A morte de um pastor, líder comunitário da Invasão Canaã, que abriga cerca de três mil famílias, localizada no Km 19 da BR-316, gerou protesto com a queima de pneus, pedaços de pau e até uma árvore cortada, para fechar as duas pistas da estrada, que ficaram interditadas. José de Arimateia da Silva Bastos, 45 anos, brigava na Justiça pela posse de 38 hectares de terra da invasão, que segundo os assentados não possuía documentação, mas teria sido vendida para empresários, que compraram 13 hectares em um leilão, no valor de quatro milhões.

Segundo o sargento Wellington Pires, da 25ª ZPol, José foi morto com seis tiros na cabeça, em sua residência, por dois homens que estavam em uma moto.

COMO ACONTECEU

Segundo testemunhas que não quiseram ser identificadas, os assassinos levaram José para os fundos da casa, o mataram e depois roubaram documentos e o notebook do pastor, que estaria com arquivos sobre as terras.

A mãe de José, Elvira da Silva, afirmou que o filho estava sendo ameaçado. “Ele dizia que era pra eu ajudar ele a rezar, porque vinha sendo ameaçado de morte por conta das terras, já que os donos que compraram em um leilão, queriam elas. Isso ele me falou tem três semanas”.
LUTA NA JUSTIÇA

Um dos integrantes da Associação dos Moradores de Canaã, que não quis ser identificado, contou que José estava lutando para conquistar a documentação das terras na Justiça. Ele ressaltou ainda que um homem teria ido na casa de José para negociar a desocupação da área. “Ofereceram 400 mil pra ele deixar as terras, mas ele disse que não aceitava e que ia lutar até morrer”. (Diário do Pará)

Fonte: Diário do Para
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Eginoaldo

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