foi multada e intimada a se adequar, todavia, nada foi feito. Apenas as obras foram paralisadas", explica o diretor do Iema.
Trabalhadores em ação na obras da Tabernáculo em Ecoporanga
O que o Iema pôs em relatório, o ex-integrante da comunidade Recanto das Águias, Antônio Guerra, que passou 30 anos ao lado do pastor Inereu, e mais um ano no canteiro de obras do sítio, comprovou. Segundo ele, várias árvores nativas foram derrubadas.
"Sob orientação do pastor cortamos árvores centenárias para abrir espaço. Também teve poluição do córrego que recebia o esgoto das cozinhas e o que vinha da fossa dos alojamentos", conta.
Antônio afirma também que foi dito aos obreiros pelos administradores da Tabernáculo que todas as intervenções nas matas da área eram devidamente autorizadas e legais. "Acreditamos nisso, não sabíamos que era um dano sem permissão", diz o ex-fiel.
O advogado do pastor Inereu, Clemente Oliveira Filho, afirmou que não foi procurado por nenhum membro da direção da seita para falar sobre o assunto e que, por isso, não sabia dizer se a multa seria paga.
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