A resistência ao liberalismo da Igreja Anglicana na Grã-Bretanha se organiza. Em Londres, na segunda-feira (6), os mais ortodoxos desse grupo religioso oficializaram a criação de uma corrente, The Fellowship of Confessing Anglicans (FCA), que estabeleceu como objetivo levar a Igreja Anglicana de volta a suas raízes protestantes.
Desde que em 2003 a Igreja Episcopal - o nome da Igreja Anglicana nos Estados Unidos - ordenou bispo um homossexual, a comunidade religiosa, que reúne 77 milhões de fieis do mundo inteiro, se dividiu. As dissensões aumentaram ainda mais com os temas do casamento homossexual e da ordenação de mulheres ao episcopado.
A contestação é forte na África, onde há cerca de 30 milhões de anglicanos. Nos Estados Unidos, em dezembro de 2008, houve a cisão de uma faixa conservadora da Igreja Episcopal, que levou com ela 100 mil fieis dos 2,2 milhões de anglicanos americanos.
No Reino Unido, ainda que os liberais sejam maioria, os ortodoxos não podem ser ignorados. Alguns deles fazem repetidas declarações homofóbicas, como o bispo de Rochester, Dr. Michael Nazir-Ali, que teve um papel-chave na criação da FCA. Mas é sobretudo a questão do acesso das mulheres ao episcopado que causa a divisão. Além disso, ela estará na ordem do dia do Sínodo Geral, o corpo executivo da Igreja Anglicana, que deverá ocorrer em fevereiro de 2010.
"Os valores culturais não são necessariamente valores cristãos, comentou Dr. Nazir-Ali, e nós não faremos concessões". "Neste país, as fundações cristãs foram abaladas", declarou o arcebispo de Sydney, Dr. Peter Jensen, que esteve em Westminster na segunda-feira. "A cultura ocidental adotou e defendeu crenças e práticas anticristãs", ele disse ainda. "E é preciso lutar pela alma da nação. Será uma guerra ideológica, uma guerra das ideias. Há muito em jogo".
Uma existência formal
A FCA por enquanto não pretende se separar da Igreja Anglicana, ela mesma originada de uma separação da Igreja Católica Romana no século 16, mas sim tentar influenciá-la de dentro. Mas ao se munir de uma existência formal, e ao reivindicar uma ideologia próxima dos separatistas americanos, seus criadores se permitem a possibilidade de ter sua independência.
"A questão não é a do cisma", declarou por sua vez Greg Venables, arcebispo da província anglicana do Cone Sul (na América do Sul). O cisma é se dividir a respeito de assuntos secundários. Nesse caso específico, trata-se de teologia fundamental. É ali que se dão as divisões. Não é um cisma, é uma verdadeira ruptura.
Fonte: Athos
A contestação é forte na África, onde há cerca de 30 milhões de anglicanos. Nos Estados Unidos, em dezembro de 2008, houve a cisão de uma faixa conservadora da Igreja Episcopal, que levou com ela 100 mil fieis dos 2,2 milhões de anglicanos americanos.
No Reino Unido, ainda que os liberais sejam maioria, os ortodoxos não podem ser ignorados. Alguns deles fazem repetidas declarações homofóbicas, como o bispo de Rochester, Dr. Michael Nazir-Ali, que teve um papel-chave na criação da FCA. Mas é sobretudo a questão do acesso das mulheres ao episcopado que causa a divisão. Além disso, ela estará na ordem do dia do Sínodo Geral, o corpo executivo da Igreja Anglicana, que deverá ocorrer em fevereiro de 2010.
"Os valores culturais não são necessariamente valores cristãos, comentou Dr. Nazir-Ali, e nós não faremos concessões". "Neste país, as fundações cristãs foram abaladas", declarou o arcebispo de Sydney, Dr. Peter Jensen, que esteve em Westminster na segunda-feira. "A cultura ocidental adotou e defendeu crenças e práticas anticristãs", ele disse ainda. "E é preciso lutar pela alma da nação. Será uma guerra ideológica, uma guerra das ideias. Há muito em jogo".
Uma existência formal
A FCA por enquanto não pretende se separar da Igreja Anglicana, ela mesma originada de uma separação da Igreja Católica Romana no século 16, mas sim tentar influenciá-la de dentro. Mas ao se munir de uma existência formal, e ao reivindicar uma ideologia próxima dos separatistas americanos, seus criadores se permitem a possibilidade de ter sua independência.
"A questão não é a do cisma", declarou por sua vez Greg Venables, arcebispo da província anglicana do Cone Sul (na América do Sul). O cisma é se dividir a respeito de assuntos secundários. Nesse caso específico, trata-se de teologia fundamental. É ali que se dão as divisões. Não é um cisma, é uma verdadeira ruptura.
Fonte: Athos
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